tag:blogger.com,1999:blog-1859967709768124662024-03-13T23:54:37.519-07:00GRANDES CÓMICOS, GRANDES COMÉDIASLauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.comBlogger48125tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-35293416222424008622016-12-18T11:55:00.000-08:002016-12-18T12:00:00.218-08:00SESSÃO 60 - 20 DE DEZEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKilGRkbfr94QGtil_Xb6qwC-ISRSwqocDyZ0Gbf-HfEk7k-ePbxppuF-WeKGQrfGe7HfEHsIxYr-atO73z6PFaQyd2M2Ah_Czm4BkCKogospU_ZqVKIvsdaWVCBHTACeGQ7QWRlT3Y7X5/s1600/541334943.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="515" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKilGRkbfr94QGtil_Xb6qwC-ISRSwqocDyZ0Gbf-HfEk7k-ePbxppuF-WeKGQrfGe7HfEHsIxYr-atO73z6PFaQyd2M2Ah_Czm4BkCKogospU_ZqVKIvsdaWVCBHTACeGQ7QWRlT3Y7X5/s640/541334943.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -0.05pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">NATAL BRANCO (1954)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEEgctKQmQrNRzdv34QtWvoZs8nWhgTXsnYOmjAdZjaqg81ieEMThb3T1SmzBktYw4SToG06GbH8toZtZhx0t-SV8FcC9gQXuLhyphenhyphenNwlQ6VMry1ladkObaeH1btcSyUKffrmvn5ct-sxd6K/s1600/white-christmas-1954.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEEgctKQmQrNRzdv34QtWvoZs8nWhgTXsnYOmjAdZjaqg81ieEMThb3T1SmzBktYw4SToG06GbH8toZtZhx0t-SV8FcC9gQXuLhyphenhyphenNwlQ6VMry1ladkObaeH1btcSyUKffrmvn5ct-sxd6K/s640/white-christmas-1954.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>São muitos os chamados “filmes de
Natal”, mas este é, seguramente, um dos mais conhecidos e celebrados. Mas, aparentemente
nada faria prever o prolongado sucesso de “White Christmas”, dado que o filme
nunca parece ultrapassar o nível de uma xaroposa história melodramática, com
uns pozinhos de patriotice barata, umas quantas canções e números musicais e um
“happy end” que nunca esteve em causa desde início, dada a previsibilidade das
peripécias. Acontece que é tudo assim, tal como fica descrito, mas também não é
bem assim. Não se trata de umas canções quaisquer, mas de obras com a
assinatura de alguns mestres neste campo, nomeadamente Irving Berlin, de quem
se ouve um tema que é dos mais populares de toda a história da música norte-americana,
precisamente “White Christmas” que dá o título ao filme, e que desde 1942 se
impunha como uma das canções anualmente mais tocadas em todo o mundo. Pode
mesmo considerar-se “White Christmas” a canção de Natal por excelência. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>A banda sonora é, portanto, magnífica,
o que por si só constitui um trunfo. Enorme. Depois, há que acrescentar o
elenco. Bing Crosby foi o cantor que contabilizou até hoje mais “royalties”
interpretando “White Christmas” (cerca de 50% do total facturado pela canção),
identificando-se por completo com este tema, e a seu lado surge um outro actor
que nos anos 50 era uma vedeta em pleno, Danny Kaye. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Deve dizer-se, aliás, que Danny
Kaye não foi a primeira escolha para este filme, Fred Astaire era o escolhido
desde início, mas por impossibilidade não pode aceitar o convite que seria
ainda endereçado a Donald O’Connor antes de chegar a vez de Danny Kaye.
O’Conner também se viu forçado a recusar o contrato, por razões de saúde (nessa
altura problemas com a coluna, não lhe permitam dançar, o que o filme exigia).
Quando chega a vez de Danny Kaye este não hesita, mas coloca condições draconianas:
exige desde logo 10% sobre os lucros da obra, mas igualmente a necessidade de
colocar dois novos argumentistas ao lado de Norman Krasna, precisamente os
homens de sua confiança, Norman Panamá e Melvin Frank. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYrmp6XXo-U2RRdHeyTQyy3EqQCAFdrm2FM-fDWnZztEweU1eOn-fYJ94DsogykzCM5sT2tv5_DTrH1K5Ths9FtlWmX3F4Eiz88OUllYWCVBZ0-TbKzyqim0d-YiEfhuXsMjF26Ks_v42E/s1600/white-christmas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYrmp6XXo-U2RRdHeyTQyy3EqQCAFdrm2FM-fDWnZztEweU1eOn-fYJ94DsogykzCM5sT2tv5_DTrH1K5Ths9FtlWmX3F4Eiz88OUllYWCVBZ0-TbKzyqim0d-YiEfhuXsMjF26Ks_v42E/s640/white-christmas.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>A razão era fácil de perceber. Os
filmes onde Danny Kaye aparecia eram imaginados e escritos em função do actor e
das suas características fantasistas. “White Christmas” não era um filme com a
marca Danny Kaye e era necessário adaptá-lo ao actor, ainda que no final este
actor fique sempre secundarizado pela própria história. O facto dele ser um
soldado raso ao lado de um Bing Crosby capitão deve ter ajudado. A acompanhar
estas duas vedetas masculinas, dois nomes femininos sonantes na época, ainda
que por razões diversas: Vera-Ellen era uma das maiores bailarinas daquela
época e Rosemary Clooney uma das vozes mais apreciadas na década de 50 (o filme
é de 1954). O ramalhete estava composto, com um pouco de tudo, para todos os
gostos.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>O argumento também fora
criteriosamente estudado para ser bem recebido pelo público a que se dirigia.
Estamos em meados da década de 50, os Estados Unidos tinham saído da II Guerra
Mundial há um década, durante a qual os veteranos do conflito tinham adquirido
ressonância épica e é sobre um desses homens que o filme fala. Durante os anos
do conflito na Europa, os americanos tinham-se distinguido, sobretudo depois do
desembarque na Normandia. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Algures numa dessas “frentes”, o
general Thomas F. Waverly (Dean Jagger) comanda um destacamento de que fazem
parte o capitão Bob Wallace (Bing Crosby), e o soldado Phil Davis (Danny Kaye).
Numa noite de Natal, antes de iniciarem mais uma ofensiva, comemoram a
efeméride debaixo de uma chuva de bombas inimigas. Anos depois, e conquistada a
paz, Bob Wallace, que é um célebre cançonetista, e Phil Davis, com quem passou
a constituir parelha, passeiam a sua fama pelos restaurantes, cabarets e
teatros norte-americanos, até que um dia, de novo perto da época do Natal, se
encontram ocasionalmente com uma outra dupla em busca de sucesso, as irmãs
Haynes, Betty (Rosemary Clooney) e Judy (Vera-Ellen). <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Se já existia o glamour da
música, passa a aparecer agora o toque mágico do “romance”, a que se virá a
acrescentar ainda a exaltação patriótica, quando todos resolvem restaurar a
confiança perdida pelo general Thomas F. Waverly, que não se revela tão bom
director de hotel (numa estância de turismo de Inverno, onde falta a neve) como
o fora no campo de batalha. E assim se chega ao final apoteótico, onde, numa
noite de Natal, tudo se conjuga para a felicidade completa: dois casais de
cantores e bailarinos que assumem o seu amor, perante o olhar paternal de um
general de novo passando revista às suas fieis tropas, enquanto se vão ouvindo
os acordes de “White Christmas”, de Irving Berlin, e do céu começa a cair a
neve que reporá justiça nos cofres do hotel.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Filme mais natalício não há,
sobretudo em meados da década de 50. Com os EUA no rescaldo da II Guerra
Mundial e o Plano Marshal na Europa, esta é a imagem de felicidade que convém
fazer passar. Com o brilho de Inving Berling e a competência narrativa de um
mestre da eficácia, Michael Curtiz.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm2w7oPr1mCwtWnaJSatUkufni_2QP8LlhGndMmnX_QL46ErGmrY6fWWdoTutqAFwoBdm-GeIeFp0iWNaCQ3KoN7NFYaLdRjJETP-pWMHtK1eOBNSRzJEMf9E5ZbCKuoLcjeYYOgRuNPKK/s1600/2013-09-02+096.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm2w7oPr1mCwtWnaJSatUkufni_2QP8LlhGndMmnX_QL46ErGmrY6fWWdoTutqAFwoBdm-GeIeFp0iWNaCQ3KoN7NFYaLdRjJETP-pWMHtK1eOBNSRzJEMf9E5ZbCKuoLcjeYYOgRuNPKK/s640/2013-09-02+096.png" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">NATAL BRANCO<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">Título original:
White Christmas</span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;"> <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">Realização</span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 10pt;">: Michael Curtiz (EUA, 1954); Argumento: Norman
Krasna, Norman Panama, Melvin Frank; Música: Gus Levene, Joseph J. Lilley,
Bernard Mayers, Van Cleave, Irving Berlin (canção "White Christmas");
Fotografia (cor): Loyal Griggs; Montagem: Frank Bracht; Direcção artística:
Roland Anderson, Hal Pereira; Decoração: Sam Comer, Grace Gregory;
Guarda-roupa: Edith Head; Maquilhagem: Wally Westmore; Assistentes de
realização: John R. Coonan; Departamento de arte: Dorothea Holt; Som: John
Cope, Hugo Grenzbach; Efeitos especiais: John P. Fulton; Produção: Robert
Emmett Dolan; <b>Intérpretes</b>: Bing
Crosby (Bob Wallace), Danny Kaye (Phil Davis), Rosemary Clooney (Betty Haynes),
Vera-Ellen (Judy Haynes), Dean Jagger (Gen. Thomas F. Waverly), Mary Wickes
(Emma Allen), John Brascia (Joe), Anne Whitfield (Susan Waverly), Bea Allen,
Joan Bayley, Tony Butala, Glen Cargyle, George Chakiris, Barrie Chase, Les
Clark, Lorraine Crawford, Robert Crosson, Marcel De la Brosse, Mike Donovan,
Ernie Flatt, Bess Flowers, Gavin Gordon, Johnny Grant, Percy Helton, I.
Stanford Jolley, Richard Keene, Vivian Mason, Peggy McKim, James Parnell, Sig
Ruman, Richard Shannon, Dick Stabile, Grady Sutton, Herb Vigran, etc. </span><b><span style="font-size: 10pt;">Duração:</span></b></span><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> 120 minutos; Distribuição em Portugal
/DVD: Lusomundo Audiovisuais; Classificação etária: M/ 6 anos.</span><span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-77375534588191553782016-12-11T13:22:00.001-08:002016-12-11T13:22:52.477-08:00SESSÃO 59 - 13 DE DEZEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnnoHGo7yHtGDK7qTXInFE7Iccw7pZ4xZL3BB7nhVgGGTtp1P7r5sQpJbwdSJG5YEPQiz0GIfLY7JnAztcxKoZDge_FvPPF9D1OpQlsHSUPoQUFFMhJpRKl8MTWxFLKiVzec5vLe_lsuxR/s1600/hangoverposter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnnoHGo7yHtGDK7qTXInFE7Iccw7pZ4xZL3BB7nhVgGGTtp1P7r5sQpJbwdSJG5YEPQiz0GIfLY7JnAztcxKoZDge_FvPPF9D1OpQlsHSUPoQUFFMhJpRKl8MTWxFLKiVzec5vLe_lsuxR/s640/hangoverposter.jpg" width="426" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">A
RESSACA (2009)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBUtOu3B2Y07h7YOObUVoTbM11XHYPJz8mh1yPhVTfmdIWVfRx67QWnyOV2HttXWe05LrAZe3gt7qkSjs3of_8M1UtdFl1F0sExb4Fkh4lRDJwP6j990M9kEhKCPZIJ5B0JTpuBcSurrQP/s1600/the_hangover01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBUtOu3B2Y07h7YOObUVoTbM11XHYPJz8mh1yPhVTfmdIWVfRx67QWnyOV2HttXWe05LrAZe3gt7qkSjs3of_8M1UtdFl1F0sExb4Fkh4lRDJwP6j990M9kEhKCPZIJ5B0JTpuBcSurrQP/s640/the_hangover01.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“A Ressaca”, de Todd Phillips, bateu
records de público nesse verão de 2009 nas salas dos EUA e um pouco por todo o
lado. O que quase nunca é bom sinal, no campo das comédias. Mas esta é
realmente divertida, tem ritmo, bons actores, que compõem personagens
interessantes, e globalmente é um bom entretenimento como há muito não se via,
dentro do género, vindo da América. Por isso teve sequelas: “A Ressaca - Parte
II” (2011) e “A Ressaca - Parte III” (2013), até agora. De ressaca em ressaca vai
perdendo graça e brilho. Demasiadas ressacas é no que dá. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Na primeira, a melhor de longe, quatro
amigos, trintões, Phil Wenneck (Bradley Cooper), Stu Price (Ed Helms), Alan
Garner (Zach Galifianakis) e Doug Billings (Justin Bartha), juntam-se para uma
despedida de solteiro. Um é casado e engana a mulher quanto ao destino da
viagem. O outro vai casar. Os outros são solteiros. Todos diferentes entre si,
mas todos a quererem experimentar uma noitada de loucura na cidade que nunca
dorme (Las Vegas também é assim!). Chegados à cidade, alugada a fabulosa suite
de hotel, partem à aventura. Corte. Nada se sabe dessa noite, até que três
deles acordam nessa mesma suite, mas agora virada de pernas para o ar. E
perdido o noivo. E um dente a menos na boca do dentista profissional. E uma
galinha no quarto e um tigre na casa de banho. E um colchão espetado num dos
pináculos do hotel. E um bebé à porta do quarto. E uma dor de cabeça que cheira
a ressaca. E uma amnésia do tamanho do mundo. Ou do céu iluminado a néons de Las
Vegas.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Que terá acontecido durante aquela noite
de que ninguém no grupo de três se lembra? Que terá acontecido ao noivo cujo
paradeiro todos desconhecem? E assim se parte da manhã do dia seguinte para se
descobrir a noite anterior. Boa ideia, que Todd Phillips explora bem, e os
actores ajudam. O que aconteceu na realidade não se pode revelar aqui, mas
todos supõem que bebida e droga, mulheres e jogo estejam presentes. Já poucos
calculariam que Mike Tyson, himself, pudesse estar no centro desta intriga, nem
que Fu Manchu, ou derivados, pudessem andar por ali, sobretudo enjaulados nas
bagageiras de carros da polícia furtados. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Todd Phillips, argumentista e
realizador, criou em 1994, juntamente com Andrew Gurland, o “New York
Underground Film Festival”. Depois avançou para a realização, com “Frat House”,
documentário sobre a fraternidade nos colégios, que acabaria por ser premiado
em 1998, no Sundance Film Festival, com o Grande Premio do Júri. Continuou na
realização com comédias como “Road Trip”, “Old School” e “School for
Scoundrels”. Em 2006, foi nomeado para o Óscar de melhor argumento desse ano,
com “Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of
Kazakhstan”. Parecia um cineasta a despontar que mereceria ser seguido com
interesse, à espera de novas surpresas. Mas depois disto, nada a assinalar de
relevo. Para lá das “Ressacas”, “A Tempo e Horas” em 2010. Veremos o que nos
reserva “Os Traficantes” de 2016.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHyOhn5qDoZ2xoVWvczWhz99O04E7n7gUCSPmKHEzzwGqv5SZcu6fTui0wVt6GFI-ryz46nw-hXpbGr-n2uBgg6xbk-HUE6kM6Wei2N_w8VmV_T76j4m_W8t7P-tgkyV2aLmsy50uatiC0/s1600/4228074-the-hangover-movie-normal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHyOhn5qDoZ2xoVWvczWhz99O04E7n7gUCSPmKHEzzwGqv5SZcu6fTui0wVt6GFI-ryz46nw-hXpbGr-n2uBgg6xbk-HUE6kM6Wei2N_w8VmV_T76j4m_W8t7P-tgkyV2aLmsy50uatiC0/s640/4228074-the-hangover-movie-normal.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">A RESSACA <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Título original: The Hangover <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Realização:</span></b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"> Todd
Phillips (EUA, Alemanha, 2009); Argumento: Jon Lucas, Scott Moore; Produção:
Chris Bender, Scott Budnick, William Fay, Daniel Goldberg, Jon Jashni, Todd
Phillips, David Siegel, J.C. Spink, Thomas Tull, Jeffrey Wetzel; Música:
Christophe Beck; Fotografia (cor): Lawrence Sher; Montagem: Debra Neil-Fisher;
Casting: Juel Bestrop, Seth Yanklewitz; Design de produção: Bill Brzeski;
Direcção artística: Andrew Max Cahn, A. Todd Holland; Decoração: Danielle
Berman; Guarda-roupa: Louise Mingenbach; Maquilhagem: Tony Gardner, Lori McCoy-Bell,
Janeen Schreyer; Direcção de Produção:
Julie M. Anderson, Susan E. Novick, Barbara Russo, Mark Scoon, David Siegel;
Assistentes de realização: David Mendoza, Courtenay Miles, Kevin O'Neil, Paul
Schneider, Jeffrey Wetzel; Departamento de arte: Ted Boonthanakit, Tom
Callinicos, Marco A. Campos, Jane Fitts, Christopher Isenegger, Roderick
Nunnally, Anshuman Prasad, John H. Samson; Som: Tim Chau; Efeitos especiais:
Ryan Arndt, John J. Downey, Matthew J. Downey, Ron Epstein, Mario Vanillo;
Efeitos visuais: Gray Marshall; Companhias de produção: Warner Bros., Legendary
Pictures, Green Hat Films, IFP Westcoast Erste; <b>Intérpretes:</b> Bradley Cooper (Phil), Ed Helms (Stu), Zach
Galifianakis (Alan), Justin Bartha (Doug), Heather Graham (Jade), Sasha Barrese
(Tracy), Jeffrey Tambor (Sid), Ken Jeong (Mr. Chow), Rachael Harris (Melissa),
Mike Tyson (Mike Tyson), Mike Epps (Black Doug), Jernard Burks (Leonard), Rob
Riggle, Cleo King, Bryan Callen, Matt Walsh, Ian Anthony Dale, Michael Li,
Sondra Currie, Gillian Vigman, Nathalie Fay, Chuck Pacheco, Jesse Erwin, Dan
Finnerty, Keith Lyle, Brody Stevens, Todd Phillips (Mr. Creepy), Mike Vallely,
James Martin Kelly, Murray Gershenz, etc. Duração: 108 minutos; Distribuição em
Portugal: Warner Pictures; Classificação etária: M/ 16 anos; Data de estreia em
Portugal: 18 de Junho de 2009. </span><span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-87600583174121022792016-12-04T15:59:00.000-08:002016-12-04T15:59:17.781-08:00SESSÃO 58 - 6 DE DEZEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwxoWrMLFzS6RjWk87HOUkl3eL46HdHx3wwUGei9SmISoL6_9bj2cMfX5LXo2syU-PN4YwtzfFs4m3M8XUayFJzrAWbgD1jEf4KKlX_dh2ZzZtxU7wxBh9p5s9q6wLPM49ypuqvOYpdc5Q/s1600/Free+download+bluray+1080p+720p+movie+google+drive+Man+on+The+Moon%252C+USA%252C+1999%252C+Milos+Forman%252C+Biography%252C+Comedy%252C+Drama%252C+Jim+Carrey%252C+Danny+DeVito%252C+Gerry+Bec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwxoWrMLFzS6RjWk87HOUkl3eL46HdHx3wwUGei9SmISoL6_9bj2cMfX5LXo2syU-PN4YwtzfFs4m3M8XUayFJzrAWbgD1jEf4KKlX_dh2ZzZtxU7wxBh9p5s9q6wLPM49ypuqvOYpdc5Q/s640/Free+download+bluray+1080p+720p+movie+google+drive+Man+on+The+Moon%252C+USA%252C+1999%252C+Milos+Forman%252C+Biography%252C+Comedy%252C+Drama%252C+Jim+Carrey%252C+Danny+DeVito%252C+Gerry+Bec.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">HOMEM NA LUA (1997)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2h9CPZCF3ua4OxIC5OhdsO1qHws4DpTEW6vTHEnOQ3nuxcxyXo_TkHM6aL-r5obSsWD0tlH18anx3qFlQjTwJTmomfettgAkAN0rq49MFLDmx_o6h2ztaQE1J4OkSK6cmXdAKw8bVpqkd/s1600/man-on-the-moon-1999-11-g.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="414" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2h9CPZCF3ua4OxIC5OhdsO1qHws4DpTEW6vTHEnOQ3nuxcxyXo_TkHM6aL-r5obSsWD0tlH18anx3qFlQjTwJTmomfettgAkAN0rq49MFLDmx_o6h2ztaQE1J4OkSK6cmXdAKw8bVpqkd/s640/man-on-the-moon-1999-11-g.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>“Temos
que escolher onde queremos viver. Se na selva ou no jardim zoológico. Se
quiseres viver na beleza e em liberdade, escolhes a selva. Se preferires a
segurança, optas pelo jardim zoológico”, esta é uma das frases preferidas de
Milos Forman, o realizador de “Homem na Lua”. Nascido na Checoslováquia, órfão
de pai e mãe, ambos assassinados em campos de concentração nazis, estudou na
escola de cinema de Praga, estreia-se na realização com curtas interessantes, e
depois com três comédias críticas sobre a sociedade e o sistema checoslovaco na
época, “Ás de Espadas”, “Os Amores de Uma Loira” e o magnífico “O Baile dos
Bombeiros”, que lhe abriram as portas do Ocidente. Instalado nos EUA, reanima a
sua obra com filmes de uma enorme coerência e unidade de tom e de temas,
podemos mesmo dizer de obsessões. A marginalidade, a luta pela liberdade, a
genialidade mais ou menos incompreendida, o confronto com os poderes
instituídos são alguns dos grandes temas que povoam a sua obra, que se estende
por “Os Amores de Uma Adolescente” (1971), “Voando Sobre Um Ninho de Cucos”
(1975), “Hair” (1979), “Ragtime” (1981), “Amadeus” (1984), “Valmont” (1989),
“Larry Flynt” (1996), “Homem na Lua” (1999) ou “Os Fantasmas de Goya” (2006). <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>“Homem
na Lua” baseia-se nalguns momentos na vida de Andrew Geoffrey Kaufman (Nova
Iorque, 17 de Janeiro de 1949 - Los Angeles, 16 de Maio de 1984) que foi um
cantor, dançarino e actor norte-americano muito particular, com uma vida
privada atribulada e uma profissional não menos conturbada. Tornou-se conhecido
em shows e performances extremamente contundentes, politicamente incorrectas,
imprevisíveis. Foi contratado pela American Broadcasting Company (ABC) para
integrar o elenco da série televisiva “Taxi”, criando a personagem do
estrangeiro Latka Gravas, com o qual o humorista quebrou todas as estruturas da
comédia convencional, apresentando números vanguardistas no teatro e em eventos
públicos diversos. Conquistou igualmente o sucesso ao interpretar Elvis Presley
e parodiar outras personalidades. Criou mesmo personagens como o cantor Tony
Clifton, que surgia do nada e ninguém conseguia localizar. Integrou igualmente
o grupo que concebia o programa Saturday Night Live. Não era, portanto, um
actor bem-comportado e, muitas vezes, insultava o público, irritava-o,
inventava histórias falsas e queria ser o melhor artista do mundo. Depois de
despedido da ABC, passou a fazer shows em ringues de luta livre, onde desafiava
mulheres. Era considerado louco por muitos e génio por poucos. </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMg2hUouSKvYVFRx8rFGlf4GDY8NUApgQMO16y-lZwiGzok1OulP7xC9QW95mcirvWw1rwsqDYcZEaqGqqfPsKGDISvVA10ED8a905BHDDAZIvehmuaDftWsFRYxc7sBMMTK1gNLuIWVZv/s1600/cc0f9e874df072c26946e85d67b29ff9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMg2hUouSKvYVFRx8rFGlf4GDY8NUApgQMO16y-lZwiGzok1OulP7xC9QW95mcirvWw1rwsqDYcZEaqGqqfPsKGDISvVA10ED8a905BHDDAZIvehmuaDftWsFRYxc7sBMMTK1gNLuIWVZv/s640/cc0f9e874df072c26946e85d67b29ff9.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Em 1984, Kaufman
anunciou que sofria de cancro no pulmão, mas raros acreditaram nessa nova sua
“piada” de mau gosto, que se viria revelar verdadeira. Faleceu em Los Angeles,
a 16 de Maio desse ano, mas há quem acredite que está vivo. Em Novembro de
2013, o irmão de Andy afirmara que ele pode estar vivo e escondido. Michael
Kaufman revelou que tinha encontrado no arquivo do irmão um plano para fingir a
sua morte. Noticiou-se que “uma alegada filha de Andy Kaufman, de 24 anos,
subira ao palco numa cerimónia da entrega dos prémios com o nome do pai, para
explicar que Andy Kaufman é "um óptimo pai que fica em casa, cozinha e
toma conta do lar". Mas um site de entretenimento, "The Smoking
Gun", revelou que a alegada filha não passava de uma atriz nova-iorquina,
chamada Alexandra Tatarsky, e que não tem qualquer relação familiar com o
comediante.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Tal
como acontecera com “Larry Flynt”, por exemplo, Milos Forman atém-se a alguns
momentos da vida de Andy Kaufman para erguer o retrato de uma personagem
contraditória, difícil de definir, um ser obviamente associal, que não se
integra, ou não se deixa integrar, no esquema tradicional da sociedade. Não há
julgamentos morais, há quanto muito um olhar de simpatia e de certa
cumplicidade, para o que concorre muito o notável trabalho de Jim Carrey, importantíssimo
para conferir credibilidade a uma figura como esta. Representando sempre no fio da navalha, entre
o realismo e a toada humorista, sarcástica, Jim Carey oferece aqui um dos seus
momentos de eleição. Mas Milos Forman conta ainda com uma excelente direcção
artística, recriando ambientes e situações, uma fotografia a condizer, e uma
montagem que subinha discretamente certas situações. Todo o elenco restante é
igualmente bastante eficaz e por vezes mesmo inspirado: Danny DeVito, Paul
Giamatti, Courtney Love, George Shapiro, entre outros. Um filme que nos deixa
inquietos, indefinidos no olhar, perplexos quanto à personagem, por vezes
incómoda, por vezes simpática, mas que é indiscutivelmente uma obra provocadora
e envolvente, a que não se resiste, ame-se ou não. Curiosamente, Karaszewski e
Alexander, os argumentistas, parecem especializados em temas deste tipo, já que
foram eles que escreveram os argumentos de “Ed Wood”, de Tim Burton, e o já
referido “Larry Flint”. Na banda sonora descobrem-se vários temas compostos
pelo próprio Andy Kaufman, além de canções da banda norte-americana R.E.M. “Man
on the Moon” ganhou o Globo de Ouro para Melhor Actor de Comédia ou Musical
(Jim Carrey).</b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyZPnwyRf3VBlEWbID91SX03BS343FLdYyBnbMLzhTsDctE86gtsDTfjkxEI73HmQpgwgMjJGfmdVyuHxB82YgJI_11D6ZYvloIrkkZ94CpWMvUscOikespU-5rfI1eMY3f3vBBvc6w7Ip/s1600/man-on-the-moon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyZPnwyRf3VBlEWbID91SX03BS343FLdYyBnbMLzhTsDctE86gtsDTfjkxEI73HmQpgwgMjJGfmdVyuHxB82YgJI_11D6ZYvloIrkkZ94CpWMvUscOikespU-5rfI1eMY3f3vBBvc6w7Ip/s640/man-on-the-moon.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 8pt;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">HOMEM NA LUA <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">Título original: Man
on the Moon <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> Milos Forman (EUA,
Inglaterra, Alemanha, Japão, 1999); Argumento: Scott Alexander, Larry
Karaszewski; Produção: Pamela Abdy, Danny DeVito, Scott Ferguson, Michael
Hausman, Michael Shamberg, George Shapiro, Stacey Sher, Howard West, Bob Zmuda;
Música: R.E.M.; Fotografia (cor): Anastas N. Michos; Montagem: Adam Boome,
Lynzee Klingman, Christopher Tellefsen; Casting: Francine Maisler; Design de
produção: Patrizia von Brandenstein; Direcção artística: James F. Truesdale;
Decoração: Maria Nay; Guarda-roupa: Jeffrey Kurland; Maquilhagem: Ve Neil,
Yolanda Toussieng, Bob Zmuda; Direcção de Produção: Gerry Robert Byrne, Michael
Hausman, Henning Molfenter; Assistentes de realização: Timothy Grant Engle,
Stephen E. Hagen, David McGiffert, Michael Risoli, Michael Smith; Departamento
de arte: Jason Bedig, Martin Bernstein, Michael Curry Sr., David Elliott, Ray
Kluga, Timothy Metzger, Karla Triska; Som: Ron Bochar, Alice Byrne, Kam Chan,
Gregg Harris, Pat McCarthy, Marc-Jon Sullivan, etc.; Efeitos especiais: Larry
Fioritto, Virgil Sanchez; Efeitos visuais: Randall Balsmeyer, Daniel Leung;
Companhias de produção:Universal Pictures, Mutual Film Company, Jersey Films,
Cinehaus, Shapiro/West Productions, Tele München Fernseh
Produktionsgesellschaft, British Broadcasting Corporation (BBC), Marubeni,
Toho-Towa; <b>Intérpretes:</b> Jim Carrey
(Andy Kaufman / Tony Clifton), Danny DeVito (George Shapiro), Paul Giamatti
(Bob Zmuda), Courtney Love (Lynne Margulies), Gerry Becker (Stanley Kaufman,
pai de Andy), Leslie Lyles (Janice Kaufman, mãe de Andy), George Shapiro (Mr.
Besserman) Budd Friedman (Budd Friedman), Greyson Erik Pendry, Brittany
Colonna, Bobby Boriello, Tom Dreesen, Thomas Armbruster, Pamela Abdy, Wendy
Polland, Cash Oshman, Matt Price, Christina Cabot, Richard Belzer, Melanie
Vesey, Michael Kelly, Miles Chapin, Isadore Rosenfeld, Vincent Schiavelli,
Molly Schaffer, Howard West, Greg Travis, Maureen Mueller, Philip Perlman,
Jessica Devlin, Jeff Thomas, Peter Bonerz, Howard Keystone, Howdy Doody, Brent
Briscoe, Ray Bokhour, Patton Oswalt, Caroline Gibson, Conrad Roberts, Jeff
Zabel, Marilyn Sokol, Angela Jones, Krystina Carson, Patricia Scanlon, Reiko
Aylesworth, Michael Villani, Jim Ross, Jerry Lawler, Bob Zmuda, Johnny Legend,
Doris Eaton, Yoshi Jenkins, New York City Rockettes, etc. 114 minutos;
Distribuição em Portugal: Lusomundo Audiovisuais; Classificação etária: M/ 12
anos; Data de estreia em Portugal: 10 de Março de 2000. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigkB0ckQ9Iuf3MLfcOoR8AjqeSxGMXN3smo5svyPV_rC2RCDaUzbktuBBtSrAQLtByEYxOqCsEYDu1uQk0OdxX9hwyofd2PErG1H1XFtigski1LGdkyzNNVzquSKIbArcwmNebglagCwU3/s1600/maxresdefault+%25285%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigkB0ckQ9Iuf3MLfcOoR8AjqeSxGMXN3smo5svyPV_rC2RCDaUzbktuBBtSrAQLtByEYxOqCsEYDu1uQk0OdxX9hwyofd2PErG1H1XFtigski1LGdkyzNNVzquSKIbArcwmNebglagCwU3/s640/maxresdefault+%25285%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-54841369801255292552016-11-28T09:50:00.000-08:002016-11-28T09:50:49.211-08:00SESSÃO 57 - 29 DE NOVEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh57S1DccDzpPZm0YLLc7TEOabNT5BG6HotgH5OtRGXi0DSta99oK3W4PR1DKm8oa4IhugIrjiHJZP6W0oaxoGugmhTwbwoj1r1CYZByRvYKOm99cRFPTvT69a5l-uiEpL2634qhVYl0Kk/s1600/os-picaretas-500x600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh57S1DccDzpPZm0YLLc7TEOabNT5BG6HotgH5OtRGXi0DSta99oK3W4PR1DKm8oa4IhugIrjiHJZP6W0oaxoGugmhTwbwoj1r1CYZByRvYKOm99cRFPTvT69a5l-uiEpL2634qhVYl0Kk/s640/os-picaretas-500x600.jpg" width="532" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O SEM-VERGONHA (1999)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0f_aJ2GfYABcdJoBY4VDBcVukBu-nDD3157mvzQz9uZ1ouYoonyMNzXc7biETfjYZmLHD_cGsdnvSa5EFQnkHgrrXLa0-QXP-YpdUhGVfp4Ki3zYM9D9zOFQZXIIeHkKw2R1gP2i6NSgN/s1600/lead_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0f_aJ2GfYABcdJoBY4VDBcVukBu-nDD3157mvzQz9uZ1ouYoonyMNzXc7biETfjYZmLHD_cGsdnvSa5EFQnkHgrrXLa0-QXP-YpdUhGVfp4Ki3zYM9D9zOFQZXIIeHkKw2R1gP2i6NSgN/s640/lead_1.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Hollywood
gosta de se autoparodiar e aceita de bom grado a autocrítica, se ela lhe
trouxer dividendos. Desde há muito. Quem se não lembra dessa fabulosa comédia
musical de Gene Kelly e Stanley Donen, “Serenata à Chuva” (Singin' in the Rain,
1952), ou mesmo desse drama denso e crispado que Billy Wilder assinou,
“Crepúsculo dos Deuses” (Sunset Boulevard, 1950)? <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas
há muitos outros títulos a justificar amplamente uma citação, o que aqui se faz
de forma muito rápida e sucinta, para avivar a memória de quem os recorda ou
referi-los como boa escolha para quem os não conhece. Comecemos pelas comédias,
algumas bem verrinosas, outras mais amenas e de olhar ternurento: “Tudo Boa
Gente” (S.O.B, 1981), e “A Festa” (The Party, 1968), dois títulos de Blake
Edwards, são dos retratos mais divertidos e desapiedados de Hollywood. “O
Jogador” (The Player), de Robert Altman (1992), iguala-os. A considerar ainda
“A Última Loucura” (Silent Movie), de Mel Brooks (1976), “O Maior Amante do
Mundo” (The World’s Greatest Lover), de Gene Wilder (1977), “A Musa” (The
Muse), de Albert Brooks (1999), “Três Amigos” (Three Amigos!), de John Landis,
“As Três Noites de Susana” (Susan Slept Here), de Frank Tashlin (1954) ou, do
mesmo Frank Tashlin, “Um Espada para Hollywood” (Hollywood or Bust, 1956), com
Jerry Lewis que, por sua vez, nos deu um magnífico retrato de Hollywood em
“Jerry 8 ¾” (The Patsy, 1964). Outros grandes actores cómicos nos ofereceram
olhares sobre Hollywood, logo desde ainda na época do cinema mudo, como o
fabuloso “Sherlock Holmes Jr.” (Sherlock Jr., 1924), de Buster Keaton. “Parada
de Malucos” (Hellzapoppin), de H.C. Potter (1941), “A Quimera do Riso”
(Sullivan’s Travels), de Preston Sturges (1942), “A Rosa Púrpura do Cairo” (The
Purple Rose of Cairo, 1985) e “Recordações” (Stardust Memories, 1980), ambos de
Woody Allen, “Quando Paris Delira” (Paris When It Sizzles), de Richard Quine
(1964), “The Stunt Man - O Fugitivo” (The Stunt Man), de Richard Rush (1980)
são outros exemplos, sendo que “Tempestade Tropical” (Tropic Thunder), de Ben
Stiller (2008) e “O Artista” (The Artist), de Michel Hazavanicius (2011) são
dois dos mais recentes.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGaY4tH7j_aeZGpUgm0-ppVTvN5BgG7kTWJsdlpfIL7kWKFS7uejQnmNf1T5XYBfpDdGSAEVzAohyphenhyphenPA8j1qShtflqUkpgBi6u4AYJqrQVXk4WMKVWFO47wsUmexBPTgwSo3oXNmn_n32vk/s1600/251a42fde5fd668675480af294a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGaY4tH7j_aeZGpUgm0-ppVTvN5BgG7kTWJsdlpfIL7kWKFS7uejQnmNf1T5XYBfpDdGSAEVzAohyphenhyphenPA8j1qShtflqUkpgBi6u4AYJqrQVXk4WMKVWFO47wsUmexBPTgwSo3oXNmn_n32vk/s640/251a42fde5fd668675480af294a.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Do
lado do drama e do retrato por vezes negro da indústria do cinema haverá
igualmente muito a citar, e quase sempre de boa qualidade, ou não fossem
confissões de quem sabe do que está a falar. “Cativos do Mal” (The Bad and the
Beautiful, 1952) e o seu prolongamento italiano “Duas Semanas Noutra Cidade”
(Two Weeks in Another Town, 1962), ambos de Vincente Minnelli são bons exemplos
para iniciar esta viagem. “O Grande Magnate” (The Last Tycoon), de Elia Kazan
(1976), “Matar ou Não Matar” (In A Lonely Place), de Nicholas Ray (1950), “O
Desprezo” (Le Mépris, 1963), de Jean-Luc Godard, “Os Insaciáveis” (The
Carpetbaggers), de Edward Dmytryk (1964), “O Nosso Amor de Ontem” (The Way We
Were), de Sydney Pollack (1973), “O Dia dos Gafanhotos” (The Day of the
Locust), de John Schlesinger (1975), “Valentino”, de Ken Russell (1977),
“Shampoo”, de Hal Ashby (1975), “Hollywood Boulevard”, de Allan Arkush, Joe Dante
(1976), “Manobras na Casa Branca” (Wag the Dog), de Barry Levinson (1997), “LA
Confidential”, de Curtis Hanson (1997), “Modern Romance”, de Albert Brooks
(1981), “Ed Wood”, de Tim Burton (1994), “Deuses e Monstros”(Gods And
Monsters), de Bill Condon (1998), “Mulholland Drive”, de David Lynch (2001),
“Adaptação” (Adaptation) Spyke Jones (2002), “Barton Fink”, dos Irmãos Coen
(1991), “Somewhere – Algures”, de Sofia Coppola (2010), “RKO 281”, de Benjamin
Ross (1999), “Sete Psicopatas” (Seven Psychopaths), de Martin McDonagh (2012),
“O Aviador” (The Aviator), de Martin Scorsese (2004), “State and Main”, de
David Mamet (2000), “Mapas Para as Estrelas” (Maps To The Stars), de David
Cronenberg (2014), entre muitos outros, abordam o universo da indústria cinematográfica
norte-americana com resultados diversos, é certo, mas quase sempre
interessantes. Há mesmo temas que oferecem visões distintas ao longo das
décadas. “Assim Nasce Uma Estrela” (A Star is Born), de George Cukor, na sua
versão de 1954, com Judy Garland e James Mason, é talvez o exemplo mais
marcante, o mesmo Cukor dirigira “What Price Hollywood”, em 1932, com Constance
Bennett e Lowell Sherman, abordando o mesmo caso da actriz envolvida com um
produtor alcoólico. “Nasceu Uma Estrela” (A Star is Born), desta feita com
realização de William Wellman, e interpretação de Fredric March e Janet Gaynor,
data de 1937, sendo que a versão mais recente “Nasce Uma Estrela” (A Star is
Born), de 1976, traz a assinatura de Frank Pierson, e a presença de Barbra Streisand
e Kris Kristofferson. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Muito
interessante é, pois, neste contexto, “Bowfinger”, que parte de um excelente
argumento de Steve Martin com realização a condizer, de Frank Oz. Bowfinger
(Steve Martin) é um pequeno produtor de Hollywood, sem grandes escrúpulos, que
procura por todos os meios ao seu alcance, e não só, realizar o filme que o irá
lançar na grande indústria. Acha que tem nas mãos o argumento da sua vida e
precisa de um actor de prestígio para vender o produto. Kit Ramsey (Eddie
Murphy) é o indicado, porém este nem sequer lê o script. Mas, como quem não tem
cão caça com gato, Bowfinger resolve rodar o filme com o actor, sem este saber.
O resultado será inesperado ... <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Muito
mais inesperado é o tom de violenta crítica que “O Sem-Vergonha” consegue
manter ao longo de toda a obra, com uma sucessão de gags extremamente bem
conseguidos e servidos por um elenco brilhante, que ajuda a fazer deste filme
uma das melhores comédias de finais da década de 90. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzkBR6lMJoxqZH8sG12qpkDedbp32nUesQUDET5e7anpbvQZTfd_LCDaM2DLw1X3EEZOUeoZz67UDDoISH_RK9fAsx4qi9Rf-8unlVDrrp5G4QQ97MbTaasW_Atn7Uvth8y5viNEa3VNhZ/s1600/960.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzkBR6lMJoxqZH8sG12qpkDedbp32nUesQUDET5e7anpbvQZTfd_LCDaM2DLw1X3EEZOUeoZz67UDDoISH_RK9fAsx4qi9Rf-8unlVDrrp5G4QQ97MbTaasW_Atn7Uvth8y5viNEa3VNhZ/s640/960.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">O SEM-VERGONHA <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">Título original:
Bowfinger <o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;"><b><span lang="EN-US" style="line-height: 107%;">Realização:</span></b><span lang="EN-US" style="line-height: 107%;">
Frank Oz (EUA, 1999); Argumento: Steve Martin; Produção: Kathleen M. Courtney,
Brian Grazer, Karen Kehela Sherwood, Bernard Williams; Música: David Newman;
Fotografia (cor): Ueli Steiger; Montagem: Richard Pearson; Casting: Margery
Simkin; Design de produção: Jackson De Govia; Direcção artística: Tom Reta;
Decoração: K.C. Fox; Guarda-roupa: Joseph G. Aulisi; Maquilhagem: Gary Archer,
Steve Artmont, Frank Griffin, Stacey Morris, Gloria Ponce, Rick Sharp, Alicia
M. Tripi, Toy Van Lierop, Toni-Ann Walker; Direcção de Produção: Leslie J.
Converse, Bernard Williams; Assistentes de realização: Michele Panelli-Venetis,
Matt Rebenkoff, Evan Gilner, Basil Grillo; Departamento de arte: Marc Baird,
Bryan Belair, Susan A. Burig, Matt Callahan, Les Gobruegge, Karl J. Martin,
Melissa Mollo, Dawn Snyder, Rick Young; Som: Brendan Beebe, Ron Bochar, Martin
Raymond Bolger, Lewis Goldstein, Dennis Jones; Efeitos especiais: Phil Cory,
Richard Cory, Matthew W. Mungle; Efeitos visuais: Kelly G. Crawford, Syd
Dutton, Bill Taylor; Companhias de produção:Universal Pictures, Imagine
Entertainment; <b>Intérpretes:</b> Steve
Martin (Robert K. Bowfinger), Eddie Murphy (Kit Ramsey / Jefferson 'Jiff'
Ramsey), Heather Graham (Daisy), Christine Baranski (Carol), Jamie Kennedy
(Dave), Adam Alexi-Malle (Afrim), Kohl Sudduth (Slater), Barry Newman (Hal,
agente de Kitt), Terence Stamp (Terry Stricter), Robert Downey Jr. (Jerry
Renfro), Alejandro Patiño (Sanchez), Alfred De Contreras (Martinez), Ramiro
Fabian (Hector), Johnny Sanchez (Luis), Claude Brooks (Freddy), Kevin Scannell,
John Prosky, Michael Dempsey, Walter Powell, Phill Lewis, Marisol Nichols,
Nathan Anderson, Brogan Roche, John Cho, Lloyd Berman, Zaid Farid, Aaron
Brumfield, etc. </span><b><span style="line-height: 107%;">Duração:</span></b><span style="line-height: 107%;"> 97
minutos; Distribuição em Portugal.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 107%;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGZ74ZNXmBYN6PIaU79kt7sZDYECAIAJQj3brkS6EfArphng9cnipDBlHnJ7CulELU5SsXEEvHCsMW1cMJR8BOYvLSQ6MjAk57qdVMGL1bciTH_dZrNfJPvXi5zTiACm_RwATl4ld-tMcg/s1600/w2JQFFpAPRUDKRXe2RocCuoO7l5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGZ74ZNXmBYN6PIaU79kt7sZDYECAIAJQj3brkS6EfArphng9cnipDBlHnJ7CulELU5SsXEEvHCsMW1cMJR8BOYvLSQ6MjAk57qdVMGL1bciTH_dZrNfJPvXi5zTiACm_RwATl4ld-tMcg/s640/w2JQFFpAPRUDKRXe2RocCuoO7l5.jpg" width="640" /></a></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-55060012958433159122016-11-21T17:03:00.000-08:002016-11-21T17:03:45.183-08:00SESSÃO 56 - 22 DE NOVEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj182VWOfCQfynVs-rprNXNl9LoYDM-JMZITyCnKJtGOV-vbjRkL5wD6hUnIp4qGienknxX93uNcnSkQo5uX1kwofNOY_OakYkosBqQF3J7NRVLjcAWglkEzBu0bRgTj3vhmblviKJurUkk/s1600/little_miss_sunshine_ver6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj182VWOfCQfynVs-rprNXNl9LoYDM-JMZITyCnKJtGOV-vbjRkL5wD6hUnIp4qGienknxX93uNcnSkQo5uX1kwofNOY_OakYkosBqQF3J7NRVLjcAWglkEzBu0bRgTj3vhmblviKJurUkk/s640/little_miss_sunshine_ver6.jpg" width="470" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">UMA
FAMÍLIA À BEIRA </span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">DE UM ATAQUE DE NERVOS (2006)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxDeckt6Z7Kh81OtSP8KiMKiwmMRsByb-jlz1RzHJSTh5yD2CFDZahhITmrEmUo0n_JAS7UFfhPBTknODuyUu6fgNykdmSaLD10iozuSAlBipJSlLGMbhsGT6s72_mjbmMpJexM6YcnDb/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxDeckt6Z7Kh81OtSP8KiMKiwmMRsByb-jlz1RzHJSTh5yD2CFDZahhITmrEmUo0n_JAS7UFfhPBTknODuyUu6fgNykdmSaLD10iozuSAlBipJSlLGMbhsGT6s72_mjbmMpJexM6YcnDb/s640/2.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Um tipo como Richard Hoover (Greg
Kinnear), por muita boa vontade que ele tenha e nós para com ele, é sempre um
elemento particularmente desagradável. O formador de intrépidos vencedores, de
triunfantes empreendedores, motivando toda a gente que encontra para o sucesso,
só pode estar destinado ao fracasso. <span lang="EN-US">Ele
começa por afiançar: “There are two kinds of people in this world, winners and
losers”. </span>O
que ele desconhece ainda é que, por vezes, os que se julgam triunfantes acabam
perdedores. A começar desde logo pela sua família, um curioso agregado com algo
de disfuncional: a mulher, Sheryl Hoover (Toni Collette), que vai tentando
equilibrar o caos e atenuar a loucura reinante, os dois filhos, Dwayne (Paul
Dano), que admira Nietzsche, quer ser piloto, se recusa a falar e vive
ensimesmado, e Olive Hoover (Abigail Breslin), uma miudinha de sete anos que
sonha concorrer a “Little Miss Sunshine”, um concurso de beleza para crianças talentosas
de poucos anos e famílias de pouco juízo. Mas há ainda um tio, Frank Ginsberg
(Steve Carell), um grande especialista, “o maior”, em Proust, acabado de sair
do hospital e de uma depressão que o levou a uma tentativa de suicido, e o avô,
Edwin Hoover (Alan Arkin), expulso de um lar por falta de pudor, drogas,
revistas pornográficas e linguagem desbragada, personagens obviamente um pouco
exóticas que compõem o ramalhete deste “road movie” de concepção “indie”,
lançado inicialmente no Festival Sundance de Cinema de 2006, com enorme
sucesso. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Os seus direitos foram vendidos para a
Fox Searchlight Pictures num dos contratos mais caros da história do festival,
tendo de imediato feito uma excelente carreira nos EUA e em todo o mundo,
arrecadando uma impressionante quantidade de prémios em todo o mundo (é
incrível a listagem que o IMDB apresenta de prémios ganhos por esta comédia)
entre as quatro nomeações para Oscars, vencendo em duas delas (Melhor Argumento
original e Melhor Actor Secundário, Alan Arkin). Esteve ainda nomeado para
Melhor Filme do Ano e Melhor Actriz Secundária, a estreante Abigail Breslin.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Uma Família à Beira de um Ataque de
Nervos” foi dirigido por um casal de realizadores estreantes na longa-metragem
de ficção, Jonathan Dayton e Valerie Faris, e escrito por Michael Arndt.
Jonathan Dayton e Valerie Faris tinham atrás de si uma longa história em
vídeos, curtas-metragens, documentarismo e episódios para televisão. Depois de “Little
Miss Sunshine” conhece-se apenas uma outra comédia, igualmente bem recebida,
“Ruby Sparks - Uma Mulher de Sonho” (1912) e anunciam-se dois projectos em fase
de concretização, “I'm Proud of You” e “Battle of the Sexes”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq_Lav9yJ5ctxBx6GNGGKF1IqPGkmPgMKDWKZgaJDeVcpVKOviPUD7qQM5drKYn2qIw4Zk2oVv5iOeZQLwsrSSUo8TvEBnhDorsDJEnGnIQWcUvkRU3NqdnNwOmxjA-qAldxTfOeyIkc53/s1600/1020_5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq_Lav9yJ5ctxBx6GNGGKF1IqPGkmPgMKDWKZgaJDeVcpVKOviPUD7qQM5drKYn2qIw4Zk2oVv5iOeZQLwsrSSUo8TvEBnhDorsDJEnGnIQWcUvkRU3NqdnNwOmxjA-qAldxTfOeyIkc53/s640/1020_5.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Rodado entre o Arizona e o sul da
Califórnia, durante cerca de 30 dias, com um reduzido orçamente do cerca de
oito milhões de dólares, o filme arrecadaria verbas astronómicas nos EUA e um
pouco por todo o lado. Na semana de estreia, foi lançado nos EUA, em Junho de
2006, apenas em sete salas, e fez 370.782 dólares. O que obrigou a exploração
do filme a alargar o numero de salas até atingir uma receita de 9,.626.,655, em
Setembro do mesmo ano, em 1.602 ecrãs. Sem dúvida uma revelação e um fenómeno
raramente verificado.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Mas a obra faz jus ao sucesso, dado
tratar-se de uma comédia que parte de um argumento muito bem concebido,
desenvolvido, equilibrando com argúcia a crítica social a certos aspectos da
vida americana, com um tom de humor que alterna a insolência contracultura com
a delicada ironia de uma família em palpos de aranha para se equilibrar. A
realização é sóbria, mas explora bem as linhas de humor, sem perder o rigor da
escrita e conseguindo um excelente nível de representação de um elenco magnífico,
onde será injusto salientar um nome. A obra evolui á medida que a carrinha da
família atravessa a América, do Arizona até à Califórnia, para que a pequena Olive
Hoover possa apresentar-se a concurso nesse inimaginável “Little Miss Sunshine”,
uma coisa monstruosa que nem devia ser permitida, que o filme destrói por
completo, com a ajuda dessa interpretação exótica de Olive Hoover.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Mas os momentos de um delicioso humor
sucedem-se nessa trepidante viagem que, por vezes, terá de ser “arrancada” com
o esforço de todos a empurrarem a carripana que, aqui e ali, empena, e obriga
os ocupantes a saltarem para o seu interior quando já em andamento. Andamento é
o que não se perde neste filme com excelente ritmo, que vai buscar obviamente
alguma influência a Frank Capra, sobretudo na pertinente crítica social a um
certo “americain way of life” e á sua desmedida competitividade, mas também a
Ernest Lubitsch, Preston Sturges, George Cukor, Howard Hawks e outros cineastas
da melhor época do cinema norte-americano, que celebraram uma comédia de
costumes elegante e sofisticada e ainda assim contundente.. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNRkcGAGlMjlOuDlye__Dj4GObpMRmGSagMNmPqwmmGvG1R45PWA79GBkr9QkMhL4JwfBQDtqTdG9xwtnoG4H_Ww4FNmhzBpeb70KbOoPE4-lHVVWWw85D2soOcBHQC4DDtBTK6nMbe5gv/s1600/____53715bba5c1c8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNRkcGAGlMjlOuDlye__Dj4GObpMRmGSagMNmPqwmmGvG1R45PWA79GBkr9QkMhL4JwfBQDtqTdG9xwtnoG4H_Ww4FNmhzBpeb70KbOoPE4-lHVVWWw85D2soOcBHQC4DDtBTK6nMbe5gv/s640/____53715bba5c1c8.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">UMA
FAMÍLIA À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Título
original: Little Miss Sunshine <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Jonathan Dayton,
Valerie Faris (EUA, 2006); Argumento: Michael Arndt; Produção: Albert Berger,
Michael Beugg, Jeb Brody, David T. Friendly, Bart Lipton, Peter Saraf, Marc
Turtletaub, Ron Yerxa; Música: Mychael Danna, DeVotchKa; Fotografia (cor): Tim
Suhrstedt; Montagem: Pamela Martin; Casting: Justine Baddeley, Kim
Davis-Wagner; Design de produção: Kalina Ivanov; Direcção artística: Alan E.
Muraoka; Decoração: Melissa M. Levander; Guarda-roupa: Nancy Steiner;
Maquilhagem: Susan Carol Schwary, Janis Clark, Dugg Kirkpatrick, Amy Lederman,
Angel Radefeld, Torsten Witte; Direcção de Produção: Michael Bergyl, Bob
Dohrmann, Michael Toji; Assistentes de realização: Thomas Patrick Smith,
Heather Anderson, Kate Greenberg, Joe May, Gregory J. Smith, Thomas Robinson
Harper, Bart Lipton; Departamento de arte: Tony Bonaventura, Theresa Greene,
Michael Klingerman; Som: Andrew DeCristofaro, Craig Dollinger, Stephen P.
Robinson; Efeitos especiais: Ian Eyre; Efeitos visuais: Adam Avitabile, Joshua
D. Comen, Jenny Foster; Companhias de produção: Fox Searchlight Pictures, Big
Beach Films, Bona Fide Productions, Deep River Productions, Third Gear
Productions; <b>Intérpretes:</b> Abigail
Breslin (Olive Hoover), Greg Kinnear (Richard Hoover), Paul Dano (Dwayne), Alan
Arkin (avô Edwin Hoover), Toni Collette (Sheryl Hoover), Steve Carell (Frank
Ginsberg), Marc Turtletaub (médico), Jill Talley (Cindy), Brenda Canela, Julio
Oscar Mechoso, Chuck Loring, Justin Shilton, Gordon Thomson, Steven Christopher
Parker, Bryan Cranston, John Walcutt, Paula Newsome, Dean Norris, Beth Grant,
Wallace Langham, Lauren Shiohama, Mary Lynn .Rajskub, Jerry Giles, Geoff Meed,
Matt Winston, Joan Scheckel, Casandra Ashe, Mel Rodriguez, Alexandria Alaman,
etc. <b>Duração:</b> 101 minutos;
Distribuição em Portugal: Twenty Century Fox Home Entertainment; Classificação
etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 12 de Outubro de 2006.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-81337953804487308932016-11-14T16:28:00.000-08:002016-11-14T16:28:07.927-08:00SESSÃO 55 - 15 DE NOVEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoIr3nNsV5_mhjAJFfRGZY3WRNseMVh3Z4YZfQihgeFioPFF59IZqrn_6MO7KLOPc4QcsTLas23rSoPhcj3LN7VncU9og5gmmKC_6lLbeNg9tr0Ju5yTQmYFULLrRNYPPt9Bkhzel3azDs/s1600/Quand_Harry_rencontre_Sally-a3517.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoIr3nNsV5_mhjAJFfRGZY3WRNseMVh3Z4YZfQihgeFioPFF59IZqrn_6MO7KLOPc4QcsTLas23rSoPhcj3LN7VncU9og5gmmKC_6lLbeNg9tr0Ju5yTQmYFULLrRNYPPt9Bkhzel3azDs/s640/Quand_Harry_rencontre_Sally-a3517.jpg" width="456" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">UM
AMOR INEVITÁVEL (1989)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2qkHTI_LbDDZomCRoZCE0ihQdCZqFRSWDg2X0JcMVchuUCNU7r0swCPAEYGVcItzzvuFd6y3efI8KfXEmY7w9WdD91c5_EzKo7AG2engFZ4WmkOJbkqYHz36lZb2bEWw8iW5gZNCSNOBz/s1600/QuandHarry+15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2qkHTI_LbDDZomCRoZCE0ihQdCZqFRSWDg2X0JcMVchuUCNU7r0swCPAEYGVcItzzvuFd6y3efI8KfXEmY7w9WdD91c5_EzKo7AG2engFZ4WmkOJbkqYHz36lZb2bEWw8iW5gZNCSNOBz/s640/QuandHarry+15.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Num grupo de amigos, alguém terá dito:
“há 1500 comédias românticas e depois há “When Harry Met Sally...”, um pouco
como quem diz “há 1500 filmes de guerra românticos e depois há “Casablanca”, o
que não deixa de ser curioso, pois “Casablanca” é muito citado em “When Harry
Met Sally...”. Claro que há algo de muito subjectivo nesta apreciação. O mesmo
se poderia dizer de algumas outras comédias românticas, como por exemplo “há
1500 comédias românticas e depois há “Breakfast at Tiffany's”, mas a frase não
deixa de referir um facto curioso em relação a esta obra de Rob Reiner, segundo
argumento de Nora Ephron, aqui realizador e argumentista são dois elementos que
terão de ser devidamente valorizados. Ao sublinhar deste modo a importância
deste filme que fica na recordação de todos quanto o viram, e que justifica
sucessivas revisões, proporcionando o mesmo prazer de sempre, o que se está a
confirmar é o momento de eleição que este título representa no interior do
género das comédias românticas. Que outra coisa é “When Harry Met Sally...”
senão mais uma variação ou derivação do tema “boy meet girl”, apaixonam-se e
afirmam viver “felizes para sempre?”. Bom, não é assim tão simples. Realmente Harry
Burns (Billy Crystal) pede boleia a Sally Albright (Meg Ryan) para irem juntos
para Nva Iorque, ma daí não resulta nenhum “coup de foudre”, nenhuma paixão
repentina. Muito pelo contrário, pelo caminho ele alicia-a para passarem a
noite num motel, e ela acho-o atrevido em demasia. Poderão ser amigos. Ele acha
que não. “A amizade entre homens e mulheres não pode existir. A atração sexual
impede-o”, esta é a sua teoria. Dir-se-ia que estamos na presença de um
conjunto de lugares comuns ligados à vida do casal. Mas os lugares se são
comuns é porque existem para muita gente. Que mal terá abordar os lugares
comuns? Nenhum se na forem tratados de forma demasiado primária. “Um Amor
Inevitável” tem essa característica invulgar: analisa as questões com
sensibilidade, humor, delicadeza, sem, todavia, entrar na pieguice, no
rodriguinho. O tom é o certo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alias o filme inicia-se e desenvolve-se
com um verdadeiro achado narrativo. Alguns casais idosos, em tom documental,
apresentam-se frente ao ecrã, informando da forma como se conheceram e o seu
amor se manteve ao longo dos anos. São figuras que nada têm a ver com a
história central, a não ser… quanto ao amor. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Tj_ObHqLxjCrVJgqFif8fbWi6JX63NQHUwmIpjNGyotPiyv1AKDc4EDTI-t4t5lRflgowQbc927m1p0sYh2WlmOtAn9XLtuaSuJBXALZ0vekPW1Sd1lZIc2wDkTyrksD68SstBKWGC8f/s1600/quand-harry-rencontre-sally-premier-film-d-une-longue-lignee-cee06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8Tj_ObHqLxjCrVJgqFif8fbWi6JX63NQHUwmIpjNGyotPiyv1AKDc4EDTI-t4t5lRflgowQbc927m1p0sYh2WlmOtAn9XLtuaSuJBXALZ0vekPW1Sd1lZIc2wDkTyrksD68SstBKWGC8f/s640/quand-harry-rencontre-sally-premier-film-d-une-longue-lignee-cee06.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Portanto a relação entre Harry Burns e
Sally Albright vai conhecendo avanços e recuos, encontros e desencontros, a
vida vai-se desenvolvendo noutros aspectos, novos parceiros se conhecem e se
desconhecem, o cabelo de Meg Ryan vai conhecendo diferentes etapas, mostrando
como os anos a vão transformando, há quem case e se divorcie, e se lamente num
estádio repleto, e acompanhe a onda mexicana se<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">m nenhum interesse especial, apenas como
um reflexo condicionado, há quem insista que as mulheres fingem orgasmos com
enorme facilidade e o exemplifique à mesa de um restaurante bem lotado de
espectadores-auditores (há mesmo uma
senhora de certa idade, numa mesa ao lado, que pergunta ao empregado do
restaurante: “O que é que aquela rapariga comeu? Quero o mesmo!”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há filmes que têm tudo para dar certo e
não dão. Outros acertam na mouche à primeira. “Um Amor Inevitável” é um desses.
Um casal simpático, Nova Iorque, um final em grande que vai do Natal ao Ano
Novo, diálogos muito bons, inscritos num argumento inteligente e adulto,
tratando de uma questão que diz respeito a toda a gente, o amor e as suas
derivações, situações muito bem exploradas e desenvolvidas, cenários
magníficos, excelentemente selecccionados, uma banda sonora a preceito (com
temas magníficos como “Our Love Is Here To Stay”, “Don’t Get Around Much Anymore”
e “But Not For Me”, todos interpretadas por Harry Connick Jr., e clássicos como
“Let’s Call The Whole Thing Off” - Louis Armstrong e Ella Fitzgerald -, “Have
Yourself A Merry Little Christmas” - Bing Crosby - ou “It Had To Be You” - Frank
Sinatra), uma direcção de actores discreta e impecável de sobriedade e rigor,
com um casal que parece que foi feito um para o outro (sem que o saibam de
início, mas a maturidade se encarregará de o confirmar), e tudo o que se possa
dizer mais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O amor é uma conquista, um combate. Uma
conquista e um combate a dois. Inevitável. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxcMIJ57nGKOb0i8Yimtcer2PeWj2O-LhH6kG0At8jQAcPJ2fWR7xXmvEEfdWOnMJhhFiH81I_GH0cxbeV4HxfbUHnazhVa9DtjHyrllme3XfH-u79Te7ehyn7f3aYJRSfItWrW1pimkOE/s1600/QuandHarry+16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxcMIJ57nGKOb0i8Yimtcer2PeWj2O-LhH6kG0At8jQAcPJ2fWR7xXmvEEfdWOnMJhhFiH81I_GH0cxbeV4HxfbUHnazhVa9DtjHyrllme3XfH-u79Te7ehyn7f3aYJRSfItWrW1pimkOE/s640/QuandHarry+16.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="font-size: 8pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">UM AMOR INEVITÁVEL <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="font-size: 8pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: When Harry Met Sally... <o:p></o:p></span></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US" style="font-size: 8pt;">Realização:</span></b><span lang="EN-US" style="font-size: 8pt;"> Rob Reiner (EUA, 1989); Argumento: Nora Ephron; Produção: Nora Ephron,
Steve Nicolaides, Rob Reiner, Andrew Scheinman, Jeffrey Stott; Música: Harry
Connick Jr., Marc Shaiman, Scott Stambler; Fotografia (cor): Barry Sonnenfeld;
Montagem: Robert Leighton; Casting: Janet Hirshenson, Jane Jenkins; Design de
produção: Jane Musky; Decoração: George R. Nelson, Sabrina Wright;
Guarda-roupa: Gloria Gresham; Maquilhagem: Stephen Abrums, Joseph A. Campayno,
Ken Chase, William A. Farley, Barbara Lorenz, Peter Montagna; Direcção de
Produção: Mark A. Baker, Steve Nicolaides; Assistentes de realização: Aaron
Barsky, Forrest L. Futrell, Lucille OuYang, Michael Waxman; Departamento de arte:
Harold Thrasher, Frank Viviano; Som: George Baetz, Charles L. Campbell, Paul
Timothy Carden, Larry Carow, Louis L. Edemann, Richard C. Franklin, John
Fundus, Chuck Neely, Larry Singer; Companhias de produção: Castle Rock
Entertainment, Nelson Entertainment; <b>Intérpretes:</b>
Billy Crystal (Harry Burns), Meg Ryan (Sally Albright), Carrie Fisher (Marie),
Bruno Kirby (Jess), Steven Ford (Joe), Lisa Jane Persky (Alice), Michelle
Nicastro (Amanda), Gretchen Palmer, Robert Alan Beuth, David Burdick, Joe
Viviani, Harley Jane Kozak, Joseph Hunt, Kevin Rooney, Franc Luz, Tracy Reiner,
Kyle T. Heffner, Kimberley LaMarque, Stacey Katzin, Estelle Reiner, John
Arceri, Peter Day, Kuno Sponholz, Connie Sawyer, Charles Dugan, Katherine
Squire, Al Christy, Frances Chaney, Bernie Hern, Rose Wright, Aldo Rossi, Dona
Hardy, Peter Pan, Jane Chung, Bob Ader, David Giardina, Nicholas Glaeser, Randy
James, Johnny Raimondo, Marilyn Spanier, Billy Marshall Thompson, etc. </span><b><span style="font-size: 8pt;">Duração:</span></b></span><span style="font-size: 8pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> 96 minutos; Distribuição em Portugal:
LNK; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 30 de Março
de 1990.<o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-67965087970954556392016-11-06T15:58:00.000-08:002016-11-06T15:58:27.499-08:00SESSÃO 54 - 8 DE NOVEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlLLbPD4g1SRuoSnMpfLhbjpaaRGGFmp3Rc3rFB-Iu13EDNr4hrz6z-J_FWo_O_F21PZ5bhi7Rew4zXSnZYSL8yu50w9njCjW72fkoU43rXOjkQapMnmG5vFQ-3ukGClNNog-1OxrLmyC2/s1600/740full-animal-house-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlLLbPD4g1SRuoSnMpfLhbjpaaRGGFmp3Rc3rFB-Iu13EDNr4hrz6z-J_FWo_O_F21PZ5bhi7Rew4zXSnZYSL8yu50w9njCjW72fkoU43rXOjkQapMnmG5vFQ-3ukGClNNog-1OxrLmyC2/s640/740full-animal-house-poster.jpg" width="450" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;">A REPÚBLICA DOS CUCOS
(1978)</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRp_k0Uv5TG1JO_E6BhQvz42Y7tYxEa2oNIkfggEId10xu_ZAQKHbX1k_ee02vUafSJa4PKhX5-A3HVogYnSpTzfMKtzq_Qn6xAJCOr9_vMsvJ1PUJVe0WHqjcFametJpAbuhM_aOua45E/s1600/1118full-animal-house-photo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRp_k0Uv5TG1JO_E6BhQvz42Y7tYxEa2oNIkfggEId10xu_ZAQKHbX1k_ee02vUafSJa4PKhX5-A3HVogYnSpTzfMKtzq_Qn6xAJCOr9_vMsvJ1PUJVe0WHqjcFametJpAbuhM_aOua45E/s640/1118full-animal-house-photo.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
“National Lampoon” foi uma revista satírica, com desenhos, fotografias,
cartoons, banda desenhada e textos, que se colocava numa área muito próxima da
popular “Mad”. Foi criada por um grupo de universitários da “Harvard University”,
em 1969, tendo saído o primeiro número em Abril de 1970. Os fundadores foram
Doug Kenney, Henry Beard e Robert Hoffman. Terminou a sua publicação em
Novembro de 1998, depois de publicar 249 edições. Foi uma espécie de versão
contracultura, não diremos underground, da “Harvard Lampoon”. O seu sucesso
tanto de crítica como de público foi de tal forma notório durante a década de
70 que o grupo expandiu a sua actividade para os mais diversos campos, tendo
uma efectiva influência no campo de humor e da comédia na sociedade
norte-americana. O que se reflectiu igualmente na sua acção junto dos poderes
estabelecidos sociedade, do comportamento social e mesmo na esfera política.
Rapidamente o “Nacional Lampoon” se estendeu à radio, ao teatro, ao disco, aos
livros e, obviamente, ao cinema e à televisão. O grupo foi incorporando muitas
contribuições diversas que criaram um clã e um estilo próprio. O melhor período
da revista foi o inicial, entre 1970 e 1975. Depois, durante a década de 80, o
tom desagregou-se e a revista foi vendida e a marca “National Lampoon” foi
utilizada indiscriminadamente, perdendo completamente a qualidade e a
importância que tinham feito dela uma referência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span lang="EN-US">No cinema foram
vários os títulos: “National Lampoon's Animal House” (1978), “National
Lampoon's Class Reunion” (1982), “National Lampoon's Movie Madness” (1983),
“National Lampoon's Vacation” (1983), “National Lampoon's Joy of Sex” (1984),
“National Lampoon's European Vacation” (1985) e “National Lampoon's Christmas
Vacation” (1989). </span>A
partir deste título, os seguintes pertencem já à editora “J2 Communications”
que nada tem a ver com o espírito inicial e, de certa forma, descaracterizaram
por completo as intenções dos criadores (1). <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_8dujkfWFju4voGOvwsUI6mRfjCWmc7hc2PSOQvAnGhJUmW8iKseW0yXBXuWWujx_rKNy18y_Ovjn76v8ZG29syZVEEC_aZQA-9ETpZ6vFk0NTzz-R9WtQFNtFt6_9V9A5R0QpADbCga6/s1600/Natlamp73.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_8dujkfWFju4voGOvwsUI6mRfjCWmc7hc2PSOQvAnGhJUmW8iKseW0yXBXuWWujx_rKNy18y_Ovjn76v8ZG29syZVEEC_aZQA-9ETpZ6vFk0NTzz-R9WtQFNtFt6_9V9A5R0QpADbCga6/s320/Natlamp73.jpg" width="237" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Realmente
a primeira época do “National Lamppon” foi brilhante na forma como criticava
inteligentemente a sociedade norte-americana, usando processos por vezes
politicamente incorrectos. Um dos seus fundadores explicou da seguinte forma, tempos
mais tarde, a conduta do grupo: “Há uma porta com um dístico, “Não passar”, nós
passávamos”. Houve seguramente, aqui e ali, excessos, mas, de um modo geral, o
tom surrealizante, o absurdo das situações, o humor inventivo, e a irreverência
das propostas acabaram por vingar e tornar o grupo uma lenda. Uma lenda que,
infelizmente, se transformou numa marca registada que qualquer um podia
comprar, a partir de certa altura, para utilizar mediante uma importância
estabelecida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em
meados dos anos 70, o grupo começa a desmembrar-se. <span lang="EN-US">Responsáveis e colaboradores como P.J. O'Rourke, Gerry Sussman, Ellis
Weiner, Tony Hendra, Ted Mann, Peter Kleinman, Chris Cleuss, Stu Kreisman, John
Weidman, Jeff Greenfield, Bruce McCall, Rick Meyerowitz, Michael O'Donoghue,
Anne Beatts e outros como John Hughes, John Belushi, Gilda Radner, Harold
Ramis, Chris Miller começaram a
dispersar as suas colaborações por outros programas de televisão, “Saturday
Night Live”, “The David Letterman Show”, “SCTV”, “The Simpsons”, “Married...
with Children”, “Night Court”, "Not Ready for Primetime Players" ou
por filmes não directamente ligados ao
National Lampoon, como “Caddyshack” ou “Ghostbusters”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“National
Lampoon's Animal House”, de 1978, é, pois, a primeira incursão no cinema do
grupo e o filme que marcou uma época. De tal forma que, em 2001, a United
States Library of Congress considerou o filme "culturally
significant", e o incluiu na prestigiada lista do “National Film Registry”
(obras que pelo seu significado cultural importa resguardar para o futuro). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6zbnb0XNOXmN42o70C1sbWzXdh96pSVjsM5N6_o4867lUmz7xh8HU3lZj6CZBMj4HEynl-68tO6ZmZeEeiKY5CbmzmEuU2PECDhiNeoAul97nc9qacvpKXfEy-sJqZkQgc7LJnlpzH9KH/s1600/1118full-animal-house-screenshot.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6zbnb0XNOXmN42o70C1sbWzXdh96pSVjsM5N6_o4867lUmz7xh8HU3lZj6CZBMj4HEynl-68tO6ZmZeEeiKY5CbmzmEuU2PECDhiNeoAul97nc9qacvpKXfEy-sJqZkQgc7LJnlpzH9KH/s640/1118full-animal-house-screenshot.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“A
República dos Cucos” é, na verdade, um filme de adolescentes, em particular de
jovens universitários. Estamos nos anos 60, precisamente 1962, na Universidade
Faber, numa dita fraternidade Delta (em Portugal, e em Coimbra, seria
seguramente uma “República), onde vamos assistir a algumas peripécias durante
um ano académico. Os caloiros andam “duplamente vigiados” (algo muito parecido
com as muito portuguesas praxes, talvez menos humilhantes e, sobretudo, menos
violentas), e o momento de êxtase colectivo é a “Festa da Toga”, onde os
excessos ultrapassam as marcas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
que tem este filme que muitos outros títulos ditos de adolescentes não
ostentam? Porque será este um filme “culturalmente significante” e “Porky’s” ou
“American Pie” não o são? A verdade é que o humor pode parecer assemelhar-se,
mas é radicalmente diferente. “National Lampoon's Animal House” é um filme
contra um determinado estado de coisas muitas das quais até se julgaria fazerem
parte harmoniosa do contexto do filme. Mas o machismo exacerbado, um certo
resquício de racismo, as orgias, com sexo e drogas à mistura, alguma misoginia,
o enfrentar da autoridade, a ruptura com algumas tradições, tudo isto pode ser
visto por um lado como gags, mas por outro como crítica certeira a um
comportamento inquinado. Todo o humor tem um sentido, aponta a uma crítica e
não explora apenas os instintos mais baixos e primitivos das plateias, como
acontece em muitos outros exemplos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Depois,
há um magnifico grupo de actores, muitos dos quais se tonaram vedetas de
primeiro plano (casos óbvios de Tom Hulce, John Belushi, Kevin Bacon, Karen
Allen, entre outros). Também o realizador, John Landis, se tornou
posteriormente um nome de referência no campo da comédia, com obras como “O
Dueto da Corda” (1980), “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981), “Os Ricos e
os Pobres” (1983), “Pela Noite Dentro” (1985), “Espiões Como Nós” (1985), “Três
Amigos” (1986) ou “Um
Príncipe em Nova Iorque” (1988). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-etJhWj6ZeT1MluicJGXtlTt6Swt2xu5w4IaobEDj3TBQbjJlI2QkIEqGomW47MalvInwFMW48j0CAiPzmKloL6qtsQf4phXbQRbmi2cBnx5hDl0yoj_VAQnrVVAWpSCykxiUUuxDN-fZ/s1600/1118full-animal-house-screenshot+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-etJhWj6ZeT1MluicJGXtlTt6Swt2xu5w4IaobEDj3TBQbjJlI2QkIEqGomW47MalvInwFMW48j0CAiPzmKloL6qtsQf4phXbQRbmi2cBnx5hDl0yoj_VAQnrVVAWpSCykxiUUuxDN-fZ/s640/1118full-animal-house-screenshot+%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(1)<span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span><!--[endif]--><span lang="EN-US">Eis a listagem dos restantes títulos com a chancela
“National Lampoon”: National Lampoon's Loaded Weapon 1 (1993), National
Lampoon's Senior Trip (1995), Vegas Vacation (1997), National Lampoon's Golf
Punks (1998), National Lampoon's Van Wilder (2002), Repli-Kate (2002),
Blackball (2003), National Lampoon Presents: Jake's Booty Call (2003), National
Lampoon, Inc., National Lampoon's Gold Diggers (2003), National Lampoon
Presents Dorm Daze (2003), National Lampoon's Barely Legal (2003), Going the
Distance (2004), The Almost Guys (2004), National Lampoon's Adam & Eve
(2005), National Lampoon Presents: Cattle Call (2006), Electric Apricot: Quest
for Festeroo (2006), National Lampoon's Pucked (2006), National Lampoon's Van
Wilder: The Rise of Taj (2006), The Beach Party at the Threshold of Hell
(2006), National Lampoon's Stoned Age (2007), National Lampoon's Totally Baked:
A Potumentary (2007), National Lampoon's Bag Boy (2007), National Lampoon
Presents: One, Two, Many (2008), National Lampoon Presents: RoboDoc (2009),
Transylmania (2009), National Lampoon Presents: Endless Bummer
(2009),Cheerleaders Must Die! (2010), National Lampoon's Dirty Movie (2010),
Ratko: The Dictator's Son (2010), Frat Chance (2011), The Legend of Awesomest
Maximus (2011), National Lampoon's Snatched (2011), National Lampoon Presents
Surf Party (2013), e Drunk Stoned Brilliant Dead: The Story of the National
Lampoon (2015),tudo isto pondo de parte um considerável número de telefimes e
séries de tv que foram sendo produzidos ao longo dos tempos. </span>Recordando os
produtores: National Lampoon magazine (1970–1998) J2 Communications (1991–2002)
e National Lampoon, Incorporated (2002–até ao presente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkOif6NrOBaqNke_w5_KSd5XU4knVfc9KZVERyli1IvvDzZ6trXZfRvor7GKP8U8xXatUCtopiKacS-vPPKInaKD0PwGnqgAtx6OD-HoqWq_rYIXAb4gc0C9Shyphenhyphen4Anz8NvQ2pobwUa59fF/s1600/740full-animal-house-poster+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkOif6NrOBaqNke_w5_KSd5XU4knVfc9KZVERyli1IvvDzZ6trXZfRvor7GKP8U8xXatUCtopiKacS-vPPKInaKD0PwGnqgAtx6OD-HoqWq_rYIXAb4gc0C9Shyphenhyphen4Anz8NvQ2pobwUa59fF/s640/740full-animal-house-poster+%25281%2529.jpg" width="448" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">A REPÚBLICA DOS CUCOS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Título original: Animal House <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> John Landis
(EUA, 1978); Argumento: Harold Ramis, Douglas Kenney, Chris Miller; Produção:
Ivan Reitman, Matty Simmons; Música: Elmer Bernstein; Fotografia (cor): Charles
Correll; Montagem : George Folsey Jr.; Casting: Michael Chinich, Don Phillips;
Direcção artística: John J. Lloyd; Decoração: Hal Gausman; Guarda-roupa:
Deborah Nadoolman; Maquilhagem: Lynne Brooks, Marilyn Patricia Phillips, Gerald
Soucie, Joy Zapata; Direcção de Produção: Peter Macgregor-Scott; Assistentes de
realização: Clifford C. Coleman, Gary McLarty, Ed Milkovich; Departamento de
arte: Michael Milgrom; Som: William B. Kaplan; Efeitos especiais: Henry Millar;
Companhias de produção: Universal Pictures, Oregon Film Factory, Stage III
Productions; <b>Intérpretes:</b> Tom Hulce
(Larry Kroger), Stephen Furst (Kent Dorfman), Mark Metcalf (Doug Neidermeyer),
Mary Louise Weller (Mandy Pepperidge), Martha Smith (Babs Jansen), James
Daughton (Greg Marmalard), Kevin Bacon (Chip Diller), John Belushi (John
Blutarsky), Karen Allen (Katy), Donald Sutherland (Dave Jennings), James
Widdoes (Robert Hoover), Tim Matheson (Eric Stratton), Peter Riegert (Donald
Schoenstein), Bruce McGill (Daniel Simpson Day), Cesare Danova (Mayor Carmine
DePasto), Joshua Daniel, Douglas Kenney, Chris Miller, Bruce Bonnheim, John
Vernon, Sunny Johnson, Verna Bloom, Sarah Holcomb, Stacy Grooman, Stephen
Bishop, Otis Day, Eliza Roberts, Lisa Baur, Aseneth Jurgenson, Katherine
Denning, Raymone Robinson, Robert Elliott, Reginald Farmer, Jebidiah R. Dumas,
Priscilla Lauris, Rick Eby, John Freeman, Sean McCartin, Helen Vick, Rick
Greenough, etc. </span><b>Duração:</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> 109 minutos;
Distribuição em Portugal: Universal; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de
estreia em Portugal: 24 de Outubro de 1980.</span></span><span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-6061513903373478892016-10-30T19:55:00.000-07:002016-10-30T19:55:36.644-07:00SESSÃO 53 - 1 DE NOVEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-g3ZIgN-FTC7pOM8ThMXE_2dM3XNA7kCQUmfp8_jedDIBgWYQ65rq7UyzQij-oY5UWIBZc23iFpkmA55ixfb0G6peBRyhHCTtt7xyWVD0z5Awg8k8IAhyL60xRLOqWalZJN9TwkRps_V4/s1600/breakfastclub.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-g3ZIgN-FTC7pOM8ThMXE_2dM3XNA7kCQUmfp8_jedDIBgWYQ65rq7UyzQij-oY5UWIBZc23iFpkmA55ixfb0G6peBRyhHCTtt7xyWVD0z5Awg8k8IAhyL60xRLOqWalZJN9TwkRps_V4/s640/breakfastclub.jpg" width="426" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O CLUBE (1985)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWGc2wg0P4YYQ3nvzMOh0htZLA_pJ1-7evEyGKBEgj0LSFV5DqABSaZBDxJ8W3ca6RifD3jpVxoZOeKSBVca18xdw3qKkQpMEBsI72vUXV21e2m88vI7DQ9vE-rr5sGni5y48xIdOdo17W/s1600/20130808_breakfast_club_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWGc2wg0P4YYQ3nvzMOh0htZLA_pJ1-7evEyGKBEgj0LSFV5DqABSaZBDxJ8W3ca6RifD3jpVxoZOeKSBVca18xdw3qKkQpMEBsI72vUXV21e2m88vI7DQ9vE-rr5sGni5y48xIdOdo17W/s640/20130808_breakfast_club_1.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Os filmes de
adolescentes, quer sejam em tom de paródia, quer em drama, ou mesmo nos
terrenos do terror, são cada vez em maior número, tanto mais que cada vez mais
são os adolescentes a assegurar as receitas nas salas de cinema. É verdade que
os títulos que lhes prendem mais facilmente a atenção são os blockbusters em
alta velocidade ou com heróis da Marvel, ou equivalentes, o que tem afastado
compreensivelmente o público mais exigente das salas e a reservar a estas
audiências de maior idade e rigor as salas de estar, frente aos écrans de
televisão, onde se sucedem séries e teledramáticos muito mais interessantes. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>É sobretudo desde os
anos 70 que as comédias sobre teenagers e estudantes em férias ou algo parecido
têm invariavelmente descaído de qualidade e de interesse na discussão dos
problemas dessa faixa etária. Filmes como “Gelado de Limão”, “Porky’s”,
“American Pie”, e sucedâneos levaram seguramente a que em 2001 surgisse um
título curioso, mas que não infletia as propostas: “Oh, não, Outro Filme de Adolescentes”
(Not Another Teen Movie). E nem obras com alguma originalidade, como “Doidos
por Mary” (There is Something About Mary, 1998) conseguiam furtar-se a cenas de
um evidente mau gosto, de uma escatologia vergonhosa ou de um voyeurismo sexual desajustado. Tudo
vale para vender gato por lebre a essas plateias deseducadas, estética e
culturalmente. O que interessa é facturar nas bilheiteiras, sem olhar a meios.
O resultado deste fenómeno que se estende do cinema à televisão (e que que
maneiras!) e às redes sociais está à vista de todos. Os jovens estão a ser
sacrificados no altar do lucro fácil, sem que ninguém faça nada por o impedir. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Claro que há
excepções e é isso mesmo que aqui nos traz. Por exemplo “Conta Comigo” (Stand
by Me), de Rob Reiner (1986) é um excelente exemplo de filme de adolescentes,
como também o é “Verão de 42” (Summer of ‘42), de Robert Mulligan (1971). Ou
quase toda a filmografia de John Hughes que, desde finais da década de 70 até
2009 (ano da sua morte precoce), nos deu argumentos e realizações quase sempre
empenhadas numa aproximação séria e apaixonada do mundo da adolescência, dos
seus problemas e ambições, das frustrações e angústias, das alegrias e
promessas. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“O Clube”, de 1985, é
talvez o melhor exemplo (como escritor e realizador), mas toda a sua
filmografia merece destaque pela seriedade como constroi a comédia. A sua série
de comédias sobre adolescentes inicia-se em 1984, com “16 Primaveras” (Sixteen
Candles), a que se seguem “O Clube” (The Breakfast Club), e ainda “Que Loucura
de Mulher” (Weird Science, 1985) e “O Rei dos Gazeteiros” (Ferris Bueller's Day
Off. 1986). Depois a sua carreira continua com comédias de um outro tipo, mas
sempre com méritos acima da média: “Antes Só que Mal Acompanhado” (Planes,
Trains and Automobiles. 1987), “A Vida não Pode Esperar” (She's Having a Baby,
1987), “O Meu Tio Solteiro” (Uncle Buck. 1988) e “A Pequena Endiabrada” (Curly
Sue,1991). Falamos da carreira de Hughes como realizador mas, enquanto
argumentista (assinou todos os argumentos das obras que dirigiu), escreveu
muitas histórias para outros autores, nomeadamente “Sozinho em Casa”.<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDZH-girDls_m-gES6LJR-Xf3f0G4hq5T-2QhfCFPcDTC1PrevodleNv8Xpy2MmyAzpQFinHF5JyBSwtTuwo59SWUnoWDbb0ZVaQqR8fhOZDVnP73tBdS-BWqFWrKMOQS-pjn4p-oz1Y0H/s1600/20130808_breakfast_club_3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDZH-girDls_m-gES6LJR-Xf3f0G4hq5T-2QhfCFPcDTC1PrevodleNv8Xpy2MmyAzpQFinHF5JyBSwtTuwo59SWUnoWDbb0ZVaQqR8fhOZDVnP73tBdS-BWqFWrKMOQS-pjn4p-oz1Y0H/s640/20130808_breakfast_club_3.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“O Clube” é um filme
que trata os adolescentes de forma adulta, sem se referir a eles como idiotas
apenas preocupados com sexo e drogas, violência e rebeldia. Estes adolescentes
não são os grosseirões e mentecaptos do costume. Curiosamente todos estes temas
estão presentes neste título, mas não da forma especulativa que a grande
maioria dos filmes sobre o mesmo assunto o fazem. Aqui os temas são tratados
com dignidade e complexidade, sem que, apesar disso, deixe de existir um tom de
comédia, ainda que seja de admitir que se trata mais do tom de uma comédia
dramática.<o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Cinco adolescentes
são reunidos numa escola durante um fim-de-semana. Por uma razão ou por outra
“portaram-se mal” durante a semana anterior e a escola, o equivalente a uma
escola de ensino segundário em Portugal, reune-os para os obrigar a reflectir
sobre o seu comportamento. Os pais vão conduzi-los à escola na manhã de sábado
e irão recolhê-los no final do tempo de reclusão. Nesse intervalo, eles vão ser
conduzidos a uma sala de aulas, onde ficarão sob vigilância de um professor,
mas entregues a si próprios. Obviamente que de início de revoltam, cada um traz
os estigmas da sua educação, a relação com os pais está longe de ser a melhor,
mostram-se de início resistentes e hostis, lentamente vão amolecendo, falando,
abrindo-se uns aos outros até atingirem um outro grau de sociabilidade.
Problemas resolvidos? Nada disso. Apenas enfrentadas algumas situações e
entrevsitas algumas soluções. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O filme vive de um
argumento inteligente e sensível, impõe personagens verídicas na sua
humanidade, afastando-se das caricaturas tradicionais e dos estereótipos
abusivos, nas suas angústias e esperanças (que são poucas, diga-se) e apresenta
uma galeria de tipos dificilmente esquecíveis, tal a força da sua presença, o
que muito se deve ao grupo de actores reunido. Todos eles se tornaram
profissionais, uns com maior destaque do que outros, mas cremos que “O Clube”
continuará a ser para quase todos o momento supremo das suas carreiras. Um belo
filme, uma comédia discreta e intimista que merece ser recordada e que perdura
na memória de quem a viu. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu0P6e4hd6k_oLArzMoaJMBlj_tJfsUF7u1hWYbAxqGSYcgPSivqM4s-H5nFgZjYBU2qLRbhfloEO9zmqE_3vQfiF5f4VKrcl0EvbKP0fBHbTOVaFDDSijVzw7NZxmTJtCw3KtW8YFn5sN/s1600/BC_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu0P6e4hd6k_oLArzMoaJMBlj_tJfsUF7u1hWYbAxqGSYcgPSivqM4s-H5nFgZjYBU2qLRbhfloEO9zmqE_3vQfiF5f4VKrcl0EvbKP0fBHbTOVaFDDSijVzw7NZxmTJtCw3KtW8YFn5sN/s640/BC_2.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">O CLUBE <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;">Título original: The Breakfast Club <o:p></o:p></span></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> John Hughes (EUA, 1985), Argumento: John Hughes; Produção: Gil Friesen,
John Hughes, Michelle Manning, Andrew Meyer, Ned Tanen; Música: Keith Forsey;
Fotografia (cor): Thomas Del Ruth; Montagem: Dede Allen; Casting. Jackie Burch;
Design de produção: John W. Corso; Decoração: Jennifer Polito; Guarda-roupa:
Marilyn Vance; maquilhagem: Ron Walters, Linle White; Direcção de Produção:
John C. Chulay, Adam Fields, Richard Hashimoto; Assistentes de realização:
Robert P. Cohen, James Giovannetti Jr.; Departamento de arte: Jack M. Marino,
Paul Stanwyck, Ted Wilson; Som: James R.
Alexander, Charles L. Campbell, Larry Carow, Richard C. Franklin, Robert L.
Hoyt, Nicholas Vincent Korda, Daniel J. Leahy, Jerry Stanford, John J.
Stephens; Efeitos especiais: William H.
Schirmer; Companhias de produção: A&M Films, Channel Productions, Universal
Pictures; <b>Intérpretes:</b> Emilio
Estevez (Andrew Clark), Paul Gleason (Richard Vernon), Anthony Michael Hall
(Brian Johnson), John Kapelos (Carl), Judd Nelson (John Bender), Molly Ringwald
(Claire Standish), Ally Sheedy (Allison Reynolds), Perry Crawford (pai de
Allison), Mary Christian (irmã de Brian), Ron Dean (pai de Andy), Tim Gamble
(pai de Claire), Fran Gargano(mae de Allison, Mercedes Hall (mae de Brian),
John Hughes (pai de Brian), etc. </span></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Duração: <b>97 minutos</b>; Distribuição em Portugal: Universal; Classificação
etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 5 de Setembro de 1985.</span><span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-62154526222730577192016-10-23T08:12:00.001-07:002016-10-23T08:12:50.757-07:00 SESSÃO 52 -25 DE OUTUBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDK5H6tIadc4A7poZdm4HI_ro_HfyIFki78VsG-1HV5fv2q4IyLw_npCesrOeNsykxAa3r1gvB8O_oMwbzgo4hey082mFe3ddqJDBk7oKLsNamOGTZcdl903bu0HILLbxk-UuNfLfd4umq/s1600/Poster+-+Fancy+Pants_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDK5H6tIadc4A7poZdm4HI_ro_HfyIFki78VsG-1HV5fv2q4IyLw_npCesrOeNsykxAa3r1gvB8O_oMwbzgo4hey082mFe3ddqJDBk7oKLsNamOGTZcdl903bu0HILLbxk-UuNfLfd4umq/s640/Poster+-+Fancy+Pants_02.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O HOMEM DAS CALÇAS PARDAS (1950)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtp3_2xqakyiKJV7iUpgdWwZKvFfKOrPmrlDtrQCR4GexyeG-i6gIKQ_tKaTg6NdosORZeP-Hy81kwej9fBy3beW5rBbZfI-l0ORqRIgsttJY0pQcSPOl1XMLZDh02eEPGTHHv0ZKsU27V/s1600/Annex+-+Hope%252C+Bob+%2528Fancy+Pants%2529_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtp3_2xqakyiKJV7iUpgdWwZKvFfKOrPmrlDtrQCR4GexyeG-i6gIKQ_tKaTg6NdosORZeP-Hy81kwej9fBy3beW5rBbZfI-l0ORqRIgsttJY0pQcSPOl1XMLZDh02eEPGTHHv0ZKsU27V/s640/Annex+-+Hope%252C+Bob+%2528Fancy+Pants%2529_01.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Ruggles of
Red Gap”, como já se falou aquando da nossa conversa sobre a versão de 1935,
dirigida por Leo McCarey com o fabuloso Charles Laughton, parte de um romance
de Harry Leon Wilson, que conheceu grande sucesso por ocasião do seu
lançamento, em 1915. No mesmo ano, subiu a cena numa adaptação teatral, em
musical, com escrita da responsabilidade de Harrison Rhoades, poemas de Harold
Atteridge e música de Sigmund Romberg. Estreada no Fulton Theater, precisamente
no dia 25 de Dezembro, data festiva que se conciliava bem com o tom geral da
obra. Conheceu 33 representações. Digamos que cumpriu a época de Natal e Ano
Novo. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Também em
cinema surgiram versões anteriores a essa, assinada por Leo McCarey, e uma
posterior, ainda de boa qualidade, interpretada pelo popular Bob Hope, rodada
em 1950, com o título “O Homem das Calças Pardas” (Fancy Pants), com direcção
de George Marshall, contando igualmente no elenco com Lucille Ball e Bruce
Cabot.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A versão de
Bob Hope é muito diferente da de Charles Laughton. São actores de escolas
diferentes, com características muito diversas. Bob Hope era um actor que se
especializara num tipo de humor que tinha muito a ver com o entertainer. Muita
da sua actividade passou-se entre shows de teatro, hotéis, rádio, televisão,
vaudeville e obviamente no cinema. Foi o apresentador de maior longevidade a
apresentar a cerimónia dos Oscars (creio que durante dezoito edições, o que é
obra!). <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Leslie
Townes Hope nasceu em Eltham, Reino Unido, a 29 de Maio de 1903, e viria a
falecer, com 100 anos de idade, em Toluca Lake, Califórnia, a 27 de Julho de
2003. Filho de um canteiro de Weston-super-Mare e de uma cantora de
opereta, Bob Hope tinha seis irmãos, viveu em Weston-super-Mare, em Whitehall e
em St. George em Bristol, antes de a família se mudar para Cleveland, no Ohio,
EUA, em 1907. Hope assumiu a cidadania norte-americana quando completou 17
anos. Foi boxeur, imagine-se!, com o nome de Packy Easte e parece que não teve grande sucesso.
Participou em concursos a imitar Charles Chaplin, sendo notado por um
comediante da época, Fatty Arbuckle, que o empregou a partir de 1925. Forma
depois um grupo a que chamou "The Dancemedians", juntamente com as
irmãs Hilton. Trabalha alguns anos no vaudeville e regressa a Nova Iorque e à
Broadway, em musicais onde a crítica destaca o seu trabalho. Em meados da
década de 30, vamos encontrá-lo em Hollywood, ingressa na Warner Brothers,
primeiro em pequenos papéis, depois ganhando cada vez maior destaque. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPcxWBo5_f1pLf34cwp36y1apGoRBfKF_Gc5ZmP1ELu9ZuSKVajbaf7XuQRNDTKiZd8Ui-I_o0tZ1MvzBS2-FaE6UkCawHX739npIsKQavQXSI1BoPvv2K9ZffRa8uRWTrZvMilfZpX27I/s1600/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPcxWBo5_f1pLf34cwp36y1apGoRBfKF_Gc5ZmP1ELu9ZuSKVajbaf7XuQRNDTKiZd8Ui-I_o0tZ1MvzBS2-FaE6UkCawHX739npIsKQavQXSI1BoPvv2K9ZffRa8uRWTrZvMilfZpX27I/s640/hqdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Em
1938, em "The Big Broadcast of 1938", aparece a cantar "Thanks
for the Memory", que se transforma num hit e que se torna um símbolo para
Bob Hope. O actor e cantor assemelha-se progressivamente a uma lenda viva da
América, incorporando alguns dos seus valores. Filmes como “Road to Singapore”,
“Road to Zanzibar”, “Nothing But the Truth”, “My Favorite Blonde”, Road to
Morocco”, “Star spangled rhythm”, “The Princess and the Pirate”, “Road to
Utopia”, “My Favorite Brunette”, “Variety Girl”, “Road to Rio”, “The Paleface”
ou “The Great Lover” ocuparam os anos 40, transformando-o num herói nacional
que frequentou a Casa Branca durante a presidência de vários ocupantes
(especialmente republicanos). <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">A sua popularidade prosseguiu até aos anos
70, com outras comédias de sucesso: “Fancy Pants”, “My Favorite Spy”, “The Greatest Show on Earth”, “Son of
Paleface”, “Road to Bali”, “Scared Stiff”, “Casanova's Big Night”, “Beau
James”, “The Five Pennies”, “Bachelor in Paradise” ou “The Road to Hong Kong”. </span>A série “Road to…” foi das mais célebres do cinema norte-americano por
essas décadas. Trabalhou muito com Bing Crosby, e actrizes como Dorothy Lamour,
Lucille Ball, Jane Russell, Joan Collins ou Katharine Hepburn. Depois, foi a
televisão que o ocupou durante décadas. “Porque não abandonou o trabalhou e se
dedicou à pesca?”, perguntaram-lhe um dia, quando ele já merecia uma reforma
dourada. Ele respondeu “Porque os peixes não costumam rir”. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPsETF6Ttv27Q9ZTpJnMEBuWUKhq3_fSYdk2MY4lolUo0Ffk-51wMipP3Zq_r553Nxd6cS-9FvPdX1gBAonqAFytjmrLC0rmMIq8hpcuJu3m3g1fYZOsqs-eeElwfBVcwMobE_uSB0_taa/s1600/138573772.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="508" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPsETF6Ttv27Q9ZTpJnMEBuWUKhq3_fSYdk2MY4lolUo0Ffk-51wMipP3Zq_r553Nxd6cS-9FvPdX1gBAonqAFytjmrLC0rmMIq8hpcuJu3m3g1fYZOsqs-eeElwfBVcwMobE_uSB0_taa/s640/138573772.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Nunca ganhou
um Oscar relativo a um filme (o que justificou várias piadas suas durante as
cerimónias de entrega das estatuetas), mas a Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood honrou-o com diversos prémios, desde 1941 até
1966. A sua contribuição para o esforço da guerra, durante o período de
1941-1954, levou-o a vários espectáculos de apoio aos militares na frente do
conflito. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Fancy Pants”
é um dos títulos representativos do seu período áureo no cinema. Na versão da
peça e no filme de Norma McLeod, o mordomo era um lídimo mordomo inglês que era
enviado a contragosto para o Oeste norte-americano. Na versão de Bob Hope o
mordomo é um actor que interpreta o papel de mordomo numa peça e que é
convencido a ir para o Oeste desempenhar o mesmo papel mas não no teatro, na
vida real. Obviamente que os equívocos e as trapalhadas não se fazem esperar,
mas, como quase sempre nestes casos, o aldrabão do comediante é um aprendiz ao
lado de outros vigaristas que ele acabará por ajudar a destapar a careca. O
filme foi concebido à medida do talento e das qualidades de Bob Hope, desenrola
uma sucessão curiosa de sequências bem imaginadas que desencadeiam vagas de um
humor inventivo e bem coordenado. Há algumas cenas de perseguições,
nomeadamente numa caçada, que resistem bem à passagem do tempo e mostram como
se mantém actual este tipo de comédia de situações, com o seu quê de crítica
social. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhypTM36QomQjaub-tdtugV-Trx0Of8fBWmRrHUeYNYI0Ha5uoiETQYeDlNVLPe493j_yJzYQGy6socbpwvUSqOuLjNq9SXtNV95qv90KvsRleHyRs8veyQxliZwmbIuEyAdOOVHcM7G_hW/s1600/Poster+-+Fancy+Pants_05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="498" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhypTM36QomQjaub-tdtugV-Trx0Of8fBWmRrHUeYNYI0Ha5uoiETQYeDlNVLPe493j_yJzYQGy6socbpwvUSqOuLjNq9SXtNV95qv90KvsRleHyRs8veyQxliZwmbIuEyAdOOVHcM7G_hW/s640/Poster+-+Fancy+Pants_05.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O HOMEM DAS CALÇAS PARDAS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: Fancy Pants <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> George Marshall (EUA,
1950); Argumento: Edmund L. Hartmann, Robert O'Brien, com contributos de
Richard L. Breen, Monte Brice, Frank Butler, Barney Dean, Irving Elinson,
Richard English, Richard Flournoy, Segundo história de Harry Leon; Produção:
Robert L. Welch; Música: Van Cleave; Fotografia (cor): Charles Lang; Montagem:
Archie Marshek; Direcção artística: Hans Dreier, A. Earl Hedrick; Decoração:
Sam Comer, Emile Kuri; Guarda-roupa: Mary Kay Dodson, Gile Steele; Maquilhagem: Wally Westmore; Direcção de
Produção: C. Kenneth Deland; Assistentes de realização: Oscar Rudolph, Herbert
Coleman, Michael D. Moore, James A. Rosenberger; Departamento de arte: Robert
Goodstein, Joe Portillo; Som: Don Johnson, Gene Merritt; Efeitos visuais:
Farciot Edouart, Gordon Jennings; Companhias de produção: Production Companies,
Paramount Pictures; <b>Intérpretes:</b> Bob
Hope (Humphrey), Lucille Ball (Agatha Floud), Bruce Cabot (Cart Belknap), Jack
Kirkwood (Mike Floud), Lea Penman (Effie Floud), Hugh French (George Van
Basingwell), Eric Blore (Sir Wimbley), Joseph Vitale (Wampum), John Alexander
(Teddy Roosevelt), Norma Varden (Lady Maude), Virginia Keiley, Colin
Keith-Johnston, Joe Wong, etc. </span><b>Duração:</b> 92 minutos; Distribuição em Portugal: Feel Films
Espanha; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 15 de
Junho de 1951.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-14025102941317052412016-10-17T10:45:00.001-07:002016-10-17T10:45:51.433-07:00SESSÃO 51 -18 DE OUTUBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil8BsZzpd0LTVuE2YdPXjhbLfhJdtXYkyUMbvqlkgubIyLggqrXivd3lXtvz4piDK1f58l6D9TnZ4qnSOhque7AON8djgtqfWIDp2M0X74pGJPbxp2qOW8ThqRARijtndjVPgv1hQ3NY-p/s1600/El-bolero-de-Raquel-images-81dee526-8f17-41b4-bc69-14f83d0f9f1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil8BsZzpd0LTVuE2YdPXjhbLfhJdtXYkyUMbvqlkgubIyLggqrXivd3lXtvz4piDK1f58l6D9TnZ4qnSOhque7AON8djgtqfWIDp2M0X74pGJPbxp2qOW8ThqRARijtndjVPgv1hQ3NY-p/s640/El-bolero-de-Raquel-images-81dee526-8f17-41b4-bc69-14f83d0f9f1.jpg" width="470" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O BOLERO DE RAQUEL (1957)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT-qZ-6PYyQBrHLrGXii2U_9p1AiQQ_ByGxQvIPX5zlJBFHEQF6PvHZj1lw4t-u402LowwpV3CSpUV4K_2wA_VHLkXNoMo3fbtP5Fr41wax7GEbaErpZkkaeVGajYHj4d15x8sbPu8T4Et/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT-qZ-6PYyQBrHLrGXii2U_9p1AiQQ_ByGxQvIPX5zlJBFHEQF6PvHZj1lw4t-u402LowwpV3CSpUV4K_2wA_VHLkXNoMo3fbtP5Fr41wax7GEbaErpZkkaeVGajYHj4d15x8sbPu8T4Et/s640/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Cantinflas é
o mais popular actor cómico de todo o cinema latino-americano. Ignorado
nalgumas partes do mundo, onde os seus filmes não penetraram (nomeadamente em
certas zonas da Europa), é, todavia, célebre em países como Portugal e Espanha,
cujos públicos se identificam muito com a personagem por si criada e o estilo
de humor por si praticado.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Nascido na
Cidade do México, a 12 de Agosto de 1913, com o nome de Mário Fortino Alfonso
Moreno Reyes, Cantinflas era oriundo de uma família muito pobre. Tinha doze
irmãos e o seu primeiro emprego foi como engraxador, seguindo-se aprendiz de
toureiro, motorista de táxi e pugilista. A sua vida mudou quando, por volta dos
vinte anos, quando trabalhava como empregado num teatro popular, teve a
oportunidade de substituir o apresentador do espetáculo, que adoecera. Ao
inventar frases, trocar palavras, improvisar a seu belo prazer, Cantinflas,
conquistou o público. Passa pelo circo, faz tournées pelo México, exercita-se
em espectáculos de cabaret e de teatro e depois, a partir de 1936, aventura-se
no cinema, onde ergue uma figura inesquecível, que vai buscar influência a
Charlot, mas dele se desprendendo rapidamente, optando por características
próprias. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Em 1930, já
era o cómico mais famoso do país. Em 1934, conhecera a actriz Valentina
Subarev, com quem casou e teve o único filho, Mário Arturo Ivanova. Em 1936,
com uma ampla bagagem acumulada no circo, estreou-se no filme “Não Te Enganes,
Coração”, ao qual se seguiram “Na Minha Terra É Assim”, “Águila, o Sol” (1937)
e “O Signo da Morte” (1939). A consagração como ídolo popular opera-se em 1940,
com o filme “Aí Está o Detalhe”, em cuja última cena encerra um delirante
discurso que ultrapassa as convenções sociais. O sucesso deste filme possibilitou-lhe
fundar a companhia Posa Filmes que, com quase 50 filmes, bateu recordes de
bilheteira nas três décadas que se seguiram. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYJl_mQhIsuTh7NhYycxUO2ntsGYlu1GTV1RIIsrI7XD46ZLkronKslVxRbBxMRiGUwKZ99364yPXYbkNMVPyDhpJhUA6mothp6v3t4umNnKilm3imGrITX1uA5O8cEM77S7HNhCzrzSiQ/s1600/zaL57cXm2hQLErBtzXh7WJ53hpo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYJl_mQhIsuTh7NhYycxUO2ntsGYlu1GTV1RIIsrI7XD46ZLkronKslVxRbBxMRiGUwKZ99364yPXYbkNMVPyDhpJhUA6mothp6v3t4umNnKilm3imGrITX1uA5O8cEM77S7HNhCzrzSiQ/s640/zaL57cXm2hQLErBtzXh7WJ53hpo.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O seu humor,
essencialmente verbal, vive basicamente de trocadilhos e de uma divertida
charge à linguagem "difícil" empregue pelos novos-ricos que se querem
fazer passar por muito "cultos". São famosas algumas réplicas suas,
como "Pode-se compenetrar?", "sem erros de topografia",
"quero o banho frappé", "não abuse da minha candorosidade"
e tantas outras, como aquela que o liga à sua muito invulgar indumentária,
"mi gabardine". O seu discurso, desconexo, mas absolutamente
torrencial, subvertendo a lógica e a sintaxe, deve algo a Groucho Marx, mas é
igualmente desenvolvido por vias muito próprias, que roçam um outro discurso
latino, o do napolitano Tótó.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Personagem de
"descamisado" em busca de uma dignidade perdida, mas nunca negada,
Cantinflas impôs um "boneco" que se recorta com nitidez no quadro dos
grandes actores cómicos do cinema mundial, apesar de quase nunca ter sido
servido por realizadores interessantes. Na verdade, a sua filmografia mexicana
(muito mais interessante até inícios dos anos 60 do que posteriormente, onde se
nota um certo anquilosamento da figura e uma evidente falta de frescura)
encontra-se quase toda assinada por um anódino Miguel M. Delgado, que, na sua
ausência de ambições, acabou por ajudar mais o actor do que os grandes estúdios
norte-americanos que o tentaram aproveitar sem entender a personagem, em filmes
como "A Volta ao Mundo em 80 Dias", de Michael Anderson (1957) ou
"Pepe", de George Sidney (1960). Charlie Chaplin admirava-o
enormemente e chegou a dizer que “Cantinflas foi o maior actor cómico de
sempre”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Conheceu
sempre grande sucesso em Portugal, onde os seus filmes se mantinham meses em
estreia. Visitou o nosso país para lançar um dos seus filmes, e conheceu uma
recepção eufórica. Morreu de cancro de pulmão, na cidade do México, em 20 de
Abril de 1993, com 81 anos. Dezenas de milhares de pessoas juntaram-se num dia
de chuva para o seu funeral, que durou três dias. Era enorme a popularidade de
Cantinflas, sobretudo nas classes populares.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Mais
recentemente foi editado entre nós, em cassetes vídeo, depois em DVD, numa
colecção, de venda directa, onde, até ao momento, se encontram disponíveis
vários títulos, todos rodados no México, e todos dirigidos pelo seu realizador
de serviço, Miguel M. Delgado: "Os Três Mosqueteiros (Los Tres
Mosqueteros, 1942); "Cantinflas Bombeiro Atómico (El Bombero Atómico,
1950);"O Mata Sete" (El Sietemachos, 1950);"Cantinflas à la
Minuta (El Señor Fotógrafo, 1952);"Cavalheiro Vagabundo" (Caballero a
la Medida, 1953);"Vôo de Asas Cortadas" (A Volar Jovem, 1954);
"O Bolero de Raquel" (El Bolero de Raquel, 1956); "Cantinflas,
Faz Tudo" (El Extra, 1962); "Entrega Imediata - O Espia XU 777"
(Entrega Enmediata, 1963); "Cantinflas, O Bom Pastor" (El Padrecito,
1964); "O Senhor Doutor" (El Señor Doctor, 1965); "As Minhas
Pistolas" (Por Mis... Pistolas!, 1967); "D.Quixote sem Mancha"
(Un Quijote sin Mancha, 1968); "O Catedrático" (El Profe, 1971);
"Às Ordens de Vosselência" (Conserje para Todo, 1973); "O
Ministro e Eu" (El Ministro Y Yo, 1975); "O Varredor" (El
Barrendero, 1982).<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“El bolero de
Raquel”, datado de 1957, é um bom exemplo do seu humor e das suas preocupações
sociais. Rodado em Acapulco, serve-se de algumas das experiências de vida do
próprio Mario Moreno. Ele é engraxador e um dia, por morte de um amigo,
descobre-se como encarregado de educação de um miúdo e como suporte de uma
jovem mãe viúva. Para melhorar a sua qualidade de vida, vai frequentar uma
escola onde uma bela professora lhe dá aulas e volta à cabeça. Procura outros
empregos e vai passar por um night club onde acabará por dançar o “Bolero” que
dá nome ao filme. Infelizmente, o seu tipo de dança não é o mais apetecível
para os proprietários, que o despedem. A passagem pelos locais de veraneio de
Acapulco também não é muito bem recompensada, mas finalmente a sorte parece
sorrir a este pobre-diabo de coração de ouro.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“El bolero de Raquel” satiriza, como
sempre nos filmes deste actor, a vida das classes altas, dos ricos e dos
poderosos, pondo em destaque a dificuldade de existência de pobres e humildes.
Cantinflas vinha de rodar o seu filme de estreia em Hollywood, “A Volta ao
Mundo em 80 Dias”, e este seu regresso ao México foi saudado com um primeiro
lugar no Box Office do seu país natal. Mas causou alguma decepção ao actor,
pois os resultados não foram, apesar disso, os esperados. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmRuA3gHsjYEJv6MFK556OL_OHAT4ikIC7fH4EdFwSTzgAGZLCNmdjoMeipBDXvWm-abzGZF3eA-8O_Bxd7rCkoUomeVdCmTUXTpeQ9TxDhtiMWOLrVt1ey3A1jjNjt-H47WG6IrQ3iNrc/s1600/bolero2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmRuA3gHsjYEJv6MFK556OL_OHAT4ikIC7fH4EdFwSTzgAGZLCNmdjoMeipBDXvWm-abzGZF3eA-8O_Bxd7rCkoUomeVdCmTUXTpeQ9TxDhtiMWOLrVt1ey3A1jjNjt-H47WG6IrQ3iNrc/s640/bolero2.jpg" width="640" /></a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O BOLERO DE RAQUEL <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: El bolero de Raquel <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Miguel M.
Delgado (México,1957); Argumento: Daniel Jiménez, Jaime Salvador, Miguel M.
Delgado; Música: Raúl Lavista; Fotografia (cor): Gabriel Figueroa; Montagem:
Jorge Busto; Design de produção: Gunther Gerszo; Maquilhagem: Armando Meyer;
Direcção de Produção: Fidel Pizarro; Assistentes de realização: Mario Llorca;
Som: José B. Carles, James L. Fields, Galdino R. Samperio; Companhias de
produção: Posa Films; <b>Intérpretes:</b>
Cantinflas (El Bolero), Manola Saavedra (Raquel), Flor Silvestre (Leonor),
Paquito Fernández (Chavita), Daniel 'Chino' Herrera (Edelmiro), Mario Sevilla,
Alberto Catalá, Roberto Meyer, Elaine Bruce, Leonor Gómez, Erika Carlsson,
Roberto Corell, Pedro Elviro, Pablo Ferrel, Lidia Franco, Elodia Hernández,
John Kelly, Carlos León, Dina de León, Salvador Lozano, Manuel Trejo Morales,
Guillermo Álvarez Bianchi, etc. <b>Duração:</b>
101 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia Pictures / Sony; Classificação
etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 31 de Outubro de 1957.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-85550927329952917462016-10-09T17:22:00.000-07:002016-10-09T17:22:02.142-07:00SESSÃO 50 -11 DE OUTUBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdfDwd963MsqWufTbrpLiduVzPT9izbPTSXTh3G2L9DqoNYVVS8td23B5ZZQh40GnP7fh52Y0IaW-zPII9akCCTt797J7y_PjObhjkW7bcmiWSs34OtB3FvYYh8PPt7wGxG1IcptX-Pbhh/s1600/toda-nudez-sera-castigada-darlene-gloria-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdfDwd963MsqWufTbrpLiduVzPT9izbPTSXTh3G2L9DqoNYVVS8td23B5ZZQh40GnP7fh52Y0IaW-zPII9akCCTt797J7y_PjObhjkW7bcmiWSs34OtB3FvYYh8PPt7wGxG1IcptX-Pbhh/s640/toda-nudez-sera-castigada-darlene-gloria-.jpg" width="450" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">TODA NUDEZ SERÁ
CASTIGADA (1973)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyQ8rUgL4aPmKGG63JPee0MwM5FJVd6N67Xg547kUMHvJN7UiqvntNq9fKQmhOVH5N7KA24-SyI5Sxh6c_HF8jBhvXIaD2eVeLKhbGhtibVCCH2TdpfsDU5xf18rw_nl5ZjV6vl7BT2ORz/s1600/FB_0937_001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyQ8rUgL4aPmKGG63JPee0MwM5FJVd6N67Xg547kUMHvJN7UiqvntNq9fKQmhOVH5N7KA24-SyI5Sxh6c_HF8jBhvXIaD2eVeLKhbGhtibVCCH2TdpfsDU5xf18rw_nl5ZjV6vl7BT2ORz/s640/FB_0937_001.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Toda
a Nudez Será Castigada” parte de uma excelente peça teatral de Nelson
Rodrigues, inúmeras vezes encenada no Brasil e no estrangeiro, inclusive em
Portugal. Quem a adapta ao cinema foi Arnaldo Jabor, um dos mais importantes
nomes do chamado novo cinema brasileiro, companheiro de geração e de movimento
de Glauder Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Carlos Diegues, Ruy Guerra,
Joaquim Pedro de Andrade, entre outros. Foi em meados dos anos 60 do século XX
que este movimento emergiu com características muito próprias, de modernidade
estilística, de crítica social, de engajamento politico, de radicalismo de
propostas, algumas das quais profundamente enraizadas na cultura brasileira e
no tropicalismo (donde a utilização deste termo para caracterizar algumas
dessas obras iniciais desta corrente). <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Arnaldo
Jabor (nascido a 12 de Dezembro de 1940, no Rio de Janeiro) surgiu na
longa-metragem, em 1967, com um documentário, “A Opinião Pública”, a que se
seguiram “Pindorama” (1970), este “Toda a Nudez Será Castigada” (1973), “O
Casamento” (1976), “Tudo Bem” (1978), “Eu te Amo” (1981), “Eu sei que Vou te
Amar” (1986), e “A Suprema Felicidade” (2010), seu último trabalho no cinema
até ao presente. Jabor dedica-se essencialmente à escrita, depois disso. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Toda
Nudez Será Castigada” é uma crónica familiar de maus costumes, mas onde estes
maus costumes não são necessariamente os maus costumes que a sociedade
normalizada costuma causticar. A crítica dirige-se fundamentalmente ao
preconceito, ao puritanismo, à hipocrisia de certos princípios e valores de uma
sociedade obviamente pervertida e enclausurada em dogmas e mais valias morais
sem qualquer justificação. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdDgmehezDCK2ASq1ZS1O8owvmOUHOvGKkJcBv7JH1B-TqC1lrY8mKAE8zR4f7qDDU0QUibSeUo1p8kyfRmaf07htiCuPki5UlQMh02NRVYV4n3C5izE813rcRjrwbINUBbSTFtPrlIAyJ/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdDgmehezDCK2ASq1ZS1O8owvmOUHOvGKkJcBv7JH1B-TqC1lrY8mKAE8zR4f7qDDU0QUibSeUo1p8kyfRmaf07htiCuPki5UlQMh02NRVYV4n3C5izE813rcRjrwbINUBbSTFtPrlIAyJ/s640/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Personagem
da classe média brasileira, vivendo confortavelmente numa velha casa do Rio de
Janeiro, Herculano (Paulo Porto) enviava e sente-se intimamente despedaçado e
exteriormente amordaçado por uma família que não dá tréguas ao luto. As três
tias e o filho impõem uma solidão total, uma clausura violenta, um silêncio austero,
uma vida social inexistente. Com a morte da mulher, aquela família deixa de
existir. Se as velhas tias se pautam por conceitos morais e religiosos
obsoletos, será ainda um pouco compreensivo, pela tradição onde vivem. Para o
filho do casal, esse luto que impõe regras desmedidas, só se compreende por um
dramático desvio psicológico e uma morbidez patológica. Obviamente que as
explicações não são apresentadas no filme como estritamente psicológicas, mas
sim como consequência de uma educação e uma sociabilidade viciadas <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Entretanto,
um irmão de Herculano, Patrício (Paulo César Pereio), um malandro marginal
desempregado que vive às custas de Herculano, resolve apresentar ao irmão uma
bela e fogosa prostituta, Geni (Darlene Glória), que o faz regressar à vida e o
enfeitiça com as suas ardentes sessões de amor e sexo. Herculano só sabe viver
na dependência de uma mulher. Primeiro a legitima esposa que ele venera como
“santa”, depois Geni, a prostituta que exige casamento para se continuar a
entregar aos seus devaneios sexuais. Ambas o dominam e ele gosta de ser
dominado. Como o seu filho Serginho (Paulo Sacks) gostará de ser dominado pelo
ladrão boliviano (Orazir Pereira). Mas não antecipemos em demasia os
acontecimentos desta delirante comédia de cunho social, onde perpassa uma certa
ideia de libertação sexual. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A
adaptação da peça ao cinema colocou alguns problemas geralmente bem resolvidos
por Arnaldo Jabor que, como realizador, se mostra um inspirado autor de humor
verrinoso, mas sempre comedido nos apontamentos, sem excessos escusados. O
ambiente, social e urbano, é muito bem esboçado, os cenários são magníficos e
ajudam de forma perfeita ao enquadramento das personagens, a fotografia explora
muito bem este aspecto. Finalmente o elenco escolhido é de primeiríssima ordem.
Paulo Porto e Darlene Glória, no par protagonista, oferecem uma lição de
representar, com oscilações fulgurantes, cambiantes notáveis. Se o reprimido
Herculano explode quando descobre as delicias do sexo selvagem, algo se muito
semelhante ocorre com Geni que matiza o seu comportamento consoantes os
interesses e a voz do seu coração, até ao desfecho final. Paulo César Pereio ´é
brilhante como o malandro carioca, mas a representação é globalmente muito boa,
característica igualmente de quase todos os filmes dirigidos por Arnaldo Jabor.
</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMzmsrk_QILYDh4ERRYVDT5tn42rzDofQvLccR3VJ1r5rEcfOC5Zz8KnlslnOtFN7k2d8QyRjFR_in4ZobjxTQ7ECAzWGRv0QOYvstzv-a9ALBc8IJVrBSdI4IdaKts9ahJE0sOYLdZljo/s1600/20160321083512679366e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="498" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMzmsrk_QILYDh4ERRYVDT5tn42rzDofQvLccR3VJ1r5rEcfOC5Zz8KnlslnOtFN7k2d8QyRjFR_in4ZobjxTQ7ECAzWGRv0QOYvstzv-a9ALBc8IJVrBSdI4IdaKts9ahJE0sOYLdZljo/s640/20160321083512679366e.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">TODA NUDEZ SERÁ
CASTIGADA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: Toda
Nudez Será Castigada <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Arnaldo Jabor
(Brasil, 1973); Argumento: Arnaldo Jabor, segundo peça teatral de Nelson
Rodrigues; Produção: Roberto Farias, Nélio Freire, Arnaldo Jabor, Paulo Porto,
Paulo Porto; Música: Astor Piazzolla; Fotografia (cor): Lauro Escorel;
Montagem: Rafael Justo Valverde; Decoração: Régis Monteiro; Guarda-roupa: Régis
Monteiro; Maquilhagem: Ronaldo Abreu; Direcção de Produção: Saul Lachtermacher,
Abigail Pereira Nunes; Assistentes de realização: Emiliano Ribeiro; Som:
Geraldo José,Alberto Vianna; Companhias de produção: Ipanema Filmes, Produções
Cinematográficas R.F. Farias Ltda, Ventania Filmes; <b>Intérpretes:</b> Paulo Porto (Herculano), Darlene Glória (Gen), Elza
Gomes (Tia), Paulo César Peréio (Patrício), Isabel Ribeiro (Tia mais jovem),
Henriqueta Brieba (Tia), Sérgio Mamberti (gay), Orazir Pereira (Ladrão
boliviano), Abel Pera (velho poeta, cliente), Paulo Sacks (Serginho), Hugo Carvana
(Comissário), Waldir Onofre, Teresa Mitota, Orlando Bonfim, Saul Lachtermacher,
etc<b>. Duração:</b> 102 minutos;
Distribuição em Portugal: Versátil (Brasil) (DVD); Classificação etária: M/ 12
anos.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-71476006310372412042016-10-02T18:37:00.000-07:002016-10-02T18:37:04.164-07:00SESSÃO 49 - 4 DE OUTUBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIRzihBXMnMS4z5lSC_vKo1wX6ZizceNXeTdFByoZ4Jr48O_6wfpDiqvUhP8NsBWgY8iG2ga2fj2D4ONnhDFH4UeQgVq8LMLcFFW4HG7204m9OhWe6Vt5Ca6QoqypaCvT5waX8o00uMLMu/s1600/Un_poisson_nomme_wanda_grande_origine-3c963.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIRzihBXMnMS4z5lSC_vKo1wX6ZizceNXeTdFByoZ4Jr48O_6wfpDiqvUhP8NsBWgY8iG2ga2fj2D4ONnhDFH4UeQgVq8LMLcFFW4HG7204m9OhWe6Vt5Ca6QoqypaCvT5waX8o00uMLMu/s640/Un_poisson_nomme_wanda_grande_origine-3c963.jpg" width="460" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">UM PEIXE CHAMADO
WANDA (1988)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiruv7dJuIzDV5raPZ2-aB0djeV9NlOXQVkJejMuryQBzwE4gaAsUmiAAnjx97AVnaDG3PDTve-d3EOHKn1-7ZulDCZOM5s55hyphenhyphenQt0pWE1WC2CeMBG_mVoTFffmLVPISRstplftccTZ2bHZ/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiruv7dJuIzDV5raPZ2-aB0djeV9NlOXQVkJejMuryQBzwE4gaAsUmiAAnjx97AVnaDG3PDTve-d3EOHKn1-7ZulDCZOM5s55hyphenhyphenQt0pWE1WC2CeMBG_mVoTFffmLVPISRstplftccTZ2bHZ/s640/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Interpretado,
escrito e realizado por John Cleese, um dos principais membros do inspirado e
irreverente grupo “Monty Python”, “Um Peixe Chamado Wanda” conta ainda no argumento
e na realização com a colaboração de um veterano do cinema inglês, Charles
Crichton, autor, entre outros, de “Roubei Um Milhão” (The Lavender Hill Mob,
1951), um dos grandes clássicos da comédia da época dos <a href="http://www.imdb.com/company/co0040024?ref_=tt_dt_co"><span class="itemprop"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;">Ealing </span></span></a>Studios.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Com
estes pergaminhos atrás “Um Peixe Chamado Wanda” afirma-se como uma das mais
bem conseguidas comédias de finais do século XX saídas dos estúdios do Reino
Unido. Em termos económicos conseguiu um feito memorável, recolhendo de
receitas mais de 200 milhões de dólares na sua viagem pelos écrans mundiais. Para
um filme que custou 7,5 milhões não se pode dizer que tenha sido um mau
negócio. Mas, para lá destes resultados, a verdade é que o filme não só foi de
inteiro agrado das grandes plateias como ainda por cima justificou os maiores encómios
da parte da crítica especializada. Esta paródia ao filme de acção de mistura
com a comédia de bulevard com um toque sentimental e uns pozinhos de erotismo qb
acaba por satisfez ao mais exigentes em matéria de comédia, numa altura em que,
infelizmente, eram mais os exemplos de perfeitas nulidades repletas de
ordinarices primárias do que obras com apelos directos à inteligência, à
sensibilidade, ao sentido crítico e à criatividade do próprio espectador. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>George
Thomason (Tom Georgeson), juntamente com três cúmplices, ensaia um grande roubo
de joias. Os acólitos são o seu braço direito, também inglês, Ken Pile (Michael
Palin), um grande amigo dos animais e possuidor de um aquário que é a menina
dos seus olhos, onde nada um peixe chamado wanda, e dois americanos, a sensual
e traiçoeira Wanda Gershwitz (Jamie Lee Curtis) e um antigo agente da CIA, Otto
West (Kevin Kline), um idiota convencido que é intelectual porque leu
Nietzsche, mas que detesta que lhe chamem estupido. O que acontece com
frequência. Até lhe dizerem que é tão estúpido que julga que “The London
Underground é um movimento político”. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHmkrmwj_ERBZvxlGy3rwseSg37PHgVOL2O6pgWdm36YNo75S_mZe1qgGHp11DP6DRStoram1B7_M_wyVJHIU9f8Yf_KCHdK7aGV6C6W9p0PqSgnwZ3pVHHkHtwo324V2qit4bTAJ6uZgE/s1600/a-fish-called-wanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHmkrmwj_ERBZvxlGy3rwseSg37PHgVOL2O6pgWdm36YNo75S_mZe1qgGHp11DP6DRStoram1B7_M_wyVJHIU9f8Yf_KCHdK7aGV6C6W9p0PqSgnwZ3pVHHkHtwo324V2qit4bTAJ6uZgE/s640/a-fish-called-wanda.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Todos
idealizam um roubo perfeito, não fora uma velhinha que passava ter identificado
George, e os companheiros de assalto o terem denunciado à policia que o prende.
Depois é cada um por si, a queres ficar com o produto do roubo sem que os
outros o percebam. Pelo meio a chave que abre o cofre onde se encontram as
joias vai para ao aquário e Otto num momento de tortura psicológica único, vai
comento os peixes de Ken Pile até este lhe indicar o local onde se esconde a
chave. Até aqui não apareceu John Cleese, mas não nos esquecemos do
protagonista. Ele é o emproado e convencido advogado Archibald Leach, que Wanda
Gershwitz seduz para conseguir alguns segredos. Posto isto tudo continuaria a
rolar desde que Otto, que não é estupido, e também não é irmão de Wanda como
faz supor, mas sim seu amante, se deixasse de ciumeiras estupidas quando
descobre a sua escaldante amada nos braços do advogado procurando extrair
informações de uma forma muito ousada. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A
ganância é desde sempre um dos temas mais constantes da comédia. Em todas as
formas de narrativa. No romance e no teatro (não esquecer Molière!). Aqui volta
a funcionar em pleno. É a cobiça e a total falta de cumplicidade ou
solidariedade que tramam este grupo de assaltantes. O filme consegue um
excelente ritmo de situações divertidas que se sucedem (de tal forma que,
durante uma projecção na Dinamarca, um espectador sucumbiu de tanto rir) sendo
de sublinhar o trabalho dos actores, todos eles magníficos, com especial
incidência no caso de Kevin Kline que ganhou o Oscar de Melhor Ator Secundário
(O filme conquistou ainda mais duas nomeações, para a realização e o
argumento). Para lá de John Cleese, também Michael Palin faz parte do grupo
Monty Python. Como curiosidades fiansi, diga-se que a personagem interpretada
por John Cleese se chama Archie Leach para homenagear o actor americano Cary
Grant, cujo nome de baptismo era esse, e que a filha de Archie Leach, Portia, é
interpretada pela verdadeira filha de John Cleese, Cynthia Cleese, que aparece
creditada como Cynthia Caylor.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDCb6RlwJp4RHOkNYQqBgIY2Nn1MzNbTQXEW02Hdm7dDWrxZxLFMfAFen1dR2_WlJbEuNoFMtovu7yuvFXzMQxydk_gjbp57VEKrFKSVkYzqHaNpvxFnK8n3LI2PtzBw2le22BSQJo5Uw8/s1600/2031_5_screenshot.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDCb6RlwJp4RHOkNYQqBgIY2Nn1MzNbTQXEW02Hdm7dDWrxZxLFMfAFen1dR2_WlJbEuNoFMtovu7yuvFXzMQxydk_gjbp57VEKrFKSVkYzqHaNpvxFnK8n3LI2PtzBw2le22BSQJo5Uw8/s640/2031_5_screenshot.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">UM
PEIXE CHAMADO WANDA <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título
original: A Fish Called Wanda <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> Charles Crichton, John Cleese (este não creditado) (Inglaterra,
EUA,1988); Argumento: John Cleese, Charles Crichton; Produção: Steve Abbott,
John Cleese, John Comfort, Michael Shamberg; Música: John Du Prez; Fotografia
(cor): Alan Hume; Montagem: John Jympson; Casting: Priscilla John; Design de
produção: Roger Murray-Leach; Direcção artística: John Wood; Decoração:
Stephenie McMillan; Guarda-roupa: Hazel Pethig; Maquilhagem: Lynda Armstrong,
Paul Engelen, Barry Richardson; Assistentes de realização: Jonathan Benson,
Melvin Lind, David Skynner; Departamento de arte: Leon Apsey, Bruce Bigg, Roy
Evans, Brian Read, Alfie Smith; Som: Jonathan Bates, Gerry Humphreys, Chris
Munro, Andrew Sissons, Colin Wood; Efeitos especiais: George Gibbs; Efeitos
visuais: Alan Church, Simon Margetts; Companhias de produção:
Metro-Goldwyn-Mayer, Prominent Features, Star Partners Limited; <b>Intérpretes:</b>
John Cleese (Archie Leach), Jamie Lee Curtis (Wanda Gershwitz), Kevin Kline
(Otto), Michael Palin (Ken Pile), Maria Aitken (Wendy), Tom Georgeson (Georges
Thomason), Patricia (Mrs. Coady),
Geoffrey Palmer (Juiz), Cynthia Cleese (Portia), Mark Elwes, Neville Phillips,
Peter Jonfield, Ken Campbell, Al Ashton, Roger Hume, Roger Brierley, Llewellyn
Rees, Michael Percival, Kate Lansbury, Robert Ian Mackenzie, Andrew MacLachlan,
Roland MacLeod, Jeremy Child, Pamela Miles, Tom Pigott Smith, Katherine John,
Sophie Johnstone, Kim Barclay, Sharon Twomey, Patrick Newman, David Simeon,
Imogen Bickford-Smith, Tia Lee, Stephen Fry, etc. </span><b>Duração:</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> 108 minutos;
Distribuição em Portugal: MGM; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de
estreia em Portugal: 3 de Fevereiro de 1989. <span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-17840300665087473492016-09-23T16:51:00.000-07:002016-09-23T17:03:28.686-07:00 SESSÃO 48 - 27 DE SETEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3w_yevcSyxFBB63xg1xLeE-PokgKitvGHrI7RusxFqle_Kd2DWcDMcwrPsPxx9j_UrdchnLYUx0l5r89iNq5hU_OygeJPsC97YebBlh5WSylA8FqDWFOfprzaOQH1FddOY3Pbws7X34Fb/s1600/monty-pythons-the-meaning-of-life-522dc88f504af.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3w_yevcSyxFBB63xg1xLeE-PokgKitvGHrI7RusxFqle_Kd2DWcDMcwrPsPxx9j_UrdchnLYUx0l5r89iNq5hU_OygeJPsC97YebBlh5WSylA8FqDWFOfprzaOQH1FddOY3Pbws7X34Fb/s640/monty-pythons-the-meaning-of-life-522dc88f504af.jpg" width="448" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O SENTIDO DA VIDA
(1983)</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOm_2qm1gY2gEf3oJm93LKSb4uKkzt-KkJnFr5_W0xfiOLi9K0XYYGMASbYMxTqF6RRpycrU48hncSaAuYfAablhnjbbH2iQITPMm3bDQrWhbkM9NJB7lGHY1YHWJX0YgwDoKufSPCweoa/s1600/maxresdefault+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOm_2qm1gY2gEf3oJm93LKSb4uKkzt-KkJnFr5_W0xfiOLi9K0XYYGMASbYMxTqF6RRpycrU48hncSaAuYfAablhnjbbH2iQITPMm3bDQrWhbkM9NJB7lGHY1YHWJX0YgwDoKufSPCweoa/s640/maxresdefault+%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Qual
o sentido da vida? Eis um bom tema filosófico, possivelmente a questão mais
importante e essencial que o homem pode colocar a si próprio e ao universo.
Claro que se colocada pelo grupo inglês Monty Python ela só poderá ser
respondida com humor, e um humor corrosivo. O que acontece nesta obra de 1983,
onde o irrequieto e iconoclasta conjunto de humoristas britânicos destrói por
completo qualquer optimismo que possa existir nos seus espectadores. O filme é
de um desesperante pessimismo, muito embora no final surjam aquelas frases
“politicamente correctas” a apontar caminhos de uma bem-aventurança irrealista
e nada condizentes com tudo o que para trás fica registado. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Como
sempre nos Monty Python, o projecto não tem nada de uma narrativa tradicional,
no sentido de clássico. “O Sentido da Vida” não será uma obra-prima, muito
embora tenha alguns dos melhores momentos criados pelos Monty Python. Existem
algumas irregularidades ao longo de todo filme e um certo desacerto na duração
excessiva de uma ou outra sequência, em particular no caso do pantagruélico
frequentador do restaurante, que come desalmadamente e vomita de forma
correspondente.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>O
filme começa com um prólogo opcional. Os espectadores do DVD têm essa vantagem.
Podem optar por ver ou não o prólogo. Depois, a loucura do grupo instala-se com
uma curta-metragem a anteceder o filme principal, mas que está anexada a este.
São 17 minutos que ostentam uma designação própria, “The Crimson Permanent
Assurance”. Toda esta parábola sobre o mundo financeiro, agrupando banqueiros e
bolsistas, é uma realização de Terry Gilliam. Um grupo de funcionários de uma
companhia seguradora resolve revoltar-se, o edifício de The Crimson Permanent
Assurance transforma-se num navio de piratas de velas desfraldadas e resolve
investir contra os grandes edifícios do centro financeiro local. Os velhos
funcionários tomam conta do barco em sentido realista e figurado. Piratas
justiceiros contra piratas pela calada, eis a súmula deste primeiro episódio de
“O Sentido da Vida”, que irá progredir ao longo de pequenas histórias “morais”
sobre os diferentes momentos da vida de um ser, desde o nascimento até à morte,
procurando em cada um deles encontrar o sentido da vida.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Esta
curta-metragem teve o condão de catapultar Terry Gilliam para o estrelato, dada
a qualidade técnica da mesma e a sua prodigiosa invenção. Ele, que já tinha
realizado anteriormente “Monty Python e o Cálice Sagrado” e “Os Ladrões do
Tempo”, depois disso abalança-se a obras como “Brasil, o outro Lado do Sonho”,
“O Rei Pescador” ou “12 Macacos”, entre outras. Muito interessado em animação,
“A Seguradora Permanente Crimson” permite-lhe também curiosas incursões neste
terreno. Algo que inicialmente estava previsto para andar pelos cinco minutos
de duração e que os ultrapassou largamente. Felizmente. Esta é, pois, a
contribuição de Terry Gilliam para este filme, enquanto realizador, já que o
restante trabalho foi assegurado por Terry Jones, que anteriormente já tinha
dirigido “A Vida de Brian”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>O
início da vida permite a Terry Jones um momento brilhante que passa dos
ambientes de Charles Dickens ao musical com uma ligeireza e harmonia totais.<span style="color: red;"> </span>"Every Sperm Is Sacred", que condenada a
proibição do uso da pílula pelo Vaticano e que permite enxurradas de filhos em
bairros pobres, é uma paródia demolidora admiravelmente conduzida com mão de
mestre, ambientada nos bairros industriais de Yorkshire. Para lá de alguns gags
magníficos, cria situações de musical dignas de figurar numa antologia do
género, ao lado do “Oliver”, de Carol Reed. As vantagens de ser protestante que
se lhe seguem permanecem ao mesmo nível, ainda que num registo completamente
diferente. Duas cópulas, dois filhos. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>As
sequências sucedem-se, numa lógica de cronologia de uma vida, como a aula de
sexualidade, com o professor a desdobrar da parede uma cama onde vai
exemplificar com a própria alguns aspectos da sua temática escolar, ou o
volumétrico e obeso Creosante que relembra “os vampiros” de Zeca Afonso,
comendo tudo, até rebentar no interior requintado de um luxuoso restaurante. A
delirante sequência dos peixes no aquário ou a proximidade da morte, numa clara
alusão ao belíssimo “O Sétimo Selo”, de Ingmar Bergman, são outros tantos
episódios a reter e a não esquecer. Mas não se deverá passar em claro o
excelente trabalho interpretativo dos vários elementos do grupo, os britânicos
Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin, os cinco
iniciais, e o norte-americano Terry Gilliam, que se lhes juntou. Todos compõem
figuras inesquecíveis e alguns travestis espantosos. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfxxGFCfPCs125rKh5Vl8_4FMoax08cSP05qE5YCqvoLNo98kftQj1zBAOEhF6x3btFRr5aqUpUrbnQQX_rMjp2jvVINgnD29vcNFfG-_cydnN6oCeFAc_4HHTOAkm_bGTk-TPXahML8TA/s1600/Meaning-of-Life-Every-Sperm.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfxxGFCfPCs125rKh5Vl8_4FMoax08cSP05qE5YCqvoLNo98kftQj1zBAOEhF6x3btFRr5aqUpUrbnQQX_rMjp2jvVINgnD29vcNFfG-_cydnN6oCeFAc_4HHTOAkm_bGTk-TPXahML8TA/s640/Meaning-of-Life-Every-Sperm.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">O SENTIDO DA VIDA <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: x-small;">Título original: The Meaning of Life <o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> Terry Jones, Terry Gilliam (Inglaterra, 1983); Argumento: Graham Chapman, John Cleese, Terry
Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin; Produção: John Goldstone;
Música: John Du Prez; Fotografia (cor): Peter Hannan e Roger Pratt (episódio
"The Crimson Permanent Assurance"); Montagem: Julian Doyle; Casting:
Michelle Guish, Debbie McWilliams; Design de produção: Harry Lange; Direcção
artística: Richard Dawking e John Beard (episódio "The Crimson Permanent
Assurance"); Decoração: Sharon Cartwright, Simon Wakefield; Guarda-roupa:
James Acheson; Maquilhagem: Maggie Weston, Mary Hillman, Christopher Tucker
(Mr. Creosote), e ainda Elaine Carew, Sallie Evans e Maureen Stephenson
(episódio "The Crimson Permanent Assurance"); Direcção de Produção: David
Wimbury; Assistentes de realização: Jonathan Benson, Matthew Binns, Ray
Corbett, Derek Harrington, Callum McDougall, Kieron Phipps, Paul Taylor, Gary
White, Bob Wright; Som: Philip Chubb, Bob Doyle, Debbie Kaplan; Efeitos
especiais: George Gibbs; Efeitos visuais:
Michael Beard, Valerie Charlton, Carol De Jong; Animação: Terry Gilliam, Jill
Brooks, Kate Hepburn, Richard Ollive, Tim Ollive, Mike Stuart; Companhias de produção: Celandine Films, The
Monty Python Partnership, Universal Pictures; <b>Intérpretes:</b> Graham Chapman (Chairman / Fish #1 / Doctor / Harry
Blackitt / Wymer / Hordern / General / Coles / Narrator #2 / Dr. Livingstone /
Transvestite / Eric / Guest #1 / Arthur Jarrett / Geoffrey / Tony Bennett);
John Cleese (Fish #2 / Dr. Spencer / Humphrey Williams / Sturridge / Ainsworth
/ Waiter / Eric's Assistant / Maître D' / Grim Reaper); Terry Gilliam (Window
Washer / Fish #4 / Walters / Middle of the Film Announcer / M'Lady Joeline /
Mr. Brown / Howard Katzenberg); Eric Idle (Gunther / Fish #3 / 'Meaning of Life'
Singer / Mr. Moore / Mrs. Blackitt / Watson / Blackitt / Atkinson / Perkins /
Victim #3 / Front End / Mrs. Hendy / Man in Pink / Noël Coward / Gaston /
Angela), Terry Jones (Bert / Fish #6 / Mum / Priest / Biggs / Sergeant / Man
with Bendy Arms / Mrs. Brown / Mr. Creosote / Maria / Leaf Father / Fiona
Portland-Smythe); Michael Palin (Window Washer / Harry / Fish #5 / Mr. Pycroft
/ Dad / Narrator #1 / Chaplain / Carter / Spadger / Regimental Sergeant Major /
Pakenham-Walsh / Rear End / Female TV Presenter / Mr. Marvin Hendy / Governor /
Leaf Son / Debbie Katzenberg); Carol Cleveland (Beefeater (Chadwick / Jeremy Portland-Smythe); Patricia
Quinn (Mrs. Williams); Judy Loe, Andrew MacLachlan, Mark Holmes, Valerie Whittington,
Jennifer Franks, Imogen Bickford- Smith, Angela Mann, Peter Lovstrom, George
Silver, Chris Grant, Sydney Arnold, Guy Bertrand, Andrew Bicknell, Ross
Davidson, Myrtle Devenish, Tim Douglas,
Eric Francis, Matt Frewer, Billy John,
Russell Kilmister, Peter Mantle, Len Marten, Peter Merrill, Cameron Miller,
Gareth Milne, Larry Noble, Paddy Ryan, Leslie Sarony, John Scott Martin, Eric
Stovell, Wally Thomas, Jack Armstrong, Robert Carrick, Douglas Cooper, George
Daly, Chick Fowles, Terry Grant, Robin Hewlett, Tommy Isley, Juba Kennerley,
Anthony Lang, John Murphy, Terry Rendell, Ronald Shilling, etc. </span>Duração: 107 minutos;
Distribuição em Portugal: Universal; Classificação etária: M/ 18 anos; Data de
estreia em Portugal: 24 de Maio de 1984. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqCD8pHKVk-uJjdUUThY4WUQevdDCSiuTeK0fkQEZvhSRmZGgf4VdIxLzOADFAtIQGtgN3loBH5lZGHQGGxFUXYD7RnVOvh3gYgGRRfxkATmkjUxsivawGgE3ormJlQnX3BAICsxS_PTwa/s1600/The-Meaning-of-Life-monty-python-17864208-852-480.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqCD8pHKVk-uJjdUUThY4WUQevdDCSiuTeK0fkQEZvhSRmZGgf4VdIxLzOADFAtIQGtgN3loBH5lZGHQGGxFUXYD7RnVOvh3gYgGRRfxkATmkjUxsivawGgE3ormJlQnX3BAICsxS_PTwa/s640/The-Meaning-of-Life-monty-python-17864208-852-480.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">MONTY
PYTHON </span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Monty
Python” foi um grupo de humoristas britânicos que surgiu mesmo no final da
década de 60, inicialmente na televisão, através de uma série que ficaria
lendária, “Monty Python's Flying Circus” (o programa de estreia foi para o ar
na BBC a 5 de Outubro de 1969 e agrupou 45 episódios divididos em 4
temporadas). O sucesso foi fulminante e o grupo diversificou a sua actividade
pelo teatro, o cinema, a rádio, a imprensa, a literatura, os jogos de
computador, etc. Eram seis os seus elementos, Graham Chapman, John Cleese, Eric
Idle, Terry Jones e Michael Palin, os cinco iniciais, todos ingleses, a que se
juntou Terry Gilliam, americano, vindo da revista “Mad”. Todos escreviam e
interpretavam as obras em que intervinham. O seu estilo de humor não passou
despercebido, e tornou-se uma fonte de inspiração para humoristas de todo o
mundo, desde os EUA até Portugal. Eram anárquicos e caóticos, entre o
surrealismo e o non sense. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O
grupo esteve unido durante bastantes anos (fecharam a porta em 1983), depois
cada um deles seguiu a sua carreira isolada, mantendo, no entanto, muitas das
características que definiram o grupo. Todos, excepto Graham Chapman que morreu
em 1989, com 48 anos. Em Julho de 2014, anunciou-se o regresso do grupo para um
espectáculo no “O2 Arena” de Londres, Quando foi anunciado o evento, os
bilhetes esgotaram em 43 segundos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nos
Estados Unidos, vários programas lhe devem influência, como “Late Night with
Conan O'Brien” ou “Saturday Night Live”, “South Park”, “Adult Swim”, entre
muitos outros que assumem o surrealismo e o absurdo. Em Portugal, Herman José
ou os Gato Fedorento contam-se entre os admiradores dos Monty Python.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Num
documentário, “Live at Aspen” (1998), o grupo revelou como escolheu o nome:
Monty surgiu como tributo a Lord Montgomery, um lendário general britânico da
II Guerra Mundial, e Python apareceu como palavra que soasse evasiva e
divertida. Em 2005, num inquérito do Channel 4 para escolher “O Comediante dos
Comediantes”, três dos seis actores dos Monty Python foram incluídos entre os
50 maiores humoristas. Michael Palin ficou em trigésimo, Eric Idle em
vigésimo-primeiro e John Cleese em segundo lugar, sendo superado apenas por
Peter Cook.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A
actividade do grupo ficou registada em diversos domínios: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">TELEVISÃO:
Monty Python's Flying Circus (1969–1974); Monty Python's Fliegender Zirkus
(1972); Monty Python's Personal Best (2006)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">CINEMA: And Now
for Something Completely Different (E Agora Para Algo Completamente Diferente)
(1971); Monty Python and the Holy Grail (Monty Python e o Cálice Sagrado)
(1975); Monty Python Meets Beyond the Fringe (1976); Monty Python, The Life of
Brian (A Vida de Brian) (1979); Monty Python Live at the Hollywood Bowl (Monty
Python Ao Vivo no Hollywood Bowl) (1982); Monty Python, The Meaning of Life (O
Sentido da Vida) (1983); Não são do grupo, embora sejam atribuídos, e
participem do espírito:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Jabberwocky
(1977); Erik, the Viking (Erik, O Viking) (1989)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">ÁLBUNS: Monty
Python's Flying Circus (1970); Another Monty Python Record (1971); Monty
Python's Previous Record (1972); The Monty Python Matching Tie and Handkerchief
(1973); Monty Python Live at Drury Lane (1974); The Album of the Soundtrack of
the Trailer of the Film of Monty Python and the Holy Grail (1975); Monty Python
Live at City Center (1976); The Monty Python Instant Record Collection (1977);
Monty Python's Life of Brian (1979); Monty Python's Contractual Obligation
Album (1980); Monty Python's Meaning of Life (1983); Monty Python's The Final
Rip Off (1988); Monty Python Sings (1989); The Ultimate Monty Python Rip Off
(1994); The Instant Monty Python CD Collection (1994); Monty Python's Spamalot
(Músicas da versão da Broadway do filme “Monty Python - Em Busca do Cálice
Sagrado” com Tim Curry a interpretar Rei Arthur) (2005); The Hastily Cobbled
Together Album (nunca lançado, ao que consta)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">TEATRO:
Monty Python's Spamalot - Musical inspirado no filme Monty Python - Em Busca do
Cálice Sagrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Monty
Python's Flying Circus - A primeira e única versão autorizada do programa de
TV, apesar de ser apresentada em francês; Monty Python Alive – o regresso em Julho
de 2014. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: large;"><b>MONTY
PYTHON: os membros do grupo: <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Graham Chapman (1941-1989)</b></span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nasceu
a 8 de Janeiro de 1941, em Melton Mowbray, Leicester, Inglaterra. Estudou
medicina em Cambridge. Ficou célebre, sobretudo, como argumentista, e como
actor por duas das suas criações em cinema, o Rei Artur, em “Monty Python e o
Cálice Sagrado”, e Brian Cohen, em “A Vida de Brian”. Gay e dependente do
álcool, morre vítima de cancro na garganta, a 4 de Outubro 1989. No elogio
fúnebre, Michel Palin disse: “Graham Chapman está entre nós neste momento. Se
não estiver neste momento, estará dentro de vinte e cinco minutos”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Principais
filmes como actor: 1969: The Magic Christian (Um Beatle no Paraíso), de Joseph
McGrath; 1970: The Rise and Rise of Michael Rimmer, de Kevin Billington; 1971:
The Statue (A Estátua), de Rod Amateau ; 1972: And Now for Something Completely
Different (Os Gloriosos Malucos à Solta), de Ian MacNaughton; 1975: Monty
Python and the Holy Grail (Monty Python e o Cálice Sagrado), de Terry Gilliam e
Terry Jones; 1978: The Odd Job, de Peter Medak; 1979: Life of Brian (A Vida de
Brian), de Terry Jones; 1983: Monty Python Live at the Hollywood Bowl, de Terry
Hughes e Ian MacNaughton; Monty Python's the Meaning of Life), de Terry Gilliam
e Terry Jones; Yellowbeard (As Loucas Aventuras de Barba Amarela, o Pirata), de
Mel Damski; 1989: Stage Fright, de Brad Mays.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>John Cleese (1939 -)</b></span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nasceu
a 27 de Outubro de 1939, em Weston-super-Mare, North Somerset, Inglaterra. O
nome de família era Cheese, mas o pai mudou-o para Cleese quando esteve na
tropa. Cleese estudou no colégio de Clifton, em Bristol, onde apareceu nalguns
espectáculos. Passou pela universidade de Cambridge para estudar Direito, onde
encontrou Graham Chapman. Eram os autores de grande parte dos argumentos do
grupo. Fora dos Monty Python ficou célebre pela criação de Basil Fawlty, em
“Fawlty Towers”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">John
Cleese participou em dezenas de filmes. <span lang="EN-US">Ficam aqui apenas alguns títulos: 1968: The Bliss of Mrs. Blossom (A
Felicidade da Senhora Blossom), de Joseph McGrath; 1969: The Best House in
London de Philip Saville; 1969: The Magic Christian (Um Beatle no Paraíso), de
Joseph McGrath; 1975: Monty Python and the Holy Grail (Monty Python e o Cálice
Sagrado), de Terry Jones e Terry Gilliam; 1977: The Strange Case of the End of
Civilization as We Know It, de Joseph McGrathes; 1979: Monty Python, The Life
of Brian (Monty Python, A Vida de Brian), de Terry Jones; 1981: Time Bandits
(Os Ladrões do Tempo), de Terry Gilliam; 1983: Monty Python: The Meaning of
Life (Monty Python, O Sentido da Vida), de Terry Jones e Terry Gilliam; 1985:
Silverado (Silverado), de Lawrence Kasdan; 1986: Clockwise (Pontualmente
Atrasado), de Christopher Morahan; 1988: A Fish Called Wanda (Um Peixe Chamado
Wanda), de Charles Crichton; 1989: Erik The Viking, de Terry Jones; 1994:
Frankenstein (Frankenstein de Mary Shelley), de Kenneth Branagh; 1996: Fierce
Creatures (Creaturas Ferozes), de Fred Schepisi e Robert Young; 1996: The Wind
in the Willows; 1999: The World Is Not Enough (007 - O Mundo Não Chega), de
Michael Apted; 2001: Rat Race (Está Tudo Louco!), de Jerry Zucker; 2001: Harry
Potter and the Sorcerer's Stone (Harry Potter e a Pedra Filosofal), de Chris
Columbus; 2002: Harry Potter and the Chamber of Secrets (Harry Potter e a
Câmara dos Segredos), de Chris Columbus; 2002: Die Another Day (007 - Morre
Noutro Dia), de Lee Tamahori; 2004: Shrek 2 (Shrek 2), de Andrew Adamson, Kelly Asbury (voz); 2004:
Around the World in 80 Days (A Volta ao Mundo em 80 Dias), de Frank Coraci;
2007: Shrek, the Third (Shrek, 3) de Chris Miller e Raman Hui (voz); 2008: The
Day the Earth Stood Still (O Dia em que a Tera Parou), de Scott Derrickson;
2009: The Pink Panther 2 (A Pantera Cor-de-Rosa, 2), de Harald Zwart; 2010:
Shrek Forever After (Shrek para Sempre), de Mike Mitchell (voz); 2010: Spud 2:
The Madness Continues, de Donovan Marsh; 2013: Spud 2: The Madness Continues,
de Donovan Marsh. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">Terry Gilliam (1940 -)</span></b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nasceu
em Minneapolis, Minnesota, EUA, a 22 de Novembro de 1940. Foi o único Monty
Python não inglês (naturalizou-se depois). Trabalha sob a orientação de Harvey
Kurtzman na revista "Mad" como cartoonista, depois na
"Help". Viaja até França e instala-se na revista "Pilote".
Passa a Inglaterra, colabora como gráfico em “Do Not Adjust Your Set” e depois
no “The Flying Circus”, associando-se aos Monty Python. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Principais
filmes como realizador: 1975: Monty Python and the Holy Grail (Monty Python e o
Cálice Sagrado), com Terry Jones; 1977: Jabberwocky (Aventuras em Terras do Rei
Bruno, o Discutível); 1981: Time Bandits (Os Ladrões do Tempo); 1983: Monty
Python: The Meanig of Life (O Sentido da Vida); 1985: Brazil (Brazil: O Outro
Lado do Sonho); 1988: The Adventures of Baron Munchausen (A Fantástica Aventura
do Barão); 1991: The Fisher King (O Rei Pescador); 1995: Twelve Monkeys (12
Macacos); 1998: Fear and Loathing in Las Vegas (Delírio em Las Vegas); 2005:
The Brothers Grimm (Os Irmãos Grimm); 2006: Tideland (Tideland - O Mundo ao
Contrário); 2009: The Imaginarium of Doctor Parnassus (Parnassus - O Homem Que
Queria Enganar o Diabo); 2013: The Zero Theorem (O Teorema Zero); 2014: The Man
Who Killed Don Quixote (em pós-produção).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Filmografia
(parcial) como actor: 1975: Monty Python and the Holy Grail (Monty Python e o
Cálice Sagrado), de Terry Gilliam e Terry Jones; 1977: Jabberwocky (Aventuras
em Terras do Rei Bruno, o Discutível); 1981: Time Bandits (Os Ladrões do
Tempo); 1983: Monty Python: The Meanig of Life (O Sentido da Vida), de Terry
Jones; 1985: Brazil (Brasil: O Outro Lado do Sonho); 1988: The Adventures of
Baron Munchausen (A Fantástica Aventura do Barão); 1985: Cinématon no 601, de
Gérard Courant; 1985: Spies Like Us (Espiões Como Nós), de John Landis; 1988:
The Adventures of Baron Munchausen (A Fantástica Aventura do Barão); 2002: Lost
in la Mancha, de Keith Fulton e Louis Pepe, documentário; 2006: Enfermés
Dehors, de Albert Dupontel; 2012: A Liar's Autobiography: The Untrue Story of
Monty Python's Graham Chapman; 2013: Neuf Mois Ferme (Gravidez de... Alto
Risco), de Albert Dupontel; 2015: Jupiter Ascending (A Ascenção de Jupiter), de
Lana e Andy Wachowski<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="font-size: large;">Eric Idle (1943)</span></b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nasceu
a 29 de Março de 1943, em South Shields, Tyne and Wear, Inglaterra. Desde o seu
aparecimento, os Monty Python formaram duplas de escrita, Cleese e Chapman,
Jones e Palin, e dois isolados, Gilliam, que se ocupava mais da animação e da
realização, e Idle, que ficou satisfeito por trabalhar a solo, sobretudo em
gags de estrutura linguística. Colega mais novo de Cleese e Chapman na
universidade de Cambridge, após o fim dos Python arrancou para uma carreira a
solo, em séries como “Rutland Weekend Television” ou “The Rutles”, com
aparições curtas em diversos filmes (“South Park”, 102 Dalmatians), ou séries
como “The Simpson”. Em 2005 conta com um grande sucesso, “Spamalot”, paródia
sobre o Santo Graal, e falou-se numa adaptação a musical de “A Vida de Brian”.
Como actor aparece obviamente em todos os filmes dos Monthy Pithon. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><b>Terry Jones (1942 - )</b></span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nasceu
a 1 de Fevereiro de 1942, em Colwyn Bay, no norte do país de Gales. Um dos mais
entusiásticos e influentes elementos do grupo, sobretudo para manter a sua
coesão. Argumentista, actor e realizador, Terry Jones apresentou na BBC uma
série de documentários históricos, “Terry Jones' Medieval Lives” (2005), a que
se seguiu “Barbarians” (2006). Escreveu no “The Guardian” uma crónica semanal
demolidora para a política de Tony Blair. Depois virou-se para o teatro musical
e, no início de 2008, em colaboração com Luís Tinoco, estreou em Portugal,
“Evil Machines”, uma espécie de ópera baseada no seu livro com o mesmo nome.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Filmografia
como realizador: 1975: Monty Python and the Holy Grail, com Terry Gilliam;
1979: Monty Python's Life of Brian; 1983: Monty Python's The Meaning of Life;
1987: Personal Services; 1989: Erik the Viking; 1996: The Wind in the Willows. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: red;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Michael
Palin (1943 - )</span><o:p></o:p></span></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nasceu
a 5 de Maio de 1943, em Sheffield, South Yorkshire, Inglaterra. Estudou em Oxford,
onde encontra Jones, com quem passa a fazer parelha na escrita. Depois da sua
colaboração com os Monty Python, Palin tornou-se conhecido através de inúmeros
documentários de viagens realizados para a BBC, nomeadamente a série “Pole to
Pole” e “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, seguindo a rota de Phileas Fogg no
romance de Júlio Verne.</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-15904774762015778092016-09-11T18:26:00.000-07:002016-09-11T18:26:10.571-07:00SESSÃO 49 - 13 DE SETEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdAJiawTg0H8MnGTudXNPcyaXinhVJWVsyIXaU8EWOM4tdTbjPWTFn_IDfPRkBxlr0nC3fz1sShtZpCECvB7kAzZVSQi_3rYy6VgrrcGORzNF_XNWiirjXhrQMh-aDfCcp4U9-UVaum-o3/s1600/30560_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdAJiawTg0H8MnGTudXNPcyaXinhVJWVsyIXaU8EWOM4tdTbjPWTFn_IDfPRkBxlr0nC3fz1sShtZpCECvB7kAzZVSQi_3rYy6VgrrcGORzNF_XNWiirjXhrQMh-aDfCcp4U9-UVaum-o3/s640/30560_large.jpg" width="512" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">OITO VIDAS POR UM TÍTULO (1949)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCus2WIqlf4xeqPCpnTMN_p9ijQ9iqPAbGxDvx5lcNUxyZzRI9pdUHsw-ikaP2ZXoI6xlG23wMSwO-seGP3VqKzw4GwYUNMt7xG-XUQ1jDdTdLiU_TJlmqUyxDpyfx5x-9_ErmzYA5Y8OF/s1600/photo-Noblesse-oblige-Kind-Hearts-and-Coronets-1949-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCus2WIqlf4xeqPCpnTMN_p9ijQ9iqPAbGxDvx5lcNUxyZzRI9pdUHsw-ikaP2ZXoI6xlG23wMSwO-seGP3VqKzw4GwYUNMt7xG-XUQ1jDdTdLiU_TJlmqUyxDpyfx5x-9_ErmzYA5Y8OF/s640/photo-Noblesse-oblige-Kind-Hearts-and-Coronets-1949-4.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>No
final da década de 40 e inícios da de 50 do século XX, um dos estúdios ingleses
mais célebres, o Ealing Studio, produziu um conjunto de comédias
verdadeiramente invulgar, pela qualidade do seu humor, pelas características
absolutamente britânicas desse humor, pela excelência da representação (onde
sobressaiu Alec Guiness, entre outros). Títulos como “Whisky Galore!” (1949),
“Passport to Pimlico” (1949), “Kind Hearts and Coronets” (1949), “The Lavender
Hill Mob” (1951), “The Man in the White Suit” (1951), ou “The Ladykillers”
(1955) são hoje em dia considerados clássicos indiscutíveis do chamado humor
inglês. “Oito Vidas por um Título”, “O Homem do Fato Claro” e “O Quinteto era
de Cordas”, sobretudo estes três títulos, são indiscutíveis referências desta
época do cinema britânico e, igualmente, do trabalho excepcional de um actor
que muitos consideram dos melhores de sempre em todo o mundo, Alec Guiness. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Oito
Vidas por um Título” tem como título original “Kind Hearts and Coronets”, que é
uma citação ligeiramente alterada de um poema de um dos mais prestigiados
escritores ingleses, Alfred Lord Tennyson. <span lang="EN-GB">O
poema, “Lady Clara Vere de Vere”, surgiu integrado no livro de 1842, “The Lady
of Shalott and Other Poems”, e podia ler-se assim: “Trust me, Clara Vere de
Vere, / From yon blue heavens above us bent / The gardener Adam and his wife /
Smile at the claims of long descent. / Howe’er it be, it seems to me, / ’Tis
only noble to be good. / Kind hearts are more than coronets, / And simple faith
than Norman blood.” </span>O
título da obra de Robert Hamer filia-se, portanto, neste poema de meados do
século XIX, uma época vitoriana, onde os contrastes sociais eram imensos, a
hipocrisia e a violência constantes.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O filme
de Robert Hammer parte de um argumento escrito pelo próprio Robert Hamer, de
colaboração com John Dighto, segundo romance de Roy Horniman, “Israel Rank: The
Autobiography of a Criminal” (1907), que relatava a vida e as façanhas
criminosas de um judeu de ascendência italiana que confessara a autoria de
vários crimes cometidos ao longo da vida numa sistemática vingança. O romance
conheceu grande sucesso na época, pelo tom cínico e irónico com que relatava as
proezas amorais de um herói pouco provável. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O que
nos dá o filme: em 1868, na cela de uma prisão londrina, na véspera da sua
execução, Louis Mazzani (Dennis Price), duque de Ascoyne, escreve as memórias,
remontando a tempos passados quando a mãe se viu privada dos seus direitos de
nobreza, como represália familiar por ter casado com um “simples” cantor
italiano. Por causa disso, Louis Mazzani jura vingança e procura recuperar o
posto nobilitário perdido, para o que precisa de “anular” oito membros da
família Ascoyne. A narrativa é sóbria e delicada, contrastando em tudo com o
narrado: um a um os vários possíveis pretendentes à sucessão vão sendo
afastados do caminho, através de um pouco de veneno, um tiro de caçadeira, um
pequeno naufrágio, uma morte natural, um balão atravessado por uma seta, uma
explosão, uma colisão marítima, ou mesmo um apetitoso caviar… Há de tudo, um
banqueiro, um padre, um capitão da marinha, um militar, uma senhora sufragista,
um fotógrafo amador, e o mais espantoso é que os oito representantes da
dinastia Ascoyne são todos interpretados brilhantemente por um único actor,
Alec Guiness. De início, ele ia apenas interpretar quatro papéis, mas à medida
que foi interiorizando a família, acabou por a dominar por completo, com uma
mestria invulgar. Guiness era já um actor célebre, mas este filme encarregou-se
de projectar o seu talento, colocando-o entre os melhores actores do mundo.
Diga-se que o filme conta ainda com duas outras representações dignas de referência,
Dennis Price, no cínico e eficaz serial killer dos Ascoynes, e a belíssima Joan
Greenwood, na figura da jovem Sibella, uma notável presença, senhora de uma voz
absolutamente inesquecível. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg27frkeXluBfmwhkHK7GmmLxwP6foXYt6Kzx6nNES9fWF-HLSEO1LCJ0odQNhh3jVRUG3JhYK2HfVQTMHacTBvLSMH1cEhBs8uSRaddwaZBYTkH6PU8wzCntWdoQORRBZfLIblh9x9GKDR/s1600/Annex+-+Guinness%252C+Alec+%2528Kind+Hearts+and+Coronets%2529_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="462" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg27frkeXluBfmwhkHK7GmmLxwP6foXYt6Kzx6nNES9fWF-HLSEO1LCJ0odQNhh3jVRUG3JhYK2HfVQTMHacTBvLSMH1cEhBs8uSRaddwaZBYTkH6PU8wzCntWdoQORRBZfLIblh9x9GKDR/s640/Annex+-+Guinness%252C+Alec+%2528Kind+Hearts+and+Coronets%2529_01.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Situando-se
num período vitoriano, com a burguesia em ascensão, que se estabelecia como
"middle class", limitada a norte pela "upper class",
constituída por uma aristocracia em decadência, mas ainda vigorosa e a ocupar
lentamente os lugares da alta finança e da governação, esta comédia de humor
negro, mas de delicado e elegante humor (o que o torna ainda mais negro), é um
retrato curioso dessa época. A família Ascoyne é um bom exemplo dessa
aristocracia que domina, mas que se autodestrói pela ganância e pelos jogos de
influência e de poder. Tudo com uma fleuma e uma discrição próprias da reserva
britânica, ou não fosse o “humor negro” uma das características mais constantes
da cultura inglesa. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Todos
estes pormenores são descritos por Louis Mazzani que os fixa numas “memórias”
que pretende deixar para a posteridade. Espera-o a forca, na manhã seguinte,
depois de ter sido acusado e sentenciado (injustamente, neste caso) pelo
assassinato de alguém que ele efectivamente não tinha morto. Quando o seu final
de aproxima, ocorre o imprevisto, e quando este o coloca à porta da cadeia, uma
nova reviravolta se anuncia. A ironia nunca se afasta desta obra que se torna
de tal forma incómoda que nos EUA foi censurada, tendo-lhe sido amputados cerca
de seis minutos e alterado o final (a ambiguidade do final inglês foi reduzida
a um final mais politicamente correcto). <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Claro
que este filme, e seguramente a obra de Roy Horniman que lhe está na base,
devem muito a “O Assassinato Considerado como uma das Belas-Artes”, de Thomas
de Quincey, aparecido em livro em 1854, depois de ter surgido no “Blackwood's
Magazine” em 1827, depois em 1839, acompanhado de uma continuação, e finalmente
em volume, com um importante desenvolvimento dedicado aos crimes de John
Williams. Essa visão do assassinato como uma “arte”, mais precisamente uma das “Belas-Artes”,
reflecte esse humor muito próprio dos ingleses, e que este filme tão bem
exemplifica (tal como outras obras de autores tão diversos de Hitchcock aos
Monty Python). Diga-se, concluindo, que o título francês, “Noblesse Oblige”, se
sente muito mais apropriado do que o português “Oito Vidas por um Título”,
demasiado prosaico e pragmático para traduzir correctamente o espírito desta
comédia brilhante.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Não só
no plano do assassinato o filme se mostra um tanto ou quanto iconoclasta. Na
verdade, em 1949, o adultério não era actividade muito vista no cinema, e nunca
antes o fora mostrado numa das inúmeras películas produzidas pelos Ealing
Studio, então dirigidos por Michael Balcon. Foi, pois, com alvoroço que o
produtor viu o filme depois de rodado, descobrindo que Louis Mazzani, além de
assassino, era igualmente um obstinado adúltero que mantinha com Sibella uma
relação carnal (apenas sugerida no filme, mas sugerida de forma muito
persuasiva e intensa) para lá do casamento desta com um amigo. Balcon ainda
tentou remediar as coisas, mas Hamer era um realizador difícil de dobrar e
manteve o filme intocável nesse aspecto. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A
belíssima fotografia a preto e branco de Douglas Slocombe, a direcção artística
de William Kellner, e a área “Il mio Tesoro”, da ópera “Don Giovanni”, de
Mozart, são outros tantos motivos que levaram os inqueridos do British Film
Institute, em 1999, a colocar “Kind Hearts and Coronets” em sexto lugar, entre
os melhores filmes de sempre da cinematografia inglesa. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXeINXS6baV5Ed69oqioINaNPqfwHs5vb4auHQUFjMpL2A1kwdMhshudQnvS9myHQLS4k3NW7ZdoQemUnBbOLMjRJd-013uJghRzQWm4xI6IEb2WkB2qSV8L576lCfT42jB9d7oylpBNkW/s1600/photo-Noblesse-oblige-Kind-Hearts-and-Coronets-1949-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXeINXS6baV5Ed69oqioINaNPqfwHs5vb4auHQUFjMpL2A1kwdMhshudQnvS9myHQLS4k3NW7ZdoQemUnBbOLMjRJd-013uJghRzQWm4xI6IEb2WkB2qSV8L576lCfT42jB9d7oylpBNkW/s640/photo-Noblesse-oblige-Kind-Hearts-and-Coronets-1949-2.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">OITO VIDAS POR UM TÍTULO <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: Kind Hearts
and Coronets<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> Robert
Hamer (Inglaterra, 1949); Argumento: Robert Hamer, John Dighto, segundo romance
de Roy Horniman; Produção: Michael Balcon, Michael Relph; Música: Ernest
Irving; Fotografia (p/b): Douglas Slocombe; Montagem: Peter Tanner; Direcção
artística: William Kellner; Guarda-roupa: Anthony Mendleson; Maquilhagem:
Barbara Barnard, Harry Frampton, Pearl Orton, Ernest Taylor; Direcção de
produção: Leigh Aman, Hal Mason; Assistente de realização: Norman Priggen, John
Hewlett, David W. Orton; Departamento de arte: Grace Bryan-Brown, Norman Dorme,
Roger Hopkin, Jack Shampan, V. Shaw, R. Thurgarland; Som: Stephen Dalby, John
W. Mitchell, Norman King; Efeitos especiais: Geoffrey Dickinson, Sydney
Pearson; Companhia de produção: Ealing Studios (An Ealing Studios Production); <b>Intérpretes:</b> Dennis Price (Louis),
Valerie Hobson (Edith), Joan Greenwood (Sibella), Alec Guinness (a familia
D'Ascoyne: o duque / o banqueiro / o padre / o general / o almiranto carrasco),
Clive Morton (Governador da prisão), John Penrose (Lionel), Cecil Ramage, Hugh
Griffith (Lord High Steward), John Salew (Mr. Perkins), Eric Messiter
(Burgoyne), Lyn Evans, Barbara Leake, Peggy Ann Clifford, Anne Valery, Arthur
Lowe, Stanley Beard, Maxwell Foster, Peter Gawthorne, Molly Hamley-Clifford,
Leslie Handford, Nicholas Hill, Fletcher Lightfoot, Cavan Malone, Laurence
Naismith, Gordon Phillott, Jeremy Spenser, Ivan Staff, Richard Wattis, Carol
White, Harold Young, etc. </span><b>Duração:</b> 106 minutos; Distribuição em
Portugal (DVD): Lusomundo Audiovisuais; Classificação etária: M/12 anos; Data
de estreia em Portugal: 29 de Junho de 1950.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkt0VbzokYmSEx5XPQqyWHmrRS9r0NldIZ8d_n8ufI31HYL41rPDkZ4qPYO4bNDi1rkmNtFBEky2NPGczNXJQVN9ErBAnS_X_nnVXVmjkvMWTjVgLqv4EoAfWGdtMwE6LQrr35ydX0zzbF/s1600/ealing.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkt0VbzokYmSEx5XPQqyWHmrRS9r0NldIZ8d_n8ufI31HYL41rPDkZ4qPYO4bNDi1rkmNtFBEky2NPGczNXJQVN9ErBAnS_X_nnVXVmjkvMWTjVgLqv4EoAfWGdtMwE6LQrr35ydX0zzbF/s1600/ealing.gif" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: large;">EALING STUDIOS</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“Ealing
Studios” é uma produtora de filmes para cinema e de entretenimento diverso para
televisão. Tem uma longa história, sendo presentemente, o mais antigo estúdio
de cinema a operar no mundo. Nasceu em 1902, no local chamado Ealing Green, em
Londres Oeste. Will Barker fundou aí uma produtora chamada “White Lodge”. Em
1931, o produtor teatral Basil Dean, já no sonoro, funda nesse espaço a
Associated Talking Pictures, que se mantém em funcionamento até 1938, quando
entra em declínio. Michael Balcon, vindo da MGM, passa então a controlar os
destinos da produtora, insufla-lhe uma nova vida, com outros colaboradores e
actores, refrescando o ambiente, tornando-a numa casa produtora lendária,
sobretudo através das suas comédias, as “Ealing comedies”, que se instituíram
rapidamente clássicos, a partir do fim da II Guerra Mundial: “Kind Hearts and
Coronets” (1949), “Passport to Pimlico” (1949), “The Lavender Hill Mob” (1951),
e “The Ladykillers” (1955). Os filmes da companhia passam então a ser
distribuídos sob a sigla da “Rank Organisation”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Durante
este tempo, mas sobretudo nos anos 30 e 40, os Ealing Studios não só criam os
seus actores de comédia típicos, como Gracie Fields, George Formby, Stanley
Holloway ou Will Hay, mais tarde Alec Guiness, como se notalibilizam ainda por
outro tipo de filmes, como os documentários realistas durante a II Guerra
Mundial, com títulos que se recordam “Went the Day Well?” <span lang="EN-GB">(1942), “The Foreman Went to France” (1942),
“Undercover” (1943), “San Demetrio London” (1943), entre outros. </span>Ainda em 1945, produz um
thriller em episódios que deixou marca: “Dead of Night”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Depois,
durante quarenta anos, a BBC, entre 1955 e 1995, alugou o espaço e rodou ainda
grande parte do seu material televisivo, telefilmes, séries, programas
diversos. Chegou a possuir nesse espaço mais de 50 salas de montagem. A partir
de 2000, a Ealing Studios passou sobretudo a casa distribuidora, mas algumas
obras foram ainda rodadas nesses estúdios, como “The Importance of Being
Earnest” (2002) ou “Shaun Of The Dead” (2004). Uma escola de cinema também se
serve destes estúdios, a The Met Film School London. <span lang="EN-GB">A morada é: 31,
Grange Road, Ealing, Londres. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-GB"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os principais filmes dos Ealing
Studios: “Hue and Cry” (1947), “Whisky Galore!” (1949), “Passport to Pimlico”
(1949), “Kind Hearts and Coronets” (1949), “The Lavender Hill Mob” (1951), “The
Man in the White Suit” (1951), “The Titfield Thunderbolt” (1953), “The Cruel
Sea” (1953), “The Ladykillers” (1955), “Barnacle Bill” (1956). <span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-46068163657160821922016-09-03T16:16:00.002-07:002016-09-03T16:21:35.021-07:00SESSÃO 48 - 6 DE SETEMBRO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8HszrQgv39_b20BPq5iEDRM__wOUwaO1ii64TWRwZNpJEZGydXbwvtx9s_RCgPzk_FitHe-15x0-x_KZP2KLcEDMgkQtMLD7MCXgbBKhR_pAUXtWm1Fqk-vCX0yYS_OAPjNIXvcjrxt56/s1600/ladykillers-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="470" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8HszrQgv39_b20BPq5iEDRM__wOUwaO1ii64TWRwZNpJEZGydXbwvtx9s_RCgPzk_FitHe-15x0-x_KZP2KLcEDMgkQtMLD7MCXgbBKhR_pAUXtWm1Fqk-vCX0yYS_OAPjNIXvcjrxt56/s640/ladykillers-poster.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O QUINTETO ERA DE
CORDAS (1955)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghwgZdZ6kWcjxUchcpBjA8s9gp1CIyPmpMkGbJlqaYCI3iDsZ4uEaoUsDPPdslBlKjPNoPMW1w-xDSxctk7kglJzDl7UCrUYQraNlxneN1C9ITvRwTtHqPmIEZPlJ0qSM9kCJzbJ7QvNE1/s1600/527526_1020_A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="502" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghwgZdZ6kWcjxUchcpBjA8s9gp1CIyPmpMkGbJlqaYCI3iDsZ4uEaoUsDPPdslBlKjPNoPMW1w-xDSxctk7kglJzDl7UCrUYQraNlxneN1C9ITvRwTtHqPmIEZPlJ0qSM9kCJzbJ7QvNE1/s640/527526_1020_A.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>São
algumas as excelentes comédias produzidas pelos Ealing Studio em Inglaterra, em
finais da década de 40 e inícios da de 50 do século passado. Algumas
excelentíssimas, mas a comédia genial desse período é, decididamente, “O
Quinteto era de Cordas”, uma indiscutível obra-prima que combina na perfeição o
típico humor inglês com o humor negro, neste caso também muito tipicamente
britânico. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Algumas
décadas depois, os magníficos irmãos Cohen tentaram recuperar o clássico, numa
nova versão encabeçada por Tom Hanks, mas esse terá sido um dos poucos
falhanços desta dupla de irmãos. Na verdade, o remake não tem metade da graça
do original. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Tudo
parece perfeito neste filme dirigido com subtileza por um inspiradíssimo
Alexander Mackendrick, com base num belíssimo argumento escrito por William
Rose (que ganharia o Oscar de Melhor Argumento do Ano), e com uma interpretação
absolutamente fabulosa de Alec Guinness, que aqui comanda um gang de que fazem
parte Peter Sellers, Cecil Parker, Danny Green e Herbert Lom, que se instalam
em casa de Mrs. Louisa Wilberforce, uma velhinha saborosamente interpretada por
Katie Johnson. A fotografia é mágica (Otto Heller), a partitura musical é
soberba (Tristram Cary), muito bem acolitada pela sonoplastia que, só por si, é
um achado de humor. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“The
Ladykillers” tem um arranque sem mácula, acompanhando as deambulações de uma
velha senhora que, de sombrinha na mão, passeia pelas ruas londrinas do seu
bairro e visita a esquadra de polícia da área, onde fala com o chefe e lhe
coloca os seus problemas. Percebe-se que é acontecimento recorrente, pela forma
como os agentes a olham e lhe respondem. Até o esquecimento do guarda-chuva é
habitual. Mas, neste universo banal, repetitivo e aparentemente despreocupado,
uma sombra paira, insinuando o perigo, a ameaça. A música sublinha devidamente
o facto, levando a pensar numa influência de “Matou”, de Fritz Lang, mas agora
numa versão satírica. Acompanhamos a velhinha no seu regresso a casa e seguimos
igualmente a sombra que a persegue. Quando ela fecha a porta, a sombra toca à
campainha. Vem responder a um anúncio que oferece o aluguer de quartos. O
Professor Marcus acha o lugar encantador, é mesmo isso que ele precisa, ele que
é professor de música e quer ensaiar com os seus amigos, um quinteto de cordas,
amador, sem a perturbação de vizinhos. A velhinha adora música, clássica de
preferência, acolhe o hóspede com a maior gentileza e, no dia seguinte, vê
chegar o quinteto, com os seus instrumentos, subir escada acima onde se começa
a ouvir uma delicada melodia (que roda num gira-discos), enquanto o gang
prepara um assalto a uma carrinha que transporta muito dinheiro. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Não
vale a pena continuar com a enumeração, o que retiraria suspense à obra. Os
intérpretes são notáveis, a estrutura narrativa é brilhantemente conduzida, o
sublinhar sonoro, musical e de ruídos, é deliciosamente tenebroso, o ambiente
criado em redor da velhinha e do seu acolhedor lar, muito british, é
inesquecível, o guarda-roupa merece referência especial, pelo seu requinte e
invenção (o traje de Alec Guiness com o seu descomunal cachecol ficará para a
História), e, repetimos, “O Quinteto era de Cordas” é uma obra-prima. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Nestes
casos, mais vale comentar pouco e saborear cada minuto da projecção. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7PSz99bHTpXNfoqR23cjB4jgOoh6mnbjuYBOBNETr7Gzb-qkwIvao5Nc92RsKiIPLfKbCtUzZthLqj7cuMu-KIT6PaS82UibtbXDhkoJPhv31Ji6aAPKbe9O14d7GdzvnjzCxK_4DRBOw/s1600/14kehr_CA1-articleLarge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="404" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7PSz99bHTpXNfoqR23cjB4jgOoh6mnbjuYBOBNETr7Gzb-qkwIvao5Nc92RsKiIPLfKbCtUzZthLqj7cuMu-KIT6PaS82UibtbXDhkoJPhv31Ji6aAPKbe9O14d7GdzvnjzCxK_4DRBOw/s640/14kehr_CA1-articleLarge.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O QUINTETO ERA DE
CORDAS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: The
Ladykillers <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> Alexander Mackendrick (Inglaterra, 1955); Argumento: William Rose,
Jimmy O'Connor; Produção: Seth Holt,
Michael Balcon; Música: Tristram Cary;
Fotografia (cor): Otto Heller; Montagem:
Jack Harris; Direcção
artística: Jim Morahan;
Guarda-roupa: Anthony Mendleson;
Maquilhagem: Alex Garfath, Daphne
Martin; Direcção de Produção: Hal Mason,
David Peers; Assistentes de
realização: Tom Pevsner, Michael
Birkett, John Meadows; Departamento de
arte: W. Simpson Robinson; Som: Stephen
Dalby; Efeitos especiais: Sydney
Pearson, Companhias de produção: The Rank Organisation, An Ealing Studios
Michael Balcon; <b>Intérpretes:</b> Alec
Guinness (Professor Marcus), Cecil Parker (Claude ou Major Courtney), Herbert
Lom (Louis ou Mr. Harvey), Peter Sellers (Harry ou Mr. Robinson), Danny Green
(One-Round ou Mr. Lawson), Jack Warner (o superintendente), Katie Johnson (a
velha senhora), Philip Stainton (o
sargento), Frankie Howerd, Madge Brindley, Hélène Burls, Kenneth Connor,
Michael Corcoran, Harold Goodwin, Fred Griffiths, Lucy Griffiths, Phoebe
Hodgson, Vincent Holman, Anthony John, Stratford Johns, Evelyn Kerry, Sam Kydd,
Edie Martin, Jack Melford, Robert Moore, Arthur Mullard, Ewan Roberts, George
Roderick, John Rudling, Leonard Sharp, Peter Williams, Neil Wilson, etc. </span><b>Duração:</b> 91 minutos; Zon Lusomundo; Classificação etária: M/ 12
anos; Data de estreia em Portugal: 22 de Novembro de 1956. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsyKZ2kfJ_NFGpLglURInWZYmSNCScq03tgGfDwi1qORJcRK49HqtV_iri5mDUMXEVuQHjToaq84xUAYbN9sdXWVpdZA83FWF97It-T62JCqyiprKoQ1Fa3me17t37UB5aExIrzc-A2XOM/s1600/Alec_Guinness_6_Allan_Warren.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsyKZ2kfJ_NFGpLglURInWZYmSNCScq03tgGfDwi1qORJcRK49HqtV_iri5mDUMXEVuQHjToaq84xUAYbN9sdXWVpdZA83FWF97It-T62JCqyiprKoQ1Fa3me17t37UB5aExIrzc-A2XOM/s400/Alec_Guinness_6_Allan_Warren.jpg" width="291" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: large;">ALEC GUINNESS
(1914–2000)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Alec
Guinness de Cuffe nasceu a 2 de Abril de 1914 , em Marylebone, Londres,
Inglaterra, e faleceu a 5 de Agosto de
2000 , em Midhurst, Sussex, Inglaterra,
vítima de cancro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Começou
a sua carreira a trabalhar em publicidade. Estudou arte dramática no Fay
Compton Studio of Dramatic Art e estreou-se como actor em 1936, no teatro Old
Vic, em Londres. Em 1941, alistou-se na Marinha. Sempre preferiu o teatro ao
cinema ou à televisão, mas foi no cinema que atingiu a sua glória
internacional. Em 1946, roda, sob a direcção de David Lean, As Grandes
Esperanças e, pouco depois, Oliver Twist. David Lean e Ronald Neame foram dois
realizadores com quem trabalhou diversas vezes. Foi, e continua a ser,
considerado um dos melhores actores ingleses de sempre, tendo estado sempre
entre os três primeiros lugares, e várias vezes no primeiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Casado
com Merula Salaman (1938-2000). Recebeu o título de Sir em reconhecimento pela
sua contribuição para a arte do cinema e teatro. Em 1957, ganhou o Oscar de
Melhor Actor, pelo seu trabalho em “A Ponte do Rio Kwai”. Foi nomeado por mais
três vezes, como actor, e uma como argumentista, "The Horse's Mouth",
uma adaptação do romance de Joyce Cary. Um dos actores mais premiados de
sempre, com troféus nos BAFTAs, nos Globos de Ouro, no Festival de Berlim e no
Festival de Veneza, entre diversos outros. Tem uma estrela no “Passeio da
Fama”, em Hollywood Boulevard, no nº 1551 Vine Street.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escreveu três volumes de memórias:
1985: “Blessings in Disguise”, 1997: “My Name Escapes Me: The Diary of a
Retiring Actor” e 1999: “A Positively Final Appearance: A Journal 1996-98”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Filmografia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como
actor<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1934:
Evensong (Canção de Sempre), de Victor Saville (não creditado); 1946: Great
Expectations (Grandes Esperanças), de David Lean; 1948: Oliver Twist (As Aventuras de Oliver Twist), de David Lean;
1949: Kind Hearts and Coronets (Oito Vidas por um Título), de Robert Hamer; A
Run for Your Money, de Charles Frend; 1950: Last Holiday, de Henry Cass; The
Mudlark (A Rainha e o Vagabundo), de Jean Negulesco; 1951: The Lavender Hill
Mob (Roubei Um Milhão), de Charles Crichton; The Man in the White Suit (O Homem
do Fato Claro), de Alexander Mackendrick; 1952: The Card (Um Homem de Talento),
de Arnold Bennett; 1953: The Square Mile (curta-metragem) (narrador); Malta
Story (A Ilha Heróica), de Brian Desmond Hurst; The Captain's Paradise (O
Paraíso do Capitão), de Anthony Kimmins; 1954: The Stratford Adventure), de
Morten Parker; Father Brown (O Padre Brown Detective), de Robert Hamer; 1955:
Baker's Dozen (TV); 1955: To Paris with Love (Amor à Inglesa... em Paris), de
Robert Hamer; Rowlandson's England, de John Hawksworth (narrador); The Prisoner
(O Prisioneiro), de Peter Glenville; The Ladykillers (O Quinteto Era de
Cordas), de Alexander Mackendrick; 1956: The Swan (O Cisne), de Charles Vidor;
1957: The Bridge on the River Kwai (A Ponte do Rio Kwai), de David Lean;
Barnacle Bill, de Charles Frend; 1958: The Horse's Mouth, de Ronald Neame;
1959: The Scapegoat, de Robert Hamer; Startime (TV) episódio The Wicked Scheme
of Jebal Deeks; 1960: Tunes of Glory (Uma Vez, Um Herói), de Ronald Neame; Our
Man in Havana, de Carol Reed; 1961: A Majority of One, de Mervyn LeRoy; 1962:
Lawrence of Arabia (Lawrence da Arábia), de David Lean; H.M.S. Defiant (Revolta
no Defiant), de Lewis Gilbert; 1964: The Fall of the Roman Empire (A Queda do
Império Romano), de Anthony Mann; 1965: Situation Hopeless... but not Serious
(Situação Desesperada... mas não Grave), de Gottfried Reinhardt; 1965:
Pasternak (curta-metragem); Doctor Zhivago (Doutor Jivago), de David Lean;
1966: The Quiller Memorandum (O Processo Quiller), de Michael Anderson; Hotel
Paradiso (Hotel Paraíso), de Peter Glenville; 1967: The Comedians (Os
Comediantes), de Peter Glenville; The Comedians in Africa(curta-metragem);
1969: Cromwell (Cromwell), de Ken Hughes; ITV Saturday Night Theatre (TV) episódio
Twelfth Night; 1970: Scrooge (Muito obrigado, Sr, Scrooge), de Ronald Neame; 1973: Fratello Sole, Sorella
Luna ou Brother Sun, Sister Moon (S. Francisco de Assis), de Franco Zeffirelli;
Hitler: the Last Ten Days (Hitler: Os Últimos Dez Dias), de Ennio De Concini;
1974: The Gift of Friendship (TV); 1976: Murder by Death (Um Cadáver de
Sobremesa), de Robert Moore; Caesar and Cleopatra, de James Cellan Jones (TV);
1977: To See Such Fun, de Jon Scoffield (documentário); Star Wars Episode IV: A
New Hope (Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança), de George Lucas; 1979:
Tinker, Tailor, Soldier, Spy (TV Mini-série) sete episódios; 1980: Raise the
Titanic (A Guerra dos Abismos), de Jerry Jameson; Star Wars Episode V: The
Empire Strikes Back (Star Wars: O Império Contra-Ataca), de Irvin Kershner; The
Morecambe & Wise Show (TV) episódio Christmas Show; 1981: Little Lord
Fontleroy (O Pequeno Lord), de Jack Gold (TV); 1982: Smiley's People (TV
Mini-série) seis episódios; 1983: Star Wars Episode VI: Return of the Jedi
(Star Wars: O Regresso de Jedi), de Richard Marquand; Lovesick, de Marshall
Brickman; 1984: A Passage to India (Passagem Para a Índia), de David Lean;
Edwin (TV); 1985: Great Performances (TV Série) episódio Monsignor Quixote;
1987: A Handful of Dust (Uma Mão Cheia de Pó), de Charles Sturridge; 1988:
Little Dorrit, de Christine Edzar; 1991: Kafka (Kafka), de Steven Soderbergh;
1992: Performance (TV Série) episódio Tales from Hollywood; 1993: Screen One
(TV Série) episódio A Foreign Field, de Charles Sturridge; 1994: Mute Witness
(Não Falarás!), de Anthony Waller; 1996: Eskimo Day (TV).<span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-86916907142936154102016-08-08T16:11:00.000-07:002016-08-08T16:11:34.975-07:00SESSÃO 41 - 10 DE AGOSTO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ezf1mmkku-RMWKFtaaPRc9SY19mUtFjuYGJJ-aRzS_-m35ziGtvut4gnT0jIBye18V3GrNYLYXnHDZBhUHFcbwqPUO3QugOhlOsd4niS9SOLDXjRjy9ebf3cT-3quwsmFNbn8TyuSarK/s1600/the-russians-are-coming.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ezf1mmkku-RMWKFtaaPRc9SY19mUtFjuYGJJ-aRzS_-m35ziGtvut4gnT0jIBye18V3GrNYLYXnHDZBhUHFcbwqPUO3QugOhlOsd4niS9SOLDXjRjy9ebf3cT-3quwsmFNbn8TyuSarK/s640/the-russians-are-coming.jpg" width="444" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">VÊM AÍ OS RUSSOS, VÊM
AÍ OS RUSSOS </span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">(1966)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPbiW9Xr4qLrszPx9z7jvidIt4AsIXfspl4fIlpL0UIxKiGsnlSwHod54lLelpKYFjOsby8oK-iUYqmGSiSSKm9zKDb74n_yMjAtExK_AoogcEkYie_HN_BIh0Z9tJQQf2scXzX4Ua5LnZ/s1600/the-russians-are-coming-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPbiW9Xr4qLrszPx9z7jvidIt4AsIXfspl4fIlpL0UIxKiGsnlSwHod54lLelpKYFjOsby8oK-iUYqmGSiSSKm9zKDb74n_yMjAtExK_AoogcEkYie_HN_BIh0Z9tJQQf2scXzX4Ua5LnZ/s640/the-russians-are-coming-1.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 107%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 107%;">Norman Jewison
(21.6.1926, Toronto, Canadá) é daqueles sólidos realizadores norteamericanos
que nunca ganharam a estima dos seus iguais. Vários filmes seus disputaram
Oscars (e um ganhou o Oscar de Melhor Filme do Ano: “No Calor da Noite”), mas
nunca as nomeações para Melhor Realizador se traduziram no final por
estatuetas. Ganhou uma, honorária, quase no final da carreira (1999). Depois de
um início passado na televisão, e de algumas comédias no princípio da carreira
no cinema, assinou obras meritórias, como “O Aventureiro de Cincinnati” (1965),
“Vêm aí os Russos, Vêm aí os Russos” (1966),</span><span style="line-height: 107%;"> “</span><span style="line-height: 107%;">No
Calor da Noite” (1967),</span><span style="line-height: 107%;"> “</span><span style="line-height: 107%;">O
Grande Mestre do Crime” (1968),</span><span style="line-height: 107%;"> “</span><span style="line-height: 107%;">Chicago,
Chicago” (1969), “Um Violino no Telhado” (1971),</span><span style="line-height: 107%;">
“</span><span style="line-height: 107%;">Jesus
Cristo Superstar” (1973), “Rollerball - Os Gladiadores do Século XXI” (1975),</span><span style="line-height: 107%;"> “</span><span style="line-height: 107%;">...E Justiça para
Todos” (1979), “A História do Soldado” (1984), “Agnes de Deus” (1985), “O
Feitiço da Lua” (987), entre outras, prolongando o seu trabalho até 2003. Tanto
se empenhou em comédias como em musicais, filmes de tese ou ficção científica,
e sempre acabava bem as empreitadas.<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 107%;">“Vêm aí os Russos,
Vêm aí os Russos”, de 1966, é definitivamente um filme datado. A década de 60
foi interessante de acompanhar quanto à guerra fria que se vivia entre EUA e
URSS. Depois dos momentos de grande tensão, entre 1961 e 1962, com a invasão da
Baía dos Porcos e a Crise dos Mísseis</span><span style="line-height: 107%;"> </span><span style="line-height: 107%;">em
Cuba, as relações entre as duas superpotências parece terem serenado um pouco,
criando indícios de paz ancorados numa possível coexistência pacífica, com
Nixon e Brejenev estabelecendo alguns acordos que serenaram um pouco a ebulição
internacional. É neste contexto que aparece “The Russians Are Coming, the
Russians Are Coming”, com argumento de William Rose, segundo o romance “The
Off-Islanders”, de Nathaniel Benchley. Todo o filme se baseia na histeria norte-americana
quanto a possíveis ataques soviéticos e aponta para uma moralidade final de
concórdia e paz entre os povos (afinal os russos também salvam criancinhas em
lugar de as comerem ao pequeno almoço). <o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 107%;"><br /></span></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguSzMR4bjA5H0qNKn-ja82ddnWU4hJFntgWCZUF6rgkO_Yaia5_z9L7CwsF8LG_WmHolmrNhVt8saxEmd39i25mKuKFQZiu1iUD4uEJhVCS0YUUWg6HobsYLFS6DPs6_9a6yL4AcdJR3uP/s1600/the-russians-are-coming-6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguSzMR4bjA5H0qNKn-ja82ddnWU4hJFntgWCZUF6rgkO_Yaia5_z9L7CwsF8LG_WmHolmrNhVt8saxEmd39i25mKuKFQZiu1iUD4uEJhVCS0YUUWg6HobsYLFS6DPs6_9a6yL4AcdJR3uP/s640/the-russians-are-coming-6.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span style="line-height: 107%;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>A ideia é francamente
divertida: em manobras, certamente de espionagem, perto da costa Oeste norte-americana,
um submarino soviético encalha muito próximo de uma das praias da ilha (fictícia)
de Gloucester. Realmente, o filme foi rodado na costa norte da Califórnia,
principalmente em Mendocino, as cenas do porto são em Noyo Harbor, uma cidade
ao sul de Fort Bragg. O capitão do submarino, um irado e incompetente Спрут
("polvo", na sua tradução), envia a terra o tenente Rozanov,
juntamente com um grupo de oito marinheiros, para encontrarem e “alugarem” um
barco para arrastar o submarino, desencalhando-o e levando-o para o mar alto. O
grupo acaba por ocupar a casa de uma família em férias, os Whittaker, e a
partir daí desencadeia-se a onda de histeria provocada pela “invasão” dos
russos que “descem de paraquedas”, “ocuparam o aeroporto” (e que aeroporto!),
estão um pouco por todo o lado, e às centenas. As peripécias são muitas e
diversificadas, umas são muito bem conseguidas, outras arrastam-se um pouco,
mas o resultado final é hilariante, a “moral” humanista, e sobretudo a
interpretação muito conseguida, com um elenco de habituais segundas figuras,
aqui em momentos de fulgor: Alan Arkin, Carl Reiner, Eva Marie Saint, Brian
Keith, Paul Ford, Theodore Bikel, Tessie O'Shea, John Phillip Law, Ben Blue ou
Michael J. Pollard são inesquecíveis. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Algumas curiosidades
finais: o submarino que aparece no filme foi fabricado pelos produtores, dado
que a marinha dos EUA se recusou a emprestar um e impediu o estúdio de trazer
um submarino russo real. Mas os aviões que se veem, esses são reais, F-101
Voodoo Jets da 84th Fighter-Interceptor Squadron, provenientes da vizinha Base
Aérea de Hamilton. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Diga-se ainda que,
segundo Norman Jewison, o filme teve um impacto considerável tanto em
Washington quanto Moscovo. Um senador, Ernest Gruening, chegou a referir-se a
ele num discurso no Congresso, e uma cópia foi exibida no Kremlin, onde terá
provocado lágrimas nalguns assistentes, entre eles o cineasta Sergei
Bondarchuk. <o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Entre vários outros
prémios e nomeações, “The Russians Are Coming the Russians Are Coming” foi
nomeado para os Oscars de Melhor Filme, Melhor Argumento, Melhor Actor (Alan
Arkin) e Melhor Montagem. Não ganharia nenhum. Mas nos Globos de Ouro teve
melhor sorte. Alcançou o Globo para Melhor Filme de comédia ou musical, e Alan
Arkin levou a estatueta de Melhor Actor na mesma categoria. Foram ainda
nomeados John Phillip Law e o argumento. </b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyThwxpxzjxdulUiCL1phRJnZJa6_yHsBk_c39GL9CfbmWab9W4aaF-_hxJp_SS45HtRe32mO8h5om1bSI2vjkbTr9t3XA81SyLqf_6gcMS33LmRpFWxy2itq0tnrU8m4oG_8m5kvPGm7z/s1600/russians-are-coming.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyThwxpxzjxdulUiCL1phRJnZJa6_yHsBk_c39GL9CfbmWab9W4aaF-_hxJp_SS45HtRe32mO8h5om1bSI2vjkbTr9t3XA81SyLqf_6gcMS33LmRpFWxy2itq0tnrU8m4oG_8m5kvPGm7z/s640/russians-are-coming.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">VÊM AÍ OS RUSSOS, VÊM
AÍ OS RUSSOS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: The Russians Are Coming the Russians
Are Coming <o:p></o:p></span></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-GB">Realização:</span></b><span lang="EN-GB"> Norman Jewison (EUA, 1966); Argumento: William Rose, segundo romance de
Nathaniel Benchley ("The Off-Islanders"); Produção: Norman Jewison,
Walter Mirisch; Música: Johnny Mandel; Fotografia (cor): Joseph F. Biroc;
Montagem: Hal Ashby, J. Terry Williams; Casting: Lynn Stalmaster; Direcção artística: Robert F. Boyle;
Decoração: Darrell Silvera; Maquilhagem:
Del Armstrong, Naomi Cavin, Sydney Guilaroff; Direcção de Produção: Jim
Henderling, Fred Lemoine, Allen K. Wood; Assistentes de realização: Kurt
Neumann, Leslie Gorall; Departamento de arte: Anthony Bavero, Lewis E. Hurst
Jr., James F. McGuire, Thomas J. Wright; Som: Al Overton, Clem Portman, John
Romness, Sidney Sutherland; Efeitos especiais: Daniel Hays; Companhia de
produção: The Mirisch Corporation; <b>Intérpretes:</b>
Carl Reiner (Walt Whittaker), Eva Marie Saint (Elspeth Whittaker), Alan Arkin
(Lt. Rozanov), Brian Keith (chefe de policia Link Mattocks), Jonathan Winters
(Norman Jonas), Paul Ford (Fendall Hawkins), Theodore Bikel (capitão do
submarino),, Tessie O'Shea (Alice Foss (telefonista), John Phillip Law (Alexei
Kolchin), Ben Blue (Luther Grilk), Andrea Dromm (Alison Palmer), Sheldon
Collins (Pete Whittaker), Guy Raymond (Lester Tilly), Cliff Norton, Richard
Schaal, Philip Coolidge, Don Keefer, Cindy Putnam, Parker Fennelly, Doro
Merande, Vaughn Taylor, Johnny Whitaker, Danny Klega, Ray Baxter, Paul Verdier,
Nikita Knatz, Constantine Baksheef, Alex Hassilev, Milos Milos, Gino
Gottarelli, Paul Barselou, Sidney Clute, Laurence Haddon, Paul Lambert, Larry
D. Mann, James McCallion, Michael J. Pollard, etc. </span></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Duração: 126 minutos;
Distribuição em PortugalLNK Audiovisuais; Classificação etária: M/ 12 anos.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-54683833329645247632016-08-08T15:59:00.004-07:002016-08-08T15:59:50.269-07:00SESSÃO 40 - 9 DE AGOSTO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzhKICrINST3oCjKDnsbP8TeK76D0squ-LPc05BQWZ-Wm42i5eEBTdAKnApEtBOv_qssPjfiQ5PYcELwUulelJ9nUOAviF0s_QyxDr2djc0mp699rMeN72Gkazfu1ZB7ZDoGKVL5gl6psd/s1600/1941-film-images-a48034d2-2315-47d2-8367-742095dda36.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzhKICrINST3oCjKDnsbP8TeK76D0squ-LPc05BQWZ-Wm42i5eEBTdAKnApEtBOv_qssPjfiQ5PYcELwUulelJ9nUOAviF0s_QyxDr2djc0mp699rMeN72Gkazfu1ZB7ZDoGKVL5gl6psd/s640/1941-film-images-a48034d2-2315-47d2-8367-742095dda36.jpg" width="426" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">1941: ANO LOUCO EM
HOLLYWOOD (1979)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1EE5IQntzV7rGk7XRNdY1qCy_y9fObOKa_vHYCP3bu-Yrj4zTqyfpniKa60fAWzBKR-gWcMNYqcIE0Dnjs_Fnx5lFz4slqaCk1wYweNgDBHDJfGbuOf7bDyneS4pYHA-tFnm_8KLQZRNV/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1EE5IQntzV7rGk7XRNdY1qCy_y9fObOKa_vHYCP3bu-Yrj4zTqyfpniKa60fAWzBKR-gWcMNYqcIE0Dnjs_Fnx5lFz4slqaCk1wYweNgDBHDJfGbuOf7bDyneS4pYHA-tFnm_8KLQZRNV/s640/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Com
cerca de 30 anos, Steven Spielberg continua o menino-prodígio de Hollywood,
versão anos 70. Que dizer, aliás, de um jovem que com 20 e poucos anos roda Um
Assassino pelas Costas (Duel), para continuar a carreira com obras como Asfalto
Quente, Tubarão e Encontros Imediatos do Terceiro Grau, antes de se estrear
também na comédia, com 1941 - Ano Louco em Hollywood? Deverá chamar-se «genial» a um autor que toca
tantos campos (o filme de violência, o fantástico, a ficção científica, o
terror, a comédia…) e que o faz com tamanho sentido do espectáculo, e uma tal
demonstração de inteligência, lucidez e sensibilidade? <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“1941”
é uma comédia que procura renovar o burlesco, na linha de algumas tentativas
como “O Mundo Maluco”, “A Grandes Corrida à Volta do Mundo”, “Os Alegres
Malucos das Máquinas Voadoras”, entre outros títulos possíveis de citar. A história tem algo a ver com um filme de
Jewison, “Vêm aí os Russos!”, com algumas alterações de data e de inimigo.
Desta feita quem ameaça a paz dos EUA e desencadeia histeria são os nipónicos
comandados por Toshiro Mifune e o seu colaborador nazi, Christopher Lee.
Estamos em Los Angeles-Hollywood; corria, obviamente, o ano 1941. Alguns dias
antes dera-se o massacre de Pearl Harbour. O povo dos Estados Unidos está
particularmente sensível ao avanço dos «amarelos», o que não quer dizer que
Hollywood não continue a produzir e a exibir o «Dumbo» de Walt Disney (que
enternece até às lágrimas o general americano) e a promover grandes concursos
de dança (que por vezes terminam em violentos arraiais de pancadaria, como no
caso vertente Spielberg testemunha com um gosto por um humor destrutivo de uma
agressividade e ritmo nunca vistos em cinema). Mas, no alto da grande roda do
luna-parque dois vigias aí colocados espreitam as possíveis manobras do
inimigo, enquanto o exército coloca tanques e peças anti-aéreas nas quintas dos
arredores («não quero a guerra no meu quintal», grita a dona do terreno
invadido), particularmente bem colocados no caso de um ataque costeiro. Por todo o lado se vê a ameaça «boche», mas
particularmente suspeito é o riso amarelo. Um submarino que se movimenta nas
águas territoriais americanas (e que surge nas imagens iniciais de 1941
parodiando o Tubarão do próprio Spielberg) é seguido com interesse redobrado.
Mas se a histeria é total no campo americano, não é menos autêntica no
submergido mundo nipónico, onde se interroga Hollis Wood (o impagável Slim
Pickens), com base num qui pro quo sonoro.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQv004oDQaOeIzH8X8N9ZyDh7A81_O6HgypKP-yVhOo2vko18z8wUvhVioikBpBJ8-qVnIIMnbtL5YjOP8x-vDBGdeGA8xWXPUJZJF7u4NZfW0JnV3KPs15-PLmJAAj6CTb8H5pPKADg1x/s1600/19412.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQv004oDQaOeIzH8X8N9ZyDh7A81_O6HgypKP-yVhOo2vko18z8wUvhVioikBpBJ8-qVnIIMnbtL5YjOP8x-vDBGdeGA8xWXPUJZJF7u4NZfW0JnV3KPs15-PLmJAAj6CTb8H5pPKADg1x/s640/19412.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O
delírio atinge o paroxismo passadas as cenas iniciais que situam a acção e
definem personagens. A loucura progride e a invenção do humor de John Millius
(argumentista) e Spielberg parte à desfilada com o freio nos dentes. Nada
deterá o piloto que manda encher depósitos de aviões nas estações de gasolina
da estrada, nem os condutores de um tanque de guerra ou os sensuais comandantes
(?) de outro avião que evolui nos céus de Hollywood, ao sabor dos espasmos
amorosos dos seus distraídos tripulantes.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O
antimilitarismo agressivo de 1941 é mais do que evidente, sendo extensivo não
só aos frenéticos generais norte-americanos (onde alguns se chamam Mad e «mad»
são), mas também aos japoneses e alemães, todos eles irmanados numa fúria
destrutiva que parece converter em brincadeira sem significado de maior o
futuro dos seus povos e da humanidade. Mas se este sentimento antimilitarista é
evidente, a verdade é que 1941 não procura carregar demasiado as cores da
«mensagem», para se situar no campo da diversão pura, ainda que sempre
inteligente e excelentemente trabalhada, não só no plano narrativo e rítmico,
como no domínio (aqui impressionante) dos cenários, das massas humanas e do seu
exuberante entrecruzar. O que terá custado à Columbia e à Universal a bonita
quantia de 34 milhões de dólares, gastos a erguer um décor monumental (quase
todo o filme é rodado em cenários e estúdio) para o fazer explodir
seguidamente, à força de rajadas de metralhadora e demais fogo-de-artifício. E
não se diga que é fácil dominar os meios postos à disposição de Spielberg, nem
comandar com o rigor de um ballet os milhares de figurantes que perseguem o
inimigo e exorcizam terror à força de desvairados rasgos de histérica loucura.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNBUIPLMUtJvLnreKDNry8eF8cR01OMbECiAqd-S8f8PcbFADi8MSPrkEnZ5r5c348k59xwUpJXOOOOoXcVMH58sS1N1wR3NspOdCzDGPQKsk3cz02e6Dg_cMg9l2QFs4ejN4-xDBEAjUV/s1600/picturelowres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNBUIPLMUtJvLnreKDNry8eF8cR01OMbECiAqd-S8f8PcbFADi8MSPrkEnZ5r5c348k59xwUpJXOOOOoXcVMH58sS1N1wR3NspOdCzDGPQKsk3cz02e6Dg_cMg9l2QFs4ejN4-xDBEAjUV/s640/picturelowres.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">1941 (ANO LOUCO EM
HOLLYWOOD)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: 1941<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Realização:</b> Steven Spielberg
(EUA, 1979); Argumento: Robert Zemeckis, Bob Gale e John Milius; Música: John
Williams; Fotografia (cor): William A. Fraker; Produção: Buzz Feitshans, John
Milius, Michael Kahn e Janet Healy; Montagem: Michael Kahn; Design de produção:
Dean Edward Mitzner; Direcção artística: William F. O´ Brien; Decoração: John Austin e Jim Hasinger;
Guarda-roupa: Deborah Nadoolman; Maquilhagem: Bob Westemoreland; Direcção de
Produção: Chuck Myers e Herb Willis; Assistentes de
realização: Jerry Ziesmer, Steve Perry e Chris Soldo; Som: Gene Cantamesa, Buzz Knudson, Robert
Glass, Don MacDougall e Chris Jenkins; Coreografia: Paul de Rolf e Judy van
Wormer; Efeitos especiais: A.D. Flowers; Efeitos visuais: L.B. Abbott, Larry
Albright, Larry Robinson; Companhias de produção: A-Team Productions para a
Universal e Columbia Pictures; <b>Intérpretes:</b>
Dan Aykroyd (sargento Tree), Ned Beatty (Ward Douglas), John Belushi (Wild Bill
Kelso), Lorraine Gary (Joan Douglas), Murray Hamilton (Claude), Christopher Lee
(capitão con Kleinschmidt), Tim Matheson (capitão Loomis Birkhead), Toshiro
Mifune (comandante Miramura), Warren Oates (coronel Maddox), Robert Stack
(general Joseph W. Stilwell), Treat Williams (Sitarski), Nancy Allen (Donn
Stratton), Lucille Bensen («Gas Mama»), Jordan Brian (Macey), John Candy
(Foley), Elisha Cook (o patrão), Eddie Deezen (Herb), Bobby DiCicco (Wally),
Dianne Kay (betty Douglas), Perry Lang (Dennis), Patti PuPone (Lydia Hedberg),
J. Patrick McNamara (sargento Willard Dubois), Frank McRae (Quincy Jones),
Penny Marshall (Miss Fitzroy), Stephen Mond (Gus Douglas), Slim Pickens (Hollis
Wood), Wendie Jo Sperber (Maxine), Lionel Stander (Angelo Scioli), Dub Taylor
(Sr. Malcomb), Ignatius Wolfington (Meyer Mishkin), Christian Zika (Stevie
Douglas), Sam Fuller (o comandante), Mickey Rourke (Reese), John Landis
(Mizerany), Michael McKean (Willy). </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Duração: 118 minutos;
Distribuição em Portugal: Lusomundo Audiovisuais; Classificação etária: M/ 12
anos; Data de estreia em Portugal: 28 de Março de 1980.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-34710956812515855472016-07-17T17:02:00.001-07:002016-07-17T17:02:54.778-07:00SESSÃO 35 - 20 DE JULHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAgwR7w65rWqWUdSNdl5utUseTUly2hE8pJA9jM0ihufiO8dOu0VRkh8tH09GtvQDpKBZYe22s5LHUpmy3Ymf9ZJQxQ86GNnTcdawlp850t8uu76xU3-itJlKEzhMQKsckWOvmMF7WwqN5/s1600/airplane.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAgwR7w65rWqWUdSNdl5utUseTUly2hE8pJA9jM0ihufiO8dOu0VRkh8tH09GtvQDpKBZYe22s5LHUpmy3Ymf9ZJQxQ86GNnTcdawlp850t8uu76xU3-itJlKEzhMQKsckWOvmMF7WwqN5/s640/airplane.jpg" width="426" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O AEROPLANO (1980)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtHMZZA7Iz9SzJQhFww0UpjUIHYa4aYXLj1Yc8fIBfrUcdrwAvbZnFbp1AKfYZuZNgWAEMKiK7t-J5Gci98-bwQrXckesNwZbFMoR_ViJMVahPQfGKg0H1PLsPVyhBJBzRrA2RVuAPkLM_/s1600/airplane-II-DI.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtHMZZA7Iz9SzJQhFww0UpjUIHYa4aYXLj1Yc8fIBfrUcdrwAvbZnFbp1AKfYZuZNgWAEMKiK7t-J5Gci98-bwQrXckesNwZbFMoR_ViJMVahPQfGKg0H1PLsPVyhBJBzRrA2RVuAPkLM_/s640/airplane-II-DI.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Esta
é, justificadamente, uma das comédias norte-americanas de maior sucesso de
sempre. Com um orçamento na ordem dos 3.500.000 dólares, fez receitas que
ultrapassaram os 130.000.000, o que é um indicador, mas não diz tudo, ou dirá
muito pouco da qualidade do filme. Mas, como principiei por dizer, esta é uma
obra que merece bem o êxito que conheceu, e continua a granjear um pouco por
toda a parte. Trata-se de um filme que começa por parodiar alguns outros que
lhe são obviamente anteriores e que se centravam em voos acidentados que davam
por vezes excitantes (outras vezes nem tanto) filmes-catástrofe. Sobretudo a
série “Aeroporto” é obviamente visada, com as suas três versões, “Aeroporto
75”, de Jack Smight (1974), “Aeroporto 77”, de Jerry Jameson (1977) e “Aeroporto
80”, de David Lowell Rich (1979), sendo, no entanto, a mais citada uma outra
película de 1957, “A Hora Zero”, de Hall Bartlett, com Dana Andrews, Linda
Darnell e Sterling Hayden, e que baseava o suspense da sua intriga num voo
durante o qual se declarava uma generalizada intoxicação a bordo, com
passageiros e tripulantes envenenados por algo que comeram. Em 1980,
“Aeroplano” retoma esta estrutura, mas em vez de explorarem o clima dramático,
parodiam-no, criando uma sátira a este tipo de filme-catástrofe extremamente
bem conseguida, com um argumento inventivo e deliciosamente gozado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas
não são só os filmes-catástrofe que são visados. As primeiras imagens de “O
Aeroplano” parodiam desde logo “Tubarão”, com a cauda de um avião a atravessar
as nuvens, suportado por uma partitura musical que relembra directamente o
clássico de Steven Spielberg. Este tipo de referência mantém-se ao longo de
todo o voo, ora citando “Febre de Sábado à Noite” (1977), ora “Música no
Coração” (1965), ora outros títulos de alusão mais ou menos óbvia. Mas parodiar
outros filmes não é, por si só, algo que mereça ser olhado com especial
relevância. Neste caso, o que valoriza esse elemento é o aproposito das
citações, a forma como elas se integram no conjunto, e o tipo de humor que
provocam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4prSQjgSnTiJWVXFD4ENjIvfupOfS0tHQfQ_tk9_H7viqN9NvOWAz4imjiel2Pj3OH9evHoDZaymzmFIB6N4QbtF0UoOrwx8ynDTiRJmW_0vwxnHnpXtjD2EMeYjTgpd3uU-xjr-3VcKf/s1600/airplane2.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4prSQjgSnTiJWVXFD4ENjIvfupOfS0tHQfQ_tk9_H7viqN9NvOWAz4imjiel2Pj3OH9evHoDZaymzmFIB6N4QbtF0UoOrwx8ynDTiRJmW_0vwxnHnpXtjD2EMeYjTgpd3uU-xjr-3VcKf/s640/airplane2.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É
o voo 209 com partida de Los Angeles e destino a Chicago que está no centro
desta obra. Ted Shiker, um taxista, traumatizado com a anterior experiência
como piloto de guerra, resolve deixar à porta do aeroporto um cliente à sua
espera, enquanto procura demover a sua namorada Elaine, uma hospedeira de
bordo, de cortar com a relação. Os seus esforços são extremos, vão ao ponto de
comprar um bilhete e fazer a viagem para tentar falar com a namorada e
dissuadi-la da ruptura. Elaine, porém. Está inamovível. Mas o pior está para
acontecer: os passageiros do voo vão, um a um, sendo vítimas de uma intoxicação
alimentar e a viagem tornar-se-ia numa verdadeira tragédia, sobretudo quando
todo o pessoal do cockpit cai para o lado, e deixa o avião entregue a um piloto
automático que também acabará por se desligar, se não estivessemos perante uma
comédia absolutamente delirante, onde os gags se sucedem a um ritmo
vertiginoso, com excelentes actores a sustentarem personagens inesquecíveis.
Jim Abrahams e os irmãos Jerry Zucker e David Zucker assinam a realização e o
argumento desta produção de Jon Davison e Howard W. Koch, onde surge um elenco
notável, onde sobressaem os nomes de Robert Hays, Julie Hagerty, o
ex-basquetebolista Kareem Abdul-Jabbar, Lloyd Bridges, Leslie Nielsen, Peter
Graves, Robert Stack, entre outros. Tanto a partitura musical de Elmer
Bernstein como a fotografia de Joseph F. Biroc contribuem para o sucesso final,
que foi responsável por uma continuação, “Aeroplano II: A Loucura Continua” (Airplane
II: The Sequel, 1982), com um elenco semelhante, mas um novo realizador, Ken
Finkleman, e por um conjunto de outras comédias que reuniram o grupo, “Ultra
Secreto”, “Ases pelos Ares”, 1 e 2, ou a série televisiva “Aonde<span style="color: red;"> </span>é que Pára a Polícia”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">“O
Aeroplano” afirma-se assim como um sólido clássico no domínio da comédia. Na
listagem das melhores comédias de sempre, organizada pelo American Film
Institute, encontra-se situada em décimo lugar, enquanto numa sondagem
organizada pelo britânico Channel 4, foi considerada a segunda melhor comédia
de todos os tempos. Vários foram os prémios recolhidos em certames e festivais.
Mas o melhor de tudo é a recepção do público, cada vez que o filme é exibido em
salas de cinema ou em canais de TV. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjawPciECROn0ZXW-59sFgcLn0tR-0sEap6CJamcQaWk89gpseQ7c2JIp5NmQzk1bzl0lOUemAVbHl0NQlSVVXeJMT3s0GbZDydanPPv7b2MPh4zaMkc8o-1sEFgD5HiNFBXAD8_kM-59-s/s1600/MTMxMTc0MTUyNTc1OTIwNzcx.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjawPciECROn0ZXW-59sFgcLn0tR-0sEap6CJamcQaWk89gpseQ7c2JIp5NmQzk1bzl0lOUemAVbHl0NQlSVVXeJMT3s0GbZDydanPPv7b2MPh4zaMkc8o-1sEFgD5HiNFBXAD8_kM-59-s/s640/MTMxMTc0MTUyNTc1OTIwNzcx.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O AEROPLANO <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original:
Airplane! <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-US">Realização:</span></b><span lang="EN-US"> Jim Abrahams, David Zucker, Jerry Zucker (EUA, 1980); Argumento: Jim
Abrahams, David Zucker, Jerry Zucker e ainda (não creditados), Arthur Hailey,
John C. Champion, Hall Bartlett, Arthur Hailey; Produção: Jim Abrahams, Jon
Davison, Howard W. Koch, Hunt Lowry, David Zucker, Jerry Zucker; Música: Elmer
Bernstein; Fotografia (cor): Joseph F. Biroc; Montagem: Patrick Kennedy;
Casting: Joel Thurm; Design de produção: Ward Preston; Decoração: Anne D.
McCulley; Guarda-roupa: Rosanna Norton; Maquilhagem: Edwin Butterworth, Joan
Phillips, Rob Bottin; Direcção de Produção: Maurice Vaccarino, Lindsley Parsons
Jr.; Assistentes de realização: Daniel Attias, Kenneth D. Collins, Arne
Schmidt; Departamento de arte: Jeff Clark, Wally Graham, Mike Higelmire, Joseph
E. Hubbard, Steven M. Levine; Som: David E. Campbell, Bill Henderson, David J.
Hudson, Dennis Jones, Tom Overton, John T. Reitz, James Troutman; Efeitos
especiais: John Frazier, Chris Walas; Efeitos visuais: Max W. Anderson, Robert Blalack,
Chris Casady, Donald Hansard Sr., Bill Hedge, Richard O. Helmer, Peter Kuran,
Bruce Logan, Jamie Shourt; Companhia de produção: Paramount Pictures; <b>Intérpretes:</b> Robert Hays (Ted Striker),
Julie Hagerty (Elaine Dickinson), Leslie Nielsen (Dr. Barry Rumack), Peter
Graves (Capitão Clarence Oveur), Lloyd Bridges (Steve McCroskey), Robert Stack
(Capitão Rex Kramer), Lorna Patterson (Randy, a aeromoça loira), Stephen
Stucker (Johnny Henshaw-Jacobs), Frank Ashmore (Victor Basta), Jonathan Banks
(Gunderson), Berenson (Paul Carey), Barbara Billingsley (Jive Lady), Lee Bryant
(Mrs. Hammen), Nicholas Pryor (Sr. Jim Hammen), Joyce Bulifant (Sra. Davis),
Craig Marcy Goldman (Sra. Geline), Barbara Stuart (Sra. Kramer), Ross Harris
(Joey Hammen), Jim Abrahams (religioso zelota), James Hong, Norman Alexander
Gibbs, Kareem Abdul-Jabbar, Roger Murdock, Al White, David Leisure, Jill
Whelan, Ethel Merman, Lee Terri, Howard Jarvis, Otto, etc. </span><b>Duração:</b></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> 88 minutos;
Distribuição em Portugal: Lusomundo Audiovisuais / Paramount; Classificação
etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 19 de Dezembro de 1980.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-4052767937549707132016-07-17T16:54:00.000-07:002016-07-17T16:54:24.465-07:00SESSÃO 34 - 19 DE JULHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7Z_IKDvTROFP6SqvF1_zjPLZQDT7dAfNgx99bYRReirKO00qUODwT5Ln2J3LqMWG5G2HUrlUjnrgL6OkrazJAhx08BdkMDA5nxmC53FrttXjy5E_v67EQaSHGi4-_6m2Wofdt26rAK3BS/s1600/annie_hall1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7Z_IKDvTROFP6SqvF1_zjPLZQDT7dAfNgx99bYRReirKO00qUODwT5Ln2J3LqMWG5G2HUrlUjnrgL6OkrazJAhx08BdkMDA5nxmC53FrttXjy5E_v67EQaSHGi4-_6m2Wofdt26rAK3BS/s640/annie_hall1.jpg" width="426" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">ANNIE HALL (1977)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQY02EGeCYD1fFaMqVM6TpC_iz4kQm3w4CJp9zGcTG0h1k0AAqETBj03zAyqsib3gpKYj7BVLscr-KHYH44lDGYMwm7OpLmarmeAzp7n5qv0hCRt7XC3RJjkg8Dt33Kpex9Tnm-ayrczBB/s1600/annie_0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQY02EGeCYD1fFaMqVM6TpC_iz4kQm3w4CJp9zGcTG0h1k0AAqETBj03zAyqsib3gpKYj7BVLscr-KHYH44lDGYMwm7OpLmarmeAzp7n5qv0hCRt7XC3RJjkg8Dt33Kpex9Tnm-ayrczBB/s640/annie_0.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>O
lado aparentemente confessional de “Annie Hall” (mas suficientemente equívoco,
nos limites entre o “confessado” e o “imaginado”, para se furtar a qualquer
interpretação mais abusiva) é algo que se vem repercutindo de filme para filme
de Woody Allen, desde “O Inimigo Público”. As alusões à infância, aos pais, à
vida em família, à desadaptação, aos traumas e às obsessões (a morte e o sexo,
em grande plano), tudo isso se identifica com um discurso que se vem
reproduzindo invariavelmente desde o início da carreira, ainda que obedecendo a
uma certa maturação progressiva.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>“Annie
Hall” é a história de um casamento que se desagrega e cujo passado se
interroga. A impossibilidade das relações humanas, para lá do amor que
continuamente se confessa (“Annie Hall” é, por detrás do filme que se
representa, uma declaração de amor de Woody Allen a sua ex-mulher, Diane
Keaton). Sintoma de uma esquizofrenia domesticada e latente, que emerge de “uma
maneira americana de viver”, as personagens interpretadas por Woody Allen e
Diane Keaton oferecem-nos o retrato da sua instabilidade, do nervosismo
galopante que tudo invade e corrói, e dos subterfúgios inventados para desviar
a atenção do essencial, da aspirina à droga, da psicanálise à televisão. Com um
olhar de grande agressividade crítica na solidão dos seus gestos e no desespero
do seu olhar, Woody Allen investe contra a mentira da vida e a hipocrisia do
espectáculo, tendo por pano de fundo o “Face to Face”, de Bergman e “Chantons
sous l’Occupation”, de Ophuls. De Bergman, o confronto do casal que analisa as
ruínas; de Ophuls o drama do judeu que Allen não renega e constantemente
relembra. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Viagem
pelos grandes mitos da sociedade e da civilização norte-americanas, “Annie
Hall” é um filme de um humor cerebral, inferiorizado, discreto, que explode por
vezes, como nas sequências consagradas a Hollywood, Beverly Hills, Los Angeles,
o cinema das “majors” e a televisão (esta última tratada com a raiva que
provoca o vómito e o estertor).<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqjG8PAOt_sPEINCXpVHeSfqGOjKSuxHEYtnVhBY5kzojd5v1TctS_Ig5tl083C-FHMGaylM1k7JYYJ6UUak7LgL1jbP1aPuvvUQGyxR3_0WkITqybtOC5S6WZsH2uLTMca8edtKOpHrW1/s1600/AnnieHall_055Pyxurz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="488" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqjG8PAOt_sPEINCXpVHeSfqGOjKSuxHEYtnVhBY5kzojd5v1TctS_Ig5tl083C-FHMGaylM1k7JYYJ6UUak7LgL1jbP1aPuvvUQGyxR3_0WkITqybtOC5S6WZsH2uLTMca8edtKOpHrW1/s640/AnnieHall_055Pyxurz.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Nesta
sua obra, Woody Allen não será tão freneticamente cómico como nalgumas outras
anteriores. Mas a qualidade do olhar amadurece com a experiência, enquanto o
estilo se torna mais fluente e a modernidade da narrativa brota sem artifícios
nem rebuscamentos. “Annie Hall” é um filme que se sente rodado na primeira
pessoa do singular. Um autor que se confessa, mesmo quando mente ou julga
mentir, quando inventa ou julga inventar. É Woody Allen quem nos surge sempre,
de olhos nos olhos, desafiando o espectador. Coloquial, como quando “saca”
Marshall McLuhan de detrás de um cartaz para contrapor a essência da sua teoria
às “explicações” levianas de um emproado “prof.”. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Se
a obra de Woody Allen nos aparecia até aqui particularmente rica e promissora,
a verdade é que muito se poderia continuar a esperar do talento e do universo
caótico desta humorista-moralista que, fotograma a fotograma, nos vai dando o
seu retrato da vida e da América. Acompanhado de cartas de amor, voluptuoso e
arrebatado. E como é belo o cinema que se escreve com amor, de Sternbeng a
Godard! </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_rMNRks_6eVO4y-mzR6jr-fz9JELzY9FAKbJzdcmqRRPxypypxvNE9dnIt8EImPyBGhzOyOkqjS_F1iVfJ8a0WBycXH2OyqScLfkOpxIMVVetKAkyMe_0QwGn0UCkIW6IIgeYpH7i8Le/s1600/060D79C70000044D-3317645-Woody_Allen_s_film_Annie_Hall_has_beaten_off_competition_from_th-a-9_1447446486628.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="504" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_rMNRks_6eVO4y-mzR6jr-fz9JELzY9FAKbJzdcmqRRPxypypxvNE9dnIt8EImPyBGhzOyOkqjS_F1iVfJ8a0WBycXH2OyqScLfkOpxIMVVetKAkyMe_0QwGn0UCkIW6IIgeYpH7i8Le/s640/060D79C70000044D-3317645-Woody_Allen_s_film_Annie_Hall_has_beaten_off_competition_from_th-a-9_1447446486628.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-outline-level: 3; page-break-after: avoid; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">ANNIE HALL<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Título original: Annie Hall
<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-GB">Realização:</span></b><span lang="EN-GB"> Woody Allen (EUA, 1977);
Argumento: Woody Allen, Marshall Brickman; Fotografia (cor):Gordon Willis;
Montagem: Wendy Greene Bricmont, Ralph Rosenblum; Casting: Juliet Taylor;
Direcção artística: Mel Bourne; Decoração: Robert Drumheller, Justin Scoppa
Jr.; Guarda Roupa: Ralph Lauren,Ruth Morley; Maquilhagem: Fern Buchner, Romaine
Greene, John Inzerella, Vivienne Walker; Direcção de produção: Robert Greenhut;
Assistentes de realização: Frederic B. Blankfein, C. Tad Devlin, Fred T. Gallo;
Departamento de Arte: Joseph Badalucco Jr., Barbara Krieger, Pat O'Connor,
Thomas Saccio, Cosmo Sorice, Joe Williams Sr.; Som: Jack Higgins, James
Pilcher, James Sabat, Dan Sable, William S. Scharf; Produção: Fred T. Gallo,
Robert Greenhut, Charles H. Joffe, Jack Rollins; <b>Intérpretes:</b> Woody
Allen (Alvy Singer), Diane Keaton (Annie Hall), Tony Roberts (Rob), Carol Kane
(Allison), Paul Simon (Tony Lacey), Shelley Duvall (Pam), Janet Margolin
(Robin), Colleen Dewhurst (Mama Hall), Christopher Walken (Duane Hall), Donald
Symington (Papa Hall), Helen Ludlam, Mordecai Lawner. Joan Neuman, Jonathan
Munk, Ruth Volner, Martin Rosenblatt, Hy Anzell, Rashel Novikoff, Russell
Horton, Marshall McLuhan, Christine Jones,Mary Boylan, Wendy Girard, John
Doumanian, Bob Maroff, Rick Petrucelli, Lee Callahan, Chris Gampel, Dick
Cavett, Mark Lenard, Dan Ruskin, John Glover, Bernie Styles, Johnny Haymer, Ved
Bandhu, John Dennis Johnston, Laurie Bird, Jim McKrell, Jeff Goldblum, William
Callaway, Roger Newman, Alan Landers, Tracey Walter, David Wier, Keith Dentice,
Susan Mellinger, Hamit Perezie, James Balter, Eric Gould, Amy Levitan, Gary
Allen, Frank Vohs, Sybil Bowan, Margaretta Warwick, Lucy Lee Flippin, Gary Mule
Deer, Sigourney Weaver, Walter Bernstein, Truman Capote, etc. ; <b>Duração:</b>
93 minutos; Distribuição em Portugal (DVD): LNK; Classificação etária: M/ 12
anos; Estreia em Portugal: 30 de Março de 1978.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJsn01bBgBv-w4Oi6Gsd2Vkp1bbwnPFIBVXOTb9_Eu9n7Fed687P647wl8mujP4n-vqYwJwSh2r6eU_hQTm6dPCqi2zUloMyoNJ9Nj1tVK_UsfE8WEGKfxHUzfzNvoB5siZJlLcOh4NMMm/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJsn01bBgBv-w4Oi6Gsd2Vkp1bbwnPFIBVXOTb9_Eu9n7Fed687P647wl8mujP4n-vqYwJwSh2r6eU_hQTm6dPCqi2zUloMyoNJ9Nj1tVK_UsfE8WEGKfxHUzfzNvoB5siZJlLcOh4NMMm/s640/maxresdefault.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">WOODY ALLEN<o:p></o:p></span></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b><span lang="EN-GB">Filmografia / como
realizador:</span></b><span lang="EN-GB">
1967: What's Up, Tiger Lilly? </span>(Que Há de Novo Gatinha?)
(filme japonês de acção, assinado por Senkichi Taniguchi, recriado por W. A. Na
sua versão norte-americana); 1969: Take the Money and Run (O Inimigo Público);
1971: Bananas (Bananas); 1972: Everything You Always to Know About Sex, But
Were Afraid To Ask (O ABC do Amor); 1973: Sleeper (O Herói do Ano 2000); 1975:
Love and Death (Nem Guerra, Nem Paz); 1977: Annie Hall (Annie Hall); 1978:
Interiors (Intimidade); 1979: Manhattan (Manhattan); 1980: Stardust Memories
(Recordações); 1982: A Midsummer Night's Sex Comedy (Uma Comédia Sexual numa
Noite de Verão); 1983: Zelig (Zelig); 1984: Broadway Danny Rose (O Agente da
Broadway); 1985: The Purple Rose of Cairo (A Rosa Púrpura do Cairo); 1986:
Hannah and her Sisters (Ana e as Suas Irmãs); 1987: Radio Days (Os Dias da
Rádio); 1987: September (Setembro); 1988: Another Woman (Uma Outra Mulher);
1989: New York Stories (Histórias de Nova Iorque) (episódio "Oedipus
Wrecks"); 1989: Crimes and Misdemeanors (Crimes e Escapadelas); 1990:
Alice (Alice); 1991: Shadows and Fog (Sombras e Nevoeiro); 1992: Husbands and
Wives (Maridos e Mulheres); 1993: Manhattan Murder Mystery (O Misterioso
Assassínio em Manhattan); 1994: Bullets Over Broadway (Balas Sobre a Broadway);
1995: Mighty Aphrodite (Poderosa Afrodite); 1996: Everyone Says I Love You
(Toda a Gente Diz Que Te Amo); 1997: Deconstructing Harry (As Faces de Harry);
1998: Celebrity (Celebridades); 1999: Sweet and Lowdown (Através da Noite);
2000: Small Time Crooks (Vigaristas de Bairro); 2001: The Curse of Jade
Scorpion (A Maldição do Escorpião de Jade); The Concert for New York City (TV
documentário) (episódio "Sounds from the Town); Sounds from a Town I Love
(TV curta metragem); 2002: Hollywood Ending (Hollywood Ending); 2002: Anything
Else (Anything Else - A Vida e Tudo o Mais); 2004: Melinda and Melinda (Melinda
e Melinda); 2005: Match Point (Match Point); 2006: Scoop (Scoop); 2006: Home;
2007: Cassandra's Dream (O Sonho de Cassandra); 2008: Vicky Cristina Barcelona
(Vicky Cristina Barcelona); 2009: Whatever Works (Tudo Pode Dar Certo); 2010:
You Will Meet a Tall Dark Stranger (Vais Conhecer o Homem dos Teus Sonhos);
2011: Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris); 2012: To Rome with Love (Para
Roma com Amor); 2013: Blue Jasmine (Blue Jasmine); 2014: Magic in the Moonlight
(Magia ao Luar); 2015: Irrational Man (Homem Irracional); 2016: Café Society;
Projecto sem título de Woody Allen Project, série de tv em 6 episódios.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-33036281612953761602016-07-11T09:17:00.002-07:002016-07-17T16:58:14.419-07:00SESSÃO 33 - 13 DE JULHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiWVMwxCT_oEDFBOYaqTWxHVUAQtBBH3IhPqsMY2noCcOXrfoQ84YXlRRLQk4Rb1km2fLiVfGOc1rLIJilmZfve11TAVZh-HRYocAZQSwaYH1JDGKbf85ShZVaf_DLr9hHI0VnEf6sQeFq/s1600/take+the+money+and+run.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiWVMwxCT_oEDFBOYaqTWxHVUAQtBBH3IhPqsMY2noCcOXrfoQ84YXlRRLQk4Rb1km2fLiVfGOc1rLIJilmZfve11TAVZh-HRYocAZQSwaYH1JDGKbf85ShZVaf_DLr9hHI0VnEf6sQeFq/s640/take+the+money+and+run.jpg" width="470" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">WOODY ALLEN E “O INIMIGO PÚBLICO”</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPmQpWPoJ9yBicMUjirtmf_e0xIK7xWpXbDFiWIcQWkv1Knmi4g71Gx_vRxAgOEuETZA6rcTXL7lT0rdt33lfjqPlFMZZBkNlfrORHmU1qXYQPwpeFnk90sA7GI2T9Az4q6oR15DbaVVf3/s1600/virgil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPmQpWPoJ9yBicMUjirtmf_e0xIK7xWpXbDFiWIcQWkv1Knmi4g71Gx_vRxAgOEuETZA6rcTXL7lT0rdt33lfjqPlFMZZBkNlfrORHmU1qXYQPwpeFnk90sA7GI2T9Az4q6oR15DbaVVf3/s640/virgil.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Autor de
mais de cinco dezenas de obras (que realiza à media de uma por ano), Woody
Allen é, indiscutivelmente, um dos maiores cineastas vivos e um dos mais
importantes retratistas da nossa sociedade. Não se trata de um autor que
procure grandes orçamentos e temas grandiloquentes. A sua arte é quase a do
miniaturista que gosta de analisar pequenas células familiares e os reduzidos
orçamentos permitem-lhe a total liberdade de acção que de outra forma não
conseguiria. O prestígio de que goza junto dos actores leva-o a poder escolher
quem quer para ser por si dirigido (os elencos das suas obras são quase um
dicionário de actores americanos contemporâneos, e não só!) e as equipas
técnicas mantêm-se de filme para filme, com raras excepções, o que indicia
também uma “família” técnica a rodear o cineasta. Na verdade vários dos mais
reputados técnicos colaborarem com ele (na direcção de fotografia, por exemplo,
Gordon Willis, Carlo Di Palma, Sven Nikvist, Zhao Fei sucedem-se ao longo de
quase cinquenta anos, alguns com bastante insistência).<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Nascido
em Nova Iorque, a 1 de Dezembro de 1935 (signo Sagitário, a quem pertencem,
entre outros, Jean Genet, William Blake, Edith Piaf, Heine Rilke, Toulouse
Lautrec, Florbela Espanca...), de origem judaica, o seu nome de baptismo é
Allen Stewart Konisberg. O pai, Martin Konisberg, trabalhou durante grande
parte da sua vida no negócio de diamantes e foi empregado do Sammys Bougery
Follies. Informações que não são, todavia, concordantes com a descrição do
próprio Woody Allen, que, deste período da sua vida, disse, certamente em tom
de “blague”: “Nasci numa família “burguesa”: o meu pai era motorista de táxi e
a minha mãe vendia flores. Como não arranjaram vaga na escola para mim,
colocaram-me num colégio para atrasados mentais”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPeeRvS9SM2lpWiCRJeYPSuJbIFpftrDWXNNZrOATtCSHPWxwArPh4-7JsY9uEcQvKNm5dBNV_YXpCpX90UW6Sjj2y5Di4HyABKwz-3jvLF9S6ErrJI9dYMtcUo4PFJs2x-iDJT0n8YU1w/s1600/Screen-Shot-2015-01-03-at-9.02.33-pm.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPeeRvS9SM2lpWiCRJeYPSuJbIFpftrDWXNNZrOATtCSHPWxwArPh4-7JsY9uEcQvKNm5dBNV_YXpCpX90UW6Sjj2y5Di4HyABKwz-3jvLF9S6ErrJI9dYMtcUo4PFJs2x-iDJT0n8YU1w/s640/Screen-Shot-2015-01-03-at-9.02.33-pm.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>E
continuou: “Aos 12 anos ainda fazia bolinhas nos cadernos. Aos 15, sonhava ser
agente secreto: estudava impressões digitais, lia tudo sobre crimes e só
esperava pelo momento de ser contratado pelo FBI. Mais tarde, ao saber que os
agentes secretos tinham de engolir os microfilmes, e, como o meu médico me
tinha proibido de comer gelatina, comecei a estudar artes mágicas. Cansei-me
logo de tantos coelhos, lenços e caixas secretas e, como não tenho boa memória,
acabaria certamente por enforcar os coelhos nos lenços. Assim, decidi
escrever... anedotas. De dia trabalhava em relações públicas, e à noite
escrevia piadas. Escrevia coisas de uma idiotice total”. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Começa
realmente a escrever, aos 17 anos, “gags” para alguns dos mais famosos cómicos
e “entertainers” da televisão norte-americana desses anos, como Síd Caeser, Ed
Sullivan, Garry Moore ou Sid Corney. Torna-se um nome muito solicitado para os
“shows” televisivos, mas a TV deixa-lhe más recordações e cedo se afasta:
“Naquele tempo, a televisão precisava de gente e qualquer pessoa, mesmo um
cretino, arranjava um “lugarzinho”. A televisão melhorou muito o meu senso
crítico. Tanto que hoje já não a vejo”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>No
teatro, é autor de várias peças, duas das quais já adaptadas ao cinema (“Play
It Again, Sam”, dirigida por Herbert Ross, com o próprio Woody Allen no
protagonista, “O Grande Conquistador” em português; e ainda “Don’t Drink The
Water” - “Não Metas Água” -, com realização de Howard Morris, medíocre
aproveitamento de uma situação com o seu quê de estafada - uma família de New
Jersey, composta por “americanos típicos”, é desviada para a Bulgária, onde é
tomada por espiões).<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Começa a
aparecer igualmente com bastante regularidade em jornais e revistas: “Fundei
uma espécie de agência com um só funcionário - eu próprio. Escrevia e despejava
artigos da minha autoria como quem vende salsichas, “Esquire”, “Life”, “New
Yorker”, “Playboy”, teatro, televisão, “boites”, tudo foi invadido por Woody
Allen. Na América, se alguém quisesse ignorar-me era impossível: eu estava lá
e, como o custo de vida, subia vertiginosamente...” Algumas recolhas de textos
seus conhecem um sucesso invulgar em todo o mundo onde são editados, inclusive
em Portugal.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_d6FMD9Jzx_0vbynDF7D3cTFbJPcRyscKBe0l_yQSiOR_x-P3wtamz3Id-k6yGiBbYmpN0ObdiBA993PZMhDuwCS00lhPD-c-QA-1grfN2yXgH9a6C9Rmf2Gg7QmtHevs953FMixJi6-l/s1600/image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_d6FMD9Jzx_0vbynDF7D3cTFbJPcRyscKBe0l_yQSiOR_x-P3wtamz3Id-k6yGiBbYmpN0ObdiBA993PZMhDuwCS00lhPD-c-QA-1grfN2yXgH9a6C9Rmf2Gg7QmtHevs953FMixJi6-l/s640/image.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Por 25
dólares por semana, ao que consta, Allen passava o tempo que lhe restava dos
estudos na Universidade de Nova Iorque escrevendo piadas que um dia o produtor
Charles Feldman encontrou “cinematográficas”. Assim surgiu a sua estreia no
cinema, como um dos autores de “What’s New, Pussicat?” (Que há de novo,
Gatinha?, filme de Clive Donner, comédia absurda com uma base de “vaudeville’,
onde Woody Allen surgia igualmente como actor, em meia dúzia de cenas que eram
ainda o que de melhor o filme oferecia.)<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Sobre
“Pussicat” disse Woody AlIen: “Aprendi alguma coisa de como fazer filmes.
Quando se está a rodar um grande filme de 4 000 000 de dólares, temos sempre à
nossa volta uma quantidade de gente que diz estar a “proteger os
investimentos”. Eles queriam um filme rapariga-rapariga-sexo-sexo para fazer
uma fortuna. Eu tinha mais qualquer coisa na cabeça. Conseguiram um filme
rapariga-rapariga-sexo-sexo que fez uma fortuna.”<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Woody Allen surge depois numa aventura burlesca e louca em 007 - “Casino
Royal”. Não aparece entre os autores do argumento. Mas, para lá da sua
participação como actor, descobrem-se muitas ideias e diálogos obviamente da
sua autoria. Antes de iniciar a carreira como realizador (e autor integral de
filmes), Allen ainda adaptou um filme de espionagem japonês a comédia
americana. De 1969 é o primeiro filme de Woody Allen, aquele que o revelaria
nos EUA e na Europa - “Take lhe Money and Run” (O Inimigo Público).<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjjgBnltKcC3dGm52350uWAFCMu0FiREtTG8GPfHLQoW-dDItROVETHO5JOmwAPfV97Qifnl85zqfx29p0vl2o_O13sPlZzpTcHODat7TU22fodgDFXqVG9Mv8tvtYJ2Hc3JqgzgG-eTQC/s1600/ydhV1oPbxDmbwbat8NJdjY4kQgt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjjgBnltKcC3dGm52350uWAFCMu0FiREtTG8GPfHLQoW-dDItROVETHO5JOmwAPfV97Qifnl85zqfx29p0vl2o_O13sPlZzpTcHODat7TU22fodgDFXqVG9Mv8tvtYJ2Hc3JqgzgG-eTQC/s640/ydhV1oPbxDmbwbat8NJdjY4kQgt.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O INIMIGO
PÚBLICO (1969)</span></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 16.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 16.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; line-height: 107%;"><b>Na
linha do melhor burlesco americano, Woody Allen conta com antepassados ilustres
como Buster Keaton (de quem herda uma certa qualidade nostálgica de olhar),
Chaplin (que lhe trespassa o ar abandonado de pobre diabo), Bucha e Estica ou
os irmãos Marx (e o seu universo caótico e profundamente absurdo). Mas Woody
Allen não se fica pelos antepassados remotos e vai beber a Jerry Lewis
(sobretudo no início da sua carreira) as influências inequívocas (nomeadamente
na convivência desastrada com os objectos, as máquinas, etc.). Acontece, porém,
que depois de ter visto muito cinema, Woody Allen resolveu iniciar um caminho
pessoal. Assim, as influências são manifestas, mas nunca o plágio. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 16.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; line-height: 107%;"><b>Woody
Allen deixou-se impregnar pelo espírito do burlesco americano, pelo seu
mecanismo de riso, mas reinventa os “gags”, repensa a sua utilização redescobre
o cinema. Ou seja: sabe o que quer e como quer. Não hesita. “Take lhe Money and
Run”, seu primeiro filme de fundo, escrito, realizado e interpretado por si, é um
atestado de maturidade e a afirmação de um talento de recursos inesgotáveis.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: 16.65pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; line-height: 107%;"><b>Intencional
e cáustico na sua sátira, Woody Allen não deixa qualquer pormenor ao acaso.
Todos os seus “achados” têm uma justificação. A escrita é moderna, sincopada,
integrando a entrevista de TV (como sejam os casos das diversas personalidades
que são chamadas a depor sobre Virgil Starkwell, incluindo os seus pais que,
envergonhados com a conduta do filho, se disfarçam com elementos de Groucho
Marx) ou o comentário “off” com a narrativa linear das desventuras de um
“inimigo público”. Tudo isto se consegue sem uma falha de ritmo, sem uma
concessão, sem perda de unidade, muito embora grande parte dos “gags”
seleccionados tivessem sido já utilizados em anteriores “shows”. Allen, de uma
inteligência revigorante, obriga a acção a galopar. Difícil se torna comentar
os “gags” que se sucedem. Anotemos, porém, alguns como exemplares: Virgil desde
criança que é apanhado sempre que tenta qualquer expediente. Como castigo,
deitam-lhe os óculos fora e pisam-nos. Inclusive o juiz do tribunal. Tempos
depois, quando uma evasão se logra, Virgil é o primeiro a aceitar o falhanço e
ele mesmo tira os óculos e os pisa, em autopunição. Toda a sequência do assalto
preparado com máquina de filmar e quatro cúmplices de má estirpe, é
perfeitamente antológica - o realizador é Fritz e deverá ter algo a ver com
Lang -, bem assim como a fuga dos seis condenados, ligados por uma corrente.
Desconcertante e profundamente absurdo, “O Inimigo Público” ficará como uma das
mais importantes estreias em comédia de finais da década de 60. Através dela
renova-se um “género” por essa altura um tanto ou quanto depauperado e que
Woody Allen reconduz a primeiríssimo plano, servindo-se para tanto de uma
paródia inspirada no “filme negro” e na biografia de “gangsters” de uma genuína
tradição americana.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O INIMIGO PÚBLICO <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Título original: Take the Money and Run <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 16.65pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b> Woody Allen (EUA, 1969); Argumento:
Woody Allen, Mickey Rose; Música: Marvin Hamlisch; Fotografia (cor): Lester
Shorr; Montagem: Paul Jordan, Ron Kalish; Casting: Marvin Paige; Direcção
artística: Fred Harpman; Decoração: Marvin March; Maquilhagem: Stanley R.
Dufford; Direcção de produção: Fred T. Gallo, Jack Grossberg; Assistentes de
realização: Walter Hill, Louis A. Stroller; Departamento de Arte: Ted Moehnke,
Ken Phelps, Chardin W. Smith; Som: Bud
Alper, Frank Kulaga, Sanford Rackow, John Strauss, Dick Vorisek; Efeitos
Especiais: A.D. Flowers; Produção: Charles H. Joffe, Sidney Glazier, Jack
Grossberg, Jack Rollins, Edgar J. Scherick; Intérpretes: Woody Allen (Virgil Starkwell), Janet Margolin
(Louise), Marcel Hillaire (Fritz), Jacquelyn Hyde (Miss Blair), Lonny Chapman
(Jake), Jan Merlin (Al), James Anderson (Chain Gang Warden), Jackson Beck
(Narrador), Howard Storm (Fred), Mark Gordon (Vince), Micil Murphy (Frank),
Minnow Moskowitz (Joe Agneta), Nate Jacobson (Juiz), Grace Bauer (camponesa),
Henry Leff (pai de Starkwell), Ethel Sokolow (mãe de Starkwell), Louise Lasser
(Kay Lewis), Dan Frazer (psicanalista), Mike O'Dowd (Michael Sullivan), Roy
Engel (guarda de prisão), etc. Duração:
85 minutos; Distribuição em Portugal: nesta altura inexistente; Edição DVD:
Creative Films, Espanha; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal:
14 de Julho de 1971.</b><span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-51535864680104747062016-07-11T09:13:00.001-07:002016-07-17T16:57:24.522-07:00SESSÃO 32 - 12 DE JULHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqoJH8CqJIK05UDQrBQx6Z58u6xvlhhq7IV4qqF2-K0h1NyyPS8X8BrYLnH9AAhsZxH11pWGdovgwgITyx2vyS0Y0ws3pX37x7RdAA_yq2pFhZgW_Zbgog55tOqHkCDFO_9y7mMFqsCAYR/s1600/bringing+up+baby+movie+poster+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="486" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqoJH8CqJIK05UDQrBQx6Z58u6xvlhhq7IV4qqF2-K0h1NyyPS8X8BrYLnH9AAhsZxH11pWGdovgwgITyx2vyS0Y0ws3pX37x7RdAA_yq2pFhZgW_Zbgog55tOqHkCDFO_9y7mMFqsCAYR/s640/bringing+up+baby+movie+poster+3.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">DUAS
FERAS (1938)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimY7Esw-7O0ov2vtM030QK5e8bHmJM_S6MT7ROw8jOPesD6OjZg8BzZjKS6iTAZlpURMn_kdt4U8okPuCf115dAItJaFWq2-RoPqetWf39pG_MxzpbiooQ3tHV7i5dTwVE_KECCnghFjuD/s1600/bringing-up-baby+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimY7Esw-7O0ov2vtM030QK5e8bHmJM_S6MT7ROw8jOPesD6OjZg8BzZjKS6iTAZlpURMn_kdt4U8okPuCf115dAItJaFWq2-RoPqetWf39pG_MxzpbiooQ3tHV7i5dTwVE_KECCnghFjuD/s640/bringing-up-baby+%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O professor David Huxley (Cary Grant), a
quem chamam zoólogo, mas que nos nossos dias seria um paleontólogo, que se
dedica a recuperar o monumental esqueleto de um dinossauro, no Museu de
História Natural, tem o casamento marcado para o dia seguinte, mas esse facto
parece não o preocupar muito. Entusiasmado está com a chegada do último osso
que lhe falta para terminar a sua gigantesca empreitada. Por outro lado, o
museu vive com dificuldades e há uma hipótese de mecenato, vindo de alguém,
milionário, que está disposto a atribuir uma choruda quantia para a prossecução
das tarefas de David. No dia seguinte, mas antes de casar, David irá
encontrar-se com o intermediário que o levará até junto do desconhecido
benfeitor, num campo de golfe. Pelo meio aparece a azougada Susan Vance
(Katherine Hepburn), por acaso sobrinha da milionária (o que é desconhecido
pelo zoólogo), que se intromete na partida e na vida do noivo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">De peripécia em peripécia, que mete um leopardo
pelo meio, casacas e vestidos rasgados, casamentos anulados e a derrocada do
esqueleto do dinossauro, “Duas Feras” mostra como se constrói com genialidade
uma comédia a que os norte-americanos chamaram “screwball comedy”, e que se
poderá definir como “comédias de situações inesperadas”, com características
muito pouco definidas, mas onde surgem normalmente jogos de equívocos,
situações dúbias, um clima romântico, com mulheres de invulgar desenvoltura,
acção rápida e tumultuosa, muitas vezes rodado em redor do casamento ou de
parelhas que se fazem e desfazem em velhos e novos envolvimentos emocionais. Um
importante crítico de cinema, Andrew Sarris, classificou este tipo de comédia
como "sexual sem o sexo". Diríamos nós que se trata de comédias
apimentadas, carregadas de subterfúgios para não abordar directamente o sexo
(facto proibido pelo austero código de censura Hays), mas profundamente
eróticas nas sugestões de diálogos e de situações. Quando o sofisticado vestido
de noite de Susan Vance se rasga atrás, deixando a descoberto o que não o devia
estar, David Huxley cola-se a ela para impedir que os frequentadores do luxuoso
restaurante usufruam de algo mais do que é oferecido nas ementas. Mas
obviamente que a situação desperta sorrisos e deixa adivinhar outras
suposições, o que aflige Susan, mas não a afasta dos seus propósitos, ela que
se apaixonou pelo paleontólogo e havia jurado a si própria que o haveria de caçar,
declarando mesmo: "Este é o homem com quem vou casar. Ele ainda não sabe,
mas eu vou casar com ele".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Curiosidade. Esta sequência do vestido
rasgado inspira-se num caso real acontecido a Cary Grant, que ele contou ao
realizador e este aproveitou para o filme. Grant contara que, uma noite,
durante uma sessão especial no Roxy Theater, ao levantar-se da cadeira, o seu
sapato prendeu-se no vestido de uma senhora que seguia à sua frente,
obrigando-o a acompanhá-la atrás dela, para não rasgar o tecido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_XcYH2HzaqfFNgOvt8AMbXSUIE0SvSn5Ji_3AjquKFyH0eGJ25JslEHe20HwkHxijg31lOp72HrOuaon2sZhnLwTy_OMQCoY7P0uOHn3o9HtytnZeWr9xGXzpLfAQKvEXnwLBGlzYRQls/s1600/tumblr_n98j4kHTGb1rovfcgo1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_XcYH2HzaqfFNgOvt8AMbXSUIE0SvSn5Ji_3AjquKFyH0eGJ25JslEHe20HwkHxijg31lOp72HrOuaon2sZhnLwTy_OMQCoY7P0uOHn3o9HtytnZeWr9xGXzpLfAQKvEXnwLBGlzYRQls/s640/tumblr_n98j4kHTGb1rovfcgo1_1280.jpg" width="508" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mulheres decididas é o que abunda na
“screwball comedy”. Basta recordar alguns títulos dos exemplos mais famosos
deste género: “The Philadelphia Story”, “Holiday” e “Sylvya Scarlet”, todos de
George Cukor, “His Girl Friday” e “I Was a Male War Bride”, ambos de Howard
Hawks, “It Happened One Night”, de Frank Capra, “My Man Godfrey”, de Gregory
LaCava, “The Lady Eve”, de Preston Sturges, entre muitos outros passíveis de
serem citados, sobretudo entre as décadas de 30 e 40. Mas há exemplos mais
recentes, como “What’s up Doc?”, de Peter Bogdanovich, que de certa forma
retoma o tema de “Bringing Up Baby”, ou ainda o fabuloso “Some Like It Hot”, de
Billy Wilder, não esquecendo “Man's Favorite Sport?”, de novo de Howard Hawks.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Normalmente os homens não dominam os
cordelinhos da acção que as mulheres controlam, e nalguns casos têm mesmo de
passar por momentos de algum embaraço, quando aparecem travestidos. Em “Duas
Feras”, Cary Grant surge trajando um vaporoso robe de senhora, e é deste modo
que se confronta com a tia milionária de Susan. As mulheres detêm o dinheiro (a
tia) e manipulam os cordelinhos emocionais (a sobrinha). Os homens vivem a
sonhar com ossos do passado ou jogam golfe distraidamente, julgando que elas
são o seu “desporto favorito”. Há ainda que reconhecer um outro efeito neste
tipo de comédias que terá possivelmente a ver com a fase que os atravessavam
(ou acabavam de atravessar), a Grande Depressão, cujas responsabilidades o
público mais popular não podia deixar de atribuir às classes sociais mais abastadas.
Nestas comédias de embustes e atrapalhações sucessivas, o espectador
divertia-se com as dificuldades vividas pelos ricos, funcionando o facto num
duplo registo: a diversão afastava-o da aspereza do dia-a-dia e,
simultaneamente, vingava-se dos poderosos que conheciam situações incómodas, no
mínimo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSbhS70PJMEvEzuu-RZqpS2o1yJK5o_OhmR_HjB0XGWBiwM6LKCVWkdXFO4zktQ0DH8Tf8TYkQ4Cf8xg2yZAE4MwRYJusN1dtITLkGUht8rzfVec17_IUs45H8NramPwr6BmnnuPN8zV3W/s1600/BUB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSbhS70PJMEvEzuu-RZqpS2o1yJK5o_OhmR_HjB0XGWBiwM6LKCVWkdXFO4zktQ0DH8Tf8TYkQ4Cf8xg2yZAE4MwRYJusN1dtITLkGUht8rzfVec17_IUs45H8NramPwr6BmnnuPN8zV3W/s640/BUB.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Howard Hawks foi um dos grandes
cineastas do cinema clássico americano, tendo assinado alguns dos grandes
filmes da sua História, a começar desde logo por “Scarface” que, em 1932,
inaugurava um género novo, o filme de gangsters, passando pelo “filme negro”,
de “To Have and Have Not” a “The Big Sleep”, pelo western “The Big Sky”, “Red
River”, “Rio Bravo” ou “El Dorado”, pelo filme de aventuras, “Hatari”, o filme
de guerra, “Sargeant York”, o filme de aviação, “The Dawn Patrol”, “Ceiling
Zero”, “Air Force” (entre outros, Hawks era um apaixonado pela aviação), o
filme histórico, “Land of the Pharaohs” (que ele considerava o seu pior filme,
mas que mantinha muitos aspectos interessantes), o musical, “Gentlemen Prefer
Blondes”, e tantos outros. Não era o que se pode chamar um especialista num
determinado tipo de filmes, era antes um autor que tornava seus todos os
argumentos (ou quase todos) em que tocava. Tinha uma forma muito especial de
olhar a vida, as mulheres, a amizade entre os homens, criando um ritmo
trepidante, nervoso, vibrante, mas sempre elegante e subtil, um criador de
atmosfera que se preocupava menos com a “história” e mais com a densidade das
personagens e das situações. O que, em “Duas Feras”, é valorizado sobremaneira
pela presença de Katherine Hepburn e Cary Grant, ambos magníficos nas suas
composições. É curioso referir que, por esta época, Katherine Hepburn era
considerada “veneno nas bilheteiras”, por ter somado alguns fracassos
sucessivos, e “Bringing up Baby” não seguiu o habitual: foi um enorme sucesso
na altura da sua estreia, tornando-se mais tarde uma das comédias mais
valorizadas da história do cinema. A revista “Entertainment Weekly”
considerou-a a 24ª entre as melhores obras da História do cinema, o “American
Film Intitute” colocou-a em 88º lugar numa listagem idêntica, a revista “Première”
inclui-a entre as 50 melhores comédias de sempre. De resto, em qualquer lista
que se consulte sobre as “melhores comédias de sempre” aparece “Duas Feras”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Para o sucesso deste filme, porém, há
que sublinhar a inteligência e a sensibilidade demonstrada pela dupla de
argumentistas, Dudley Nichols e Hagar Wilde, que partiram de uma história de
Hagar Wilde e construíram uma magnífica base de trabalho para o cineasta e os
seus intérpretes. Mas não só isso: durante a rodagem, Dudley Nichols e Hagar
Wilde apaixonaram-se, enquanto escreviam a obra. Deve ter ajudado…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sobre o leopardo, uma última palavra:
não só se mostra um actor ao nível dos seus comparsas, como era uma boa
companhia para Katherine Hepburn, que confraternizava facilmente com ele. O
mesmo não se pode dizer de Cary Grant, que vivia aterrado com o bicho e pediu
mesmo um duplo para as cenas em que estavam mais próximos. Também aqui o actor
se mostrava um homem mais intelectualizado do que um elemento de acção (Howard
Hawks dera-lhe como exemplo Harold Lloyd, até ao ponto de lhe colocar uns
óculos mais ou menos idênticos aos do famoso cómico do mudo). Na cena inicial
do filme, vamos encontrá-lo no alto de um escadote, de olhar perdido, e alguém
diz: “Cuidado, silêncio, o dr. Huxley está a pensar”. Tornava-se assim o
“desporto favorito da mulher”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ97om0r08AneSMd75DSd53_wsZ7taURqBcILwgcnYhhg06_BJrrcJMaYmCI-p9A34TUumWEgKZiF97jWjFuwmrRZWWQSKRlU1gAJYDv6Ll7QHWCk1-TvxKReKLcw1IkaSdDJBDoooRgC5/s1600/annex20-20hepburn20katharine20bringing20up20baby_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="460" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ97om0r08AneSMd75DSd53_wsZ7taURqBcILwgcnYhhg06_BJrrcJMaYmCI-p9A34TUumWEgKZiF97jWjFuwmrRZWWQSKRlU1gAJYDv6Ll7QHWCk1-TvxKReKLcw1IkaSdDJBDoooRgC5/s640/annex20-20hepburn20katharine20bringing20up20baby_02.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">DUAS
FERAS <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Título
original: Bringing Up Baby <o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realização:</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> Howard Hawks (EUA, 1938); Argumento: Dudley Nichols, Hagar Wilde,
segundo história de Hagar Wilde; Produção: Cliff Reid, Howard Hawks; Música:
Roy Webb; Fotografia (cor): Russell Metty; Montagem: George Hively; Direcção
artística: Van Nest Polglase; Guarda-roupa: Howard Greer; Maquilhagem: Mel
Berns; Direcção de Produção: J.R. Crone, George Rogell; Assistentes de
realização: Edward Donahue; Departamento de arte: Perry Ferguson, Darrell
Silvera; Som: John L. Cass; Efeitos especiais: Vernon L. Walker; Companhias de
produção: PrRKO Radio Pictures (Howard Hawks' Production); <b>Intérpretes:</b> Katharine Hepburn (Susan), Cary Grant (David), Charles
Ruggles (Major Applegate), Walter Catlett (Slocum), Barry Fitzgerald (Mr.
Gogarty), May Robson (Tia Elizabeth), Fritz Feld (Dr. Lehman), Leona Roberts
(Mrs. Gogarty), George Irving (Mr. Peabody), Tala Birell (Mrs. Lehman),
Virginia Walker (Alice Swallow), John Kelly (Elmer), Ruth Adler, Adeline
Ashbury, Asta, William 'Billy' Benedict, Billy Bevan, Stanley Blystone, Ward
Bond, Ralph Brooks, Harry Campbell, Jack Carson, D'Arcy Corrigan, Evelyne
Eager, Judith Ford, Billy Franey, Jack Gardner, Edward Gargan, Frances Gifford,
Geraldine Hall, George Humbert, Karl 'Karchy' Kosiczky, Richard Lane, Buck
Mack, Frank Marlowe, Jeanne Martel, Pat O'Malley, Eleanor Peterson, Buster Slaven,
Larry Steers, Pat West, Cynthia Westlake, etc. </span><b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Duração:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> 102 minutos;
Distribuição em Portugal: Radio Filmes (1938); Distribuição em Portugal (DVD): Costa
do Castelo; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 28
de Março de 1938.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiOhSxwZ6Baop5YS2Zo4xjLGLzMz6yS9FppXHaNXKmR0SuTQZ36XSaPQsv9_sE9y_zoVs5ne4T75KDHbO8T0k4Jnd09IiAg2ucERtYA07ekuBeZYZHbOZvKYMG6hAtlao9QfISrJlF_9N8/s1600/Katharine-Hepburn-hablando-por-los-codos-An%25C3%25A9cdota.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="506" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiOhSxwZ6Baop5YS2Zo4xjLGLzMz6yS9FppXHaNXKmR0SuTQZ36XSaPQsv9_sE9y_zoVs5ne4T75KDHbO8T0k4Jnd09IiAg2ucERtYA07ekuBeZYZHbOZvKYMG6hAtlao9QfISrJlF_9N8/s640/Katharine-Hepburn-hablando-por-los-codos-An%25C3%25A9cdota.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Katharina Hepburn e Howard Hawks</b></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-63727251649105508502016-07-11T09:07:00.001-07:002016-07-17T16:57:10.347-07:00SESSÃO 31 - 6 DE JULHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6hRmg5zvq08JyKLmHtXdiLepnWH0nPKWaVVmBC3VFmYIv6CkRkRZcDJpFgvfBC5LeUuZpwGbpQuNvp8NcGTOLPdtx8A4zwc_jwRfiVO5ui1emE5m6sKq0g8sW61ZjxYgEgRtG02u9y044/s1600/15535262_2_l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6hRmg5zvq08JyKLmHtXdiLepnWH0nPKWaVVmBC3VFmYIv6CkRkRZcDJpFgvfBC5LeUuZpwGbpQuNvp8NcGTOLPdtx8A4zwc_jwRfiVO5ui1emE5m6sKq0g8sW61ZjxYgEgRtG02u9y044/s640/15535262_2_l.jpg" width="534" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">SER
OU NÃO SER (1942)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn38XtY8enpSqBzZuMHMDCl1LCQbaUPxCm03CqRFZtT04b4lS7SRc3AcSZxedr6LXmYSNBkIh_2dxweH5vP4wtKAsR61Uc4FwtDfTc9BfC_wkmuPidN3kUqqEN08bXcIz0Dzhz0qcG5lqH/s1600/tobe1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="502" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn38XtY8enpSqBzZuMHMDCl1LCQbaUPxCm03CqRFZtT04b4lS7SRc3AcSZxedr6LXmYSNBkIh_2dxweH5vP4wtKAsR61Uc4FwtDfTc9BfC_wkmuPidN3kUqqEN08bXcIz0Dzhz0qcG5lqH/s640/tobe1.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ernst Lubitsch nasceu na Alemanha
(Berlim, 1892) e inclui-se na longa lista de cineastas (e outras personalidades
ligadas ao cinema) que emigraram da Europa para os EUA durante o período de
gestação do nacional-socialismo no norte do Velho Continente. Em ondas sucessivas
chegaram à América personalidades tão diversas quanto Fritz Lang, Conrad Veidt,
William Wyler, Michael Curtiz, Marlene Dietrich, Greta Garbo, Billy Wilder,
Fred Zinnemann, Otto Preminger, Joe May, Edgar G. Ulmer, Hedy Lamarr, Max
Steiner, Peter Lorre, Richard Boleslavsky, William Dieterle, Rouben Mamoulian,
Friedrich Murnau, Douglas Sirk, Charles Vidor, Josef von Sternberg, Erich von
Stroheim, James Whale, entre tantas outras, provenientes do Norte e do Centro
da Europa. Houve muitos outros, vindos das mais diversas origens europeias que
também demandaram terras ianques para prosseguirem carreiras de relevo, o
italiano Frank Capra, o inglês Alfred Hitchcock, o francês Jean Renoir, o grego
Elia Kazan, o espanhol Luis Buñuel, para só citar alguns casos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ernst Lubitsch teve uma educação virada
para o teatro, no Sophien Gymnasium, e dividia os seus dias entre a oficina de
alfaiate do pai e as suas representações noctunas em cabarets e music-halls. Em
1911, reúne-se ao Deutsches Theater de célebre encenador e produtor Max
Reinhardt, o que teve particular relevância na sua formação estética. Trabalhou
ainda nos estúdios de cinema, Berlin's Bioscope, primeiro como actor de
comédias, depois como realizador. Assina alguns sucessos ainda na Alemanha,
como “Os Olhos da Múmia” (1918) ("The Eyes of the Mummy"), com Pola
Negri, “Carmen” (1918), “Madame DuBarry” (1919) ou “A Princesa das Ostras”
(1919) ("The Oyster Princess"). Aqui começa a lenda da sua particular
propensão para um certo tipo de comédia sofisticada, com um humor muito
especial, que se tornou conhecido sob a designação de "Lubitsch
Touch". O que o leva a ser convidado para os estúdios norte-americanos,
onde a combinação do seu talento e cultura, com o pragmatismo do sistema de
Hollywood produziram pérolas inesquecíveis que o transformaram num dos mais
lendários autores de comédias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1qtuCX7X5SIaIIdAcObvi46N6HxmeSOzOKFkWVBAAw5LutT9_KMK9i5uIyFdrNon7jq0w3gFZL30_Ooul-DJM-sSuO2Xrinpn6ktnYBTYE1VDbXkt1l3Ev6p5iATzJa-4Keo5erRdpaNw/s1600/91-lN%252BLlkvL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1qtuCX7X5SIaIIdAcObvi46N6HxmeSOzOKFkWVBAAw5LutT9_KMK9i5uIyFdrNon7jq0w3gFZL30_Ooul-DJM-sSuO2Xrinpn6ktnYBTYE1VDbXkt1l3Ev6p5iATzJa-4Keo5erRdpaNw/s640/91-lN%252BLlkvL._SL1500_.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O primeiro filme em Hollywood foi
interpretado por Mary Pickford, “Rosita, Cantora das Ruas” (1923), a que se
seguiu “Os Perigos do Flirt” (1924). Depois é a vez de uma sucessão de grandes
êxitos de bilheteira e de crítica, com títulos como “O Leque de Lady Margarida”
(1925), “A Loucura do Charleston” (1926), “O Príncipe Estudante” (1927),
“Parada do Amor” (1929), “Monte Carlo” (130), “O Tenente Sedutor” (1931), “O
Homem Que Eu Matei” (1932), “Uma Hora Contigo” (1932), “Ladrão de Alcova”
(1932), “Uma Mulher para Dois” (1933), “A Viúva Alegre” (1934), “O Anjo”
(1937), “A Oitava Mulher do Barba Azul” (1938), “Ninotchka” (1939), “A Loja da
Esquina” (1940), “No Que Pensam as Mulheres” (1941), “Ser ou Não Ser” (1942),
“O Céu Pode Esperar” (1943), “O Pecado de Cluny Brown” (1946) ou “A Dama de
Arminho” (1948), este o seu derradeiro filme, assinado de colaboração com Otto
Perminger, que terá terminado as filmagens, por morte de Lubitsch. Este, que
sofrera um forte ataque de coração em 1943, viria a falecer a 30 de Novembro de
1947, em Hollywood. Dois amigos, camaradas de profissão, emigrantes como ele,
proferiram rápidos, mas incisivos, elogios fúnebres. Billy Wilder fez notar
"No more Lubitsch" (“Perdemos Lubitsch”). William Wyler acrescentou
"Worse than that - no more Lubitsch films" (“Pior do que isso – não
haverá mais filmes de Lubitsch”). Não haverá mais filmes de Lubitsch, mas os
que existem chegam e sobram para manter a reputação e matar saudades deste tipo
de humor sofisticado e elegante, de uma ironia mordaz, que o digam as suas duas
obras mais citadas, “Ninotchka” e “Ser ou não Ser”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“To Be or Not To Be” é uma comédia com
muito de autobiográfico. Recordações de Lubitsch enquanto elemento integrante
de companhias de teatro na Alemanha, e receios e pesadelos do mesmo enquanto
judeu alemão, refugiado da sinistra ditadura de Hitler. O filme foca a sua
acção em Varsóvia, capital da Polónia, numa altura em que os alemães ameaçam
invadir o país. Estamos em Agosto de 1939. Uma companhia teatral ensaia uma
nova peça, “Gestapo”, parodiando Hitler e a sua política, mas a mesma é
proibida pelo governo com receio de que “pode ofender Hitler”. A peça é
suspensa, mas a Hitler ninguém faz censura e invade brutalmente a Polónia. A
resistência polaca, no interior e no exterior do país, lança a oposição armada,
numa altura em que um elemento colaboracionista, o professor Siletsky, ao
serviço da Gestapo, tenta entregar aos alemães uma lista de resistentes polacos.
Joseph Tura e a mulher, Maria Tura, primeiras figuras da companhia teatral,
procuram por todos os meios fazer fracassar esses intentos, usando as suas
capacidades de interpretação para se fazerem passar por nazis, entrando assim
no quartel general das SS. </span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG7cDZdyP68QYmTCOiwqWEES9MzRPilFfY3T_QbPKt10bmLKAuZHpYcgcztpceOk9jPro4Kk-rhLOfKtg4x-WvOQeGOfeNQIZBfVsnh7HUiJCL6kIhIFnIoZRtc_e9dZtKMvMCqleVYid9/s1600/maxresdefault+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG7cDZdyP68QYmTCOiwqWEES9MzRPilFfY3T_QbPKt10bmLKAuZHpYcgcztpceOk9jPro4Kk-rhLOfKtg4x-WvOQeGOfeNQIZBfVsnh7HUiJCL6kIhIFnIoZRtc_e9dZtKMvMCqleVYid9/s640/maxresdefault+%25281%2529.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Este fio de intriga permita a Lubitsch desenvolver
um conjunto de situações divertidíssimas por um lado, enquanto por outro
desafia o poderio nazi, tornado o filme, obviamente, um objecto proscrito em
todos os territórios dominados pelas forças armadas germânicas. Em 1942, o
cineasta dava-se ao luxo de produzir as suas próprias obras, através da sua
produtora, a Romaine Film Corporation (An Ernst Lubitsch Production), o que faz
com que tenha tido a maior liberdade para construir esta comédia que, tal como
“O Grande Ditador”, de Chaplin, ousava enfrentar abertamente Hitler e o seu
poder. Escrita pelo realizador, a pensar nos actores que interpretam os
principais papéis, Jack Benny, um famoso comediante por esta altura, e Carole
Lombard, uma das divas da cinematografia norte-americana, o filme conta ainda
com alguns actores alemães, igualmente refugiados nos EUA, e que anteriormente
tinham pertencido à companhia de Max Reinhardt. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O humor é inteligente e sarcástico.
Quando as multidões gritam “Heil Hitler!”, surge Hitler, que levanta o braço na
tradicional saudação e grita: “Heil me!”. Um dos momentos mais hilariantes do
filme, passa-se durante o monólogo de “Hamlet”, quando Maria Tura recebe no seu
camarim um jovem tenente seu fã incondicional, e Joseph Tura, no palco, recita
o monólogo “To be or not to be”. Quando regressa aos bastidores, Joseph Tura
está inconformado: “Aconteceu o que todos os actores temem: saiu um espectador
durante a minha actuação!” O que vai acontecer todas as noites: o tenente sentado
na segunda fila, quando ouve o início do monólogo salta da cadeira e dirige-se
ao camarim da sua paixão. Mas o filme está repleto de bons momentos de cinema,
de humor, de crítica vigorosa ao despotismo nazi. Num deles, um figurante da
companhia que, no teatro, passa as noites a empunhar lanças, ou espadas, e
durante a invasão germânica empunha uma pá para varrer a neve das ruas de
Varsóvia, desforra-se e diante dos SS, guarda-costas de Hitler, recita
finalmente o solilóquio de Shylock, exaltando a resistência aos ditadores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Este filme, produzido em cima dos
acontecimentos que critica, mostra bem o clima que o rodeia, a força da
resposta dos que combatem a ignomínia dessa guerra devastadora. Mais tarde, em
1983, um outro judeu, Mel Brooks, interpreta com sucesso esta mesma obra, num
remake dirigido por Alan Johnson, num elenco onde aparecem ainda Christopher
Lloyd, José Ferrer, Charles Durning e Anne Bancroft. Muito interessante, mas
longe da obra-prima de Lubitsch. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHcF_Fs7UIpGdlFLJlPNt5wAgde1dJzkjdPvO6k10n9Uiv4jbzu2p7e9Qef_hxiCz_0a-QxQyJmr29iXzjol_lzi2afntXE2Bb-JuQgIqvQEYlU7M6-NLielKI2YAD7qoekVXaun111l0b/s1600/movie-to-be-or-not-to-be-usa-1942-director-ernst-lubitsch-scene-with-a7w70n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="472" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHcF_Fs7UIpGdlFLJlPNt5wAgde1dJzkjdPvO6k10n9Uiv4jbzu2p7e9Qef_hxiCz_0a-QxQyJmr29iXzjol_lzi2afntXE2Bb-JuQgIqvQEYlU7M6-NLielKI2YAD7qoekVXaun111l0b/s640/movie-to-be-or-not-to-be-usa-1942-director-ernst-lubitsch-scene-with-a7w70n.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">SER
OU NÃO SER <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB" style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Título original: To Be or Not to Be<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> Ernst Lubitsch
(EUA, 1942); Argumento: Edwin Justus Mayer, segundo história de Melchior
Lengyel e Ernst Lubitsch; Produção: Ernst Lubitsch; Música: Werner R. Heymann;
Fotografia (p/b): Rudolph Maté; Montagem: Dorothy Spence; Casting: Victor
Sutker; Design de produção: Vincent Korda; Decoração: Julia Heron; Maquilhagem:
Gordon Bau; Direcção de Produção: Walter Mayo; Assistentes de realização:
William McGarry, William Tummel; Departamento de arte: J. McMillan Johnson,
Jack Caffey; Som: Frank Maher; Efeitos especiais: Lawrence W. Butler;
Companhias de produção: Romaine Film Corporation (An Ernst Lubitsch
Production); <b>Intérpretes:</b> Carole
Lombard (Maria Tura), Jack Benny (Joseph Tura), Robert Stack (Tem. </span><span lang="EN-GB" style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Stanislav Sobinski), Felix Bressart (Greenberg),
Lionel Atwill (Rawitch), Stanley Ridges (Professor Siletsky), Sig Ruman (Cor.
Ehrhardt), Tom Dugan (Bronski), Charles Halton (Produtor Dobosh), George Lynn
(Actor), Henry Victor (Capit. Schultz), Maude Eburne (Anna), Halliwell Hobbes, Miles
Mander, Rudolph Anders, Paul Barrett, Sven Hugo Borg, Peter Caldwell, Alec
Craig, Helmut Dantine, Leslie Denison, James Finlayson, James Gillette, Leyland
Hodgson, Shep Houghton, etc. </span><b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Duração:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> 99 minutos;
Distribuição em Portugal: Sonoro Filme (1946); Nacadah Video (DVD);
Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 15 de Novembro
de 1946.<span style="font-size: 8pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtfE1oBqezlHRd8rY0K4MXf31fREoL9Wo08te2dmPQtSYpz70dP_blA-B_58lUxyntCPAu-c_MYcYwBiFUmmvv3hHT8le93VWw18S5FzqiyG1XT5oOpp24xxBuWou2n-9pCeDwMySd_Ham/s1600/001-ernst-lubitsch-theredlist.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtfE1oBqezlHRd8rY0K4MXf31fREoL9Wo08te2dmPQtSYpz70dP_blA-B_58lUxyntCPAu-c_MYcYwBiFUmmvv3hHT8le93VWw18S5FzqiyG1XT5oOpp24xxBuWou2n-9pCeDwMySd_Ham/s640/001-ernst-lubitsch-theredlist.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Lubitsch</span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-19190113540968926002016-07-11T09:00:00.000-07:002016-07-17T16:56:55.393-07:00SESSÃO 30 - 5 DE JULHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyfxOCKBIt01u4zYQCd_KFjsLyybQlXerB9nJWhvFubomvWmYKZH0ItMZSkXHwAgU3tDlQeHdG3wBE8fql1Y2N4briFaTb1ssxQ3FRoBdaeM45ng185pHIyqXJgH4DM_qdT6qkIAURBC0k/s1600/rugglesofredgap_1935_mp_1sht_1200_012720100428.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyfxOCKBIt01u4zYQCd_KFjsLyybQlXerB9nJWhvFubomvWmYKZH0ItMZSkXHwAgU3tDlQeHdG3wBE8fql1Y2N4briFaTb1ssxQ3FRoBdaeM45ng185pHIyqXJgH4DM_qdT6qkIAURBC0k/s640/rugglesofredgap_1935_mp_1sht_1200_012720100428.jpg" width="424" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36pt; text-align: center; text-indent: -36pt;">
<b style="text-indent: -36pt;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O EXTRAVAGANTE SENHOR RUGGLES (1935)</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdb0gIqNDb6ZGCiSz6GD9HRZD-HiK2ApYAy2m6gPKtiuuxMFeGqyB7r_PUvNPLnF0sO40nhPdxHD93A6uHAwp-SY97ggwhlECQ_o7guRP18v6pM83Ktv4Hams2UdyAlJXccKqxKRVB6SkB/s1600/large_ruggles_of_red_gap_blu-ray_08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdb0gIqNDb6ZGCiSz6GD9HRZD-HiK2ApYAy2m6gPKtiuuxMFeGqyB7r_PUvNPLnF0sO40nhPdxHD93A6uHAwp-SY97ggwhlECQ_o7guRP18v6pM83Ktv4Hams2UdyAlJXccKqxKRVB6SkB/s640/large_ruggles_of_red_gap_blu-ray_08.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 36pt; text-align: center; text-indent: -36pt;">
<b style="text-indent: -36pt;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Foi George Bernard Shaw quem disse que
“ingleses e americanos são dois povos separados pela mesma língua”. Não só,
como se poderá ver pela excelente comédia de Leo McCarey, “Ruggles of Red Gap”,
que parece igualmente ilustrar algumas considerações de Alexis de Tocqueville
que, na sua obra dedicada à América, analisa os diferentes comportamentos das
relações entre senhores e criados dos dois lados do Atlântico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O filme baseia-se num romance de Harry
Leon Wilson, que conheceu grande sucesso aquando do seu lançamento, em 1915. No
mesmo ano, subiu a cena numa adaptação teatral, em musical, com escrita da
responsabilidade de Harrison Rhoades, poemas de Harold Atteridge e música de
Sigmund Romberg. Estreada no Fulton Theater, precisamente no dia 25 de
Dezembro, data festiva que se conciliava bem com o tom geral da obra, conheceu
33 representações. Digamos que cumpriu a época de Natal e Ano Novo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Também em cinema surgiram versões
anteriores a esta assinada por Leo McCarey. Em 1918, “Ruggles of Red Gap” foi
assinado por Lawrence C. Windom e tinha Taylor Holmes como protagonista. Em
1923, com idêntico título, estreou-se outra adaptação, dirigida por James
Cruze, com um notável Edward Everett Horton como primeira figura. Mas o elenco
da realização de 1935 é absolutamente inesquecível. Charles Laughton
considerava mesmo que esta tinha sido a sua maior interpretação e este era o
seu filme preferido, entre todos quantos tinha na sua vasta (e brilhante) filmografia.
Há, todavia, uma outra versão, ainda de muito boa qualidade, interpretada pelo
popular Bob Hope, rodada em 1950, “O Homem das Calças Pardas” (Fancy Pants),
com direcção de George Marshall, e ainda no elenco Lucille Ball e Bruce Cabot.
Na televisão, são diversas as versões: “The Prudential Family Playhouse”
(1950), “Ruggles of Red Gap” (1951), “Producers' Showcase” (1954) ou “Ruggles
of Red Gap” (1957) e as versões teatrais também abundam. Também na rádio
Ruggles se tornou popular. A “Lux Radio Theater" apresentou uma versão de
60 minutos no dia 10 de Julho de 1939 com Charles Ruggles, Charles Laughton e
Zasu Pitts revivendo os seus papéis do filme. Houve ainda outras passagens pela
rádio norte-americana. "The Screen Guild Theater" emitiu uma em Dezembro
de 1945 e "Academy Award Theater" lançou uma outra em Junho de 1946,
sempre com Charles Laughton e Charles Ruggles nos principais papéis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBoU3ISmyvnPHc1B-DqBguX3Kgn_gD-lK_SuZ89z8ij-m-cxL0gDeYz6z0iVn5NMW0kt5LOYbOoplBYcuMDxQqI-XRQd4F-hajw_h7ILRRlH00tAKXUXKhfTspy5kEleibLN-nQRTObsIS/s1600/508.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBoU3ISmyvnPHc1B-DqBguX3Kgn_gD-lK_SuZ89z8ij-m-cxL0gDeYz6z0iVn5NMW0kt5LOYbOoplBYcuMDxQqI-XRQd4F-hajw_h7ILRRlH00tAKXUXKhfTspy5kEleibLN-nQRTObsIS/s640/508.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Leo McCarey era, entre os anos 30 e 50,
um dos maiores realizadores de comédias, único rival à altura de Frank Capra.
Capra resistiu melhor ao tempo, mas McCarey é, neste aspecto, um injustiçado.
Era um realizador de enorme talento, com uma sensibilidade muito própria para a
comédia. Nascido em Los Angeles, Califórnia, EUA, a 3 de Outubro de 1896, vindo
a falecer em Santa Mónica, Califórnia, EUA, a 5 de Julho de 1969, Thomas Leo
McCarey iniciou-se no cinema na década de 20, assinando um vasto conjunto de
curtas-metragens, muitas delas de humor. Dirigiu obras de Bucha e Estica, W.C.
Fields e dos Irmãos Marx (Duck Soup – “Os Grandes Aldrabões”, 1933), partindo
depois para uma carreira de grandes sucessos. Foi um dos poucos cineastas que
ganhou os três mais importantes Oscars pelo mesmo filme, Melhor Filme, Melhor
Realização e Melhor Argumento (Going My Way – “O Bom Pastor”, 1944). Os outros
cineastas que se lhe igualam são Billy Wilder, Francis Ford Coppola, James L.
Brooks, Peter Jackson, Joel Coen /Ethan Coen, e Alejandro González Iñárritu.
Outros títulos importantes na sua filmografia são “Com a Verdade Me Enganas” (1937),
“Make Way for Tomorrow” (1937), “Os Sinos de Santa Maria” (1945) ou “O Grande
Amor da Minha Vida” (1957). A sua sensibilidade para a comédia era igualada
pela emoção que colocava nos seus melodramas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ruggles (Charles Laughton) é mordomo de
um nobre inglês, George (Roland Young) quando este o perde ao jogo para um
americano latifundiário, Egbert Floud (Charles Ruggles), casado com uma
expansiva e desabrida Effie Floud (Mary Boland). O casal encontra-se a passar
férias em Inglaterra e, quando regressa a casa, leva na bagagem o pomposo e
rigoroso mordomo britânico, com toda a sua herança hierárquica e a etiqueta
ostensiva de quem sabe qual é o seu lugar e faz questão de o demonstrar. O
choque com a cultura norte-americana é brutal. Nos EUA os costumes são
absolutamente diferentes, mesmo antagónicos, e ainda por cima Ruggles vai dar
com uma família desregrada e boémia. Há ainda a acrescentar o facto de o filme
ser de 1935, uma época de pleno New Deal, onde o cinema não tendia a mostrar
bem a realidade, mas a indicar caminhos ideais para uma sã convivência social.
Com o presidente Roosevelt a procurar levantar o país da ruína da Grande
Depressão, o que importava era criar optimismo, mostrar as virtudes da
democracia americana e insuflar esperança em melhores dias. Este é, pois, um
filme de utopia, não uma obra realista que mostre a opressão dos grandes
latifundiários, muitos deles racistas e fortemente classicistas. Em teoria, os
EUA eram uma democracia onde todos eram (deveriam ser) iguais. Ruggles a principio
estranha, mas depois os usos e costumes da casa entranham-se. De tal forma que
acaba mesmo por recitar, quase no final, o célere discurso que Lincoln
pronunciou em Gettysburg, onde exaltava de forma eloquente as virtudes da
democracia e da sociedade americana. Charles Laughton, tempos depois, confessou
que a declamação deste discurso foi "one of the most moving things that
ever happened to me", o que o levava por vezes a repeti-lo em
circunstâncias festivas (quando terminaram as filmagens de “Revolta na Bounty”
(1935) ou “Nossa Senhora de Paris” (1939) voltou a emocionar os companheiros de
elenco e equipas técnicas com esta notável obra de oratória, ainda por cima
admiravelmente interpretada por um actor de invulgar talento). <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx7VgSm0X6P6vVJvxjtrdaQXsKEGdfqTbmLva9__rJExNcrW2ffHu10o0IzvnU7vtRw_531FvstVHJztN94rDxAmGs2PHMQHPP0zpedGcnMG0DrUSG2jazJ0vlUitsnbk-bx7wjO5zHlG2/s1600/Screen+Shot+2013-10-27+at+5.13.48+PM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx7VgSm0X6P6vVJvxjtrdaQXsKEGdfqTbmLva9__rJExNcrW2ffHu10o0IzvnU7vtRw_531FvstVHJztN94rDxAmGs2PHMQHPP0zpedGcnMG0DrUSG2jazJ0vlUitsnbk-bx7wjO5zHlG2/s320/Screen+Shot+2013-10-27+at+5.13.48+PM.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Foi Charles Laughton quem pediu aos
produtores para ser Leo McCarey a dirigir o filme, pois pretendia qua a sua
estreia na comédia ficasse assinalada por um prestigiado autor que havia
dirigido, pouco antes, uma comédia dos Marx Brothers que o havia impressionado
imenso (Os Grandes Aldrabões, 1933). Teve razão na escolha. Leo McCarey era um
cineasta de rara apetência para a comédia, um homem de sensibilidade e bom
gosto, delicado e fino no humor, inteligente nas alfinetadas que distribuía,
discreto e subtil nos gags, dirigindo com mestria os seus actores. Os
paralelismos que estabelece entre a sobriedade britânica, a sua hierarquia
estática, os valores tradicionais, a estrita divisão de classes, irão sofrer um
rude golpe ao confrontarem-se com a expansiva truculência ianque, com a espontaneidade
e a ingenuidade (por vezes o primarismo) dos comportamentos do Oeste dos EUA. A
solenidade dos clubes ingleses dá lugar à vulgaridade e luxúria dos saloons
norte-americanos. Desta justaposição de civilizações e culturas tira Leo
McCarey o partido decisivo para um filme de um humor transbordante,
deliciosamente crítico, mas de um humanismo generoso e optimista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E o elenco é brilhante. Charles
Laughton, em Ruggles, é absolutamente brilhante, mas Charles Ruggles, em Egbert
Floud, não o é menos, e Mary Boland, Zasu Pitts ou Roland Young estão à altura.
Uma comédia admirável, que seria bom ser muito mais conhecida nos nossos dias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO1EazyqrPns87eDqf8y4IPUn5ruxd2Jd8SXdziYjgKHGGjgAG1OgCAMuSBJQyi1FPLHIoNGH0yYLo5h5Iq1QS1-euG4FK3OrveKht9fgpk9ka8LEO5wurCtDvwG40WAaynBYykJkVe3AW/s1600/Ruggles-of-Red-Gap.-Pictured-Za-Su-Pitts-Chas-Laughton-Charles-Ruggles-Maude-Eburne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO1EazyqrPns87eDqf8y4IPUn5ruxd2Jd8SXdziYjgKHGGjgAG1OgCAMuSBJQyi1FPLHIoNGH0yYLo5h5Iq1QS1-euG4FK3OrveKht9fgpk9ka8LEO5wurCtDvwG40WAaynBYykJkVe3AW/s640/Ruggles-of-Red-Gap.-Pictured-Za-Su-Pitts-Chas-Laughton-Charles-Ruggles-Maude-Eburne.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O
EXTRAVAGANTE SENHOR RUGGLES <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Título
original: Ruggles of Red Gap <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Realização:</b> Leo McCarey
(EUA, 1935); Argumento: Walter DeLeon, Harlan Thompson, Humphrey Pearson,
segundo romance de Harry Leon Wilson ("Ruggles of Red Gap");
Produção: Arthur Hornblow Jr.; Música: John Leipold, Heinz Roemheld;Fotografia
(p/b): Alfred Gilks; Montagem: Edward Dmytryk; Direcção artística: Hans Dreier,
Robert Odell; Guarda-roupa: Travis Banton; Assistentes de realização: A.F.
Erickson; Som: Philip Wisdom; Apresentação: Adolph Zukor; Companhia de
produção: Paramount Pictures; <b>Intérpretes:</b>
Charles Laughton (Ruggles), Mary Boland (Effie Floud), Charles Ruggles (Egbert
Floud), Zasu Pitts (Prunella Judson), Roland Young (George), Leila Hyams (Nell
Kenner), Maude Eburne ('Ma' Pettingill), Lucien Littlefield, Leota Lorraine,
James Burke, Dell Henderson, Clarence Wilson, et<b>c. Duração:</b> 91 minutos; Distribuição em Portugal: Feel Filmes;
Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 28 de Maio de
1936.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">LEO McCAREY
(1898-1969)<o:p></o:p></span></b></div>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="line-height: 107%;">Filmografia
/ como realizador (principais filmes): 1921: Society Secrets (curta-metragem,
filme de estreia); 1925: Isn't Life Terrible? </span><span lang="EN-GB" style="line-height: 107%;">(c-m);
1926: Mighty Like a Moose (c-m); 1927: Sugar Daddies (1927 short); 1928: Pass
the Gravy (c-m); Should Married Men Go Home? (c-m); Habeas Corpus (c-m); We Faw
Down (c-m); 1929: Liberty (c-m); Wrong Again (c-m); Big Business (c-m); 1931:
Indiscreet (Indiscreto); 1932: The Kid from Spain (Toureiro à Força); 1933:
Duck Soup (Os Grandes Aldrabões); 1934: Belle of the Nineties; Six of a Kind
(Segunda Lua-de-Mel); 1935: Ruggles of Red Gap (O Extravagante Senhor Ruggles);
1936: The Milky Way (<b>Via Láctea); </b>1937:
Make Way for Tomorrow; 1937: The Awful Truth (Com a Verdade Me Enganas); 1939:
Love Affair (Ele e Ela); 1942: Once Upon a Honeymoon (Lua Sem Mel); 1944: Going
My Way (O Bom Pastor); 1945: The Bells of St. Mary's (Os Sinos de Santa Maria);
1948Good Sam (O Bom Samaritano; 1952: My Son John (Perseguem o Meu Filho);
1957: An Affair to Remember (O Grande Amor da Minha Vida); 1958: Rally </span></span>Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-37369494837293090222016-06-26T16:21:00.000-07:002016-07-17T16:56:39.554-07:00SESSÃO 29 - 29 DE JUNHO DE 2016<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgC90JgMwuhRlWnpV2yRYkHd14URR65bpBz4Rms8k7eR06Ew3RhUGY8ppHPFmSCba-Ge2XYTTlEf7HFPYL55a74LYOZwhyP-mhWHsJ8aiUywyvj6EerUQ8tSpmxs3Inr7TMuBilKUoRmDm/s1600/youcanttakeitwithyou_1938_lc_01_1200_071620081234.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="508" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgC90JgMwuhRlWnpV2yRYkHd14URR65bpBz4Rms8k7eR06Ew3RhUGY8ppHPFmSCba-Ge2XYTTlEf7HFPYL55a74LYOZwhyP-mhWHsJ8aiUywyvj6EerUQ8tSpmxs3Inr7TMuBilKUoRmDm/s640/youcanttakeitwithyou_1938_lc_01_1200_071620081234.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">NÃO
O LEVARÁS CONTIGO (1938)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqeY-LpEad4b9PTyys5fE23gplITSs6WMNl69zzr-6iQR5bH1-N9yOawNH_u-pK07RDAmC7KEXneePWaDPiDV8bcemVv_aRbKkhrAjyaD0upUYSI5UINykBtSM6eemEM9-LCaeLa0DG7Z0/s1600/Annex+-+Arthur%252C+Jean+%2528You+Can%2527t+Take+it+With+You%2529_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="484" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqeY-LpEad4b9PTyys5fE23gplITSs6WMNl69zzr-6iQR5bH1-N9yOawNH_u-pK07RDAmC7KEXneePWaDPiDV8bcemVv_aRbKkhrAjyaD0upUYSI5UINykBtSM6eemEM9-LCaeLa0DG7Z0/s640/Annex+-+Arthur%252C+Jean+%2528You+Can%2527t+Take+it+With+You%2529_01.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: x-large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Com “Não o Levarás Contigo”
surpreendemos um outro fabuloso exemplo da época de ouro de Capra e da comédia
social. Parece ter ficado claro que este é um cineasta da minha particular
estima e admiração, como se pode ter percebido pelas palavras que lhe
enderecei, e sobretudo pelo calor com que, julgo, as ter envolvido. Na verdade,
admiro muito Frank Capra, sobretudo o Capra da década de 30, até meados da
década de 40, o Capra das comédias de forte componente social, o Capra da
utopia.</b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Falemos, agora, um pouco de “Não o
Levarás Contigo”, rodado em 1938, depois de Capra ter assistido entusiasmado a
uma representação da peça teatral homónima, da autoria de George S. Kaufman e
Moss Hart, que com ela ganhariam o Prémio Pulitzer. Como sempre seria o seu
argumentista de serviço, Robert Riskin, a adaptá-la primorosamente a cinema.
Mas a peça possuía já todos os elementos essenciais ao cinema de Capra. Na
verdade, apesar de se tratar de uma adaptação, esta é, indiscutivelmente, outra
das obras mais significativas do pensamento de Capra. Tudo o que é caro ao
universo do cineasta aí se encontra.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>A acção central nasce do confronto de
dois estilos de vida: de um lado, um industrial de armamento, austero e egoísta,
que só pensa em monopólios e lucros; do outro, a alargada família da sua
secretária, generosa e caótica, onde cada um faz o que quer e o que muito bem
lhe passa pela cabeça, e onde alguns não pagam impostos, simplesmente
"porque não lhes apetece". O
industrial quer comprar a casa onde habita essa família de lunáticos, para aí
construir mais uma fábrica. Mas...<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Este esquema permite a Capra acumular um
conjunto de referências absolutamente reveladoras do seu cinema e do seu
pensamento humanista e utópico. O amor e a solidariedade contra o dinheiro e a
febre de acumulação de capital, o ruralismo e a simplicidade de comportamento
contra a grande metrópole e o artificialismo, a exaltação de valores primordiais
como o patriotismo, a família, a beleza dos puros de coração, o amor e a
amizade, a solidariedade social, que se expressa na singeleza de um "ama o
teu próximo". E para Capra, se esse "próximo" for do sexo
contrário, ainda melhor, porque não há história que não esteja nimbada de um
secreto erotismo, desde “Uma Noite Aconteceu” até este “Não o Levarás Contigo”.
<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Por tudo o que acabámos de referir,
ainda que de forma extremamente sucinta, “You Can't Take It With You” não pode
estar longe de “Doido Com Juízo” ou “Peço a Palavra” e anda muito próximo de “O
Mundo é Um Manicómio” ou de “Do Céu Caiu um Estrela”. Toda a filosofia de uma
generosa utopia está contida neste grupo de filmes, aparentemente de uma grande
simplicidade, mas realmente exemplares na forma como Capra encenava o seu
cinema.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Para os mais interessados nestas questões,
muitos dos filmes de Capra eram filmados com mais do que uma câmara, para assim
as ligações, os chamados "raccords", serem as mais perfeitas
possíveis, e permitindo um jogo de campo /contra campo muito vivo e rigoroso. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Admirador dos actores, de quem era
visivelmente um amigo, além de director, Capra deixa-os respirar em planos de
uma duração um pouco mais longa do que o normal, para permitir o
desenvolvimento das suas capacidades, sempre que isso é benéfico para a
intensidade dramática da obra. Por isso o seu ritmo de montagem varia, ora
nervoso e ágil, ora mais lento e saboreado. E pode dizer-se que, com actores
como James Stewart, Jean Arthur, Lionel Barrymore, Misha Auer, Edward Arnold,
Ann Miller e tantos outros, Frank Capra se podia considerar um cineasta feliz.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4PZRi7MVmdgIlNNH4JO9DHW5k3-EThzAmkWDHU0xjV2f7J75GsIjtTsIH4pqPhhWvlY7zwdJfSWXg-DYVsj7KSS_ltcxBgS5kMIKjGnNHKJalHBVsO6T_gTaafGa-KsKeFwAn270nZ_30/s1600/Annex+-+Miller%252C+Ann+%2528You+Can%2527t+Take+it+With+You%2529_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4PZRi7MVmdgIlNNH4JO9DHW5k3-EThzAmkWDHU0xjV2f7J75GsIjtTsIH4pqPhhWvlY7zwdJfSWXg-DYVsj7KSS_ltcxBgS5kMIKjGnNHKJalHBVsO6T_gTaafGa-KsKeFwAn270nZ_30/s640/Annex+-+Miller%252C+Ann+%2528You+Can%2527t+Take+it+With+You%2529_02.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">NÃO
O LEVARÁS CONTIGO <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Título
original: You Can't Take It With You <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realização:</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> Frank Capra (EUA, 1938); Argumento: Robert Riskin, segundo peça de
George S. Kaufman e Moss Hart; Produção: Frank Capra; Música: Dimitri Tiomkin;
Fotografia (p/b): Joseph Walker; Montagem: Gene Havlick; Direcção artística:
Stephen Goosson; Maquilhagem: William Knight; Guarda-roupa: Irene, Bernard
Newman; Assistentes de realização: Arthur S. Black Jr.; Departamento de arte:
Lionel Banks; Som: Edward Bernds, Garry A. Harris; Companhias de produção:
Columbia Pictures Corporation; <b>Intérpretes:</b>
Jean Arthur (Alice Sycamore), Lionel Barrymore (Martin Vanderhof), James
Stewart (Tony Kirby), Edward Arnold (Anthony P. Kirby), Mischa Auer
(Kolenkhov), Ann Miller (Essie Carmichael), Spring Byington (Penny Sycamore),
Samuel S. Hinds (Paul Sycamore), Donald Meek (Poppins), H.B. Warner (Ramsey),
Halliwell Hobbes (DePinna), Dub Taylor (Ed Carmichael), Mary Forbes, Lillian
Yarbo, Eddie 'Rochester' Anderson, Clarence Wilson, Josef Swickard, Ann Doran,
Christian Rub, Bodil Rosing, Charles Lane, Harry Davenport, Ward Bond, etc. </span><b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Duração:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> 126 minutos; Distribuição em Portugal: Warner
Home Video; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 21
de Dezembro de 1939. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQlHNYb8QVUMYQGhJNM4cYV0hfYEgFjVUJn0mp-Pf5l0Ol_jgn9brFJHidaDvvgvgzmpuA_2HSe_xz149Y6XJC8VYoX9jbOPMFq2OMr6M-kIQv3ieHJ1ZVhPW320KAG2E_LSp4eZqnsF7n/s1600/Frank-Capra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQlHNYb8QVUMYQGhJNM4cYV0hfYEgFjVUJn0mp-Pf5l0Ol_jgn9brFJHidaDvvgvgzmpuA_2HSe_xz149Y6XJC8VYoX9jbOPMFq2OMr6M-kIQv3ieHJ1ZVhPW320KAG2E_LSp4eZqnsF7n/s640/Frank-Capra.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">OS FILMES DE FRANK
CAPRA</span><o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Filmografia
/ Como realizador:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">
1921:</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Fultah Fisher's
Boarding House (curta-metragem); 1926: The Strong Man (Atleta à força); 1927:
Long Pants (Calças Compidas); 1928: For the Love of Mike (Os Três Pais); That
Certain Thing; So This Is Love; The Way Of The Strong; The Matinee Idol; Say It
Whith Sables (O Preço do Amor); Submarine (O Mergulhador); The Power of the
Press; 1929: The Younger Generation (A Geração Moderna); The Donovan Affaire;
Fligth; 1930: Ladies of Leisure (na RTP: Damas do Prazer); Rain or Shine; 1931:
Dirigible (O Dirigível); The Miracle Woman; Platinum Blonde; Forbidden (O Seu
Grande Amor); 1932: American Madness (Loucura Americana); 1933: The Bitter Tea
of General Yen (A Grande Muralha); Lady For a Day (Milionária Por Um Dia);
1934: It Happened One Night (Uma Noite Aconteceu); Broadway Bill (Derradeira
Vitória); 1936: Mr. Deeds Goes To Town (Doido com Juízo); 1937: Lost Horizon
(Horizonte Perdido); 1938: You Can't Take It Whith You (Não o Levarás Contigo);
1939: Mr. Smith Goes To Washington (Peço a Palavra); 1941: Meet John Doe (Um
João Ninguêm); Arsenic And Old Laces (O Mundo é um Manicómio); 1942: Why We
Fight?: Prelude To War; 1943: Why We Fight?: The Nazis Strike; Why We Fight?:
Divide And Conquer; Da série Why We Fight?, Frank Capra produziu e
supervisionou a realização dos outros seguintes episódios: Britain (R: Anthony
Veiller); The Battle of Britain (R: Anthony Veiller); The Battle of Russia (R:
Anatole Litvak); The Battle of Chine (R: Frank Capra e Anatole Litvak); The
Negro Soldier in World War II (R: Stuart Heisler); Tunisian Victory (R: Hugh
Stewart); War Comes to America (R: Anatole Litvak); Know Your Enemy: Germany
(R: Gottfried Reinhardt e Ernest Lubitsch); Know Your Enemy: Japan (R: Frank Capra e Joris
Ivens); Your Job in Germany; Two Down
and One to Go; 1946: It's A Wonderful Life (Do Céu Caiu Uma Estrela); 1948:
State of the Union (Um Filho do Povo); 1950: Riding High (Desejo) segunda
versão de «Broadway Bill»; 1951: Here Comes the Groom (A Sorte Bate À Porta);
1956: Our Mr. Sun (doc.); 1957: Hemo The Magnificient (doc.); The Strange Case
Of The Cosmic Rays (doc.); 1958: The Unchainned Goddess (doc.); 1959: A Hole In
The Head (Tristezas Não Pagam Dívidas); 1961: Pocketful Of Miracles (Milagre
Por Um Dia) segunda versão de «Lady For A Day»; 1964: Rendez Vous In Space
(curta-metragem</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">).<o:p></o:p></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-185996770976812466.post-13756666066945320512016-06-26T16:13:00.001-07:002016-07-17T16:56:27.195-07:00SESSÃO 28 - 28 DE JUNHO DE 2016 <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRqySrz8-D4k4C71FtfmCXcIBtkAJmd_3ffhoodW5DZnuuhPSdGyvkPw0kXbDmmELHDWkuszY-tZuuLNOSsbxGm1zwtZGMoVsmkHfrVHf3u8PiQZdV_2q6r2yl2wwJeUETM14b_i-J3TRz/s1600/Movies_Arsenic_and_Old_Lace_055190_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="502" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRqySrz8-D4k4C71FtfmCXcIBtkAJmd_3ffhoodW5DZnuuhPSdGyvkPw0kXbDmmELHDWkuszY-tZuuLNOSsbxGm1zwtZGMoVsmkHfrVHf3u8PiQZdV_2q6r2yl2wwJeUETM14b_i-J3TRz/s640/Movies_Arsenic_and_Old_Lace_055190_.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="font-size: x-large;">O MUNDO È UM MANICÓMIO (1941,1944)</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUTAenvBW4Wf9O2K1I0q79184t5hpAR6QoeG-wBr7xHbinBT7gvdecELrLQPNS4UJ_h6RW9ZrFNF6qLqQL8G8V5LrkER1TgjGygZLbOgxbCmUjNsFvHe6acf2N5fhcoUEKKx9m3MDwYjfK/s1600/aaol-002.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUTAenvBW4Wf9O2K1I0q79184t5hpAR6QoeG-wBr7xHbinBT7gvdecELrLQPNS4UJ_h6RW9ZrFNF6qLqQL8G8V5LrkER1TgjGygZLbOgxbCmUjNsFvHe6acf2N5fhcoUEKKx9m3MDwYjfK/s640/aaol-002.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><span style="font-size: x-large;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>“O Mundo é Um Manicómio” foi dirigido
por Frank Capra em 1941, mas só seria estreado na América em 1944. Já iremos
saber porquê. Por isso mesmo, o melhor é começar por um pouco de história. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Frank Capra é seguramente um dos maiores
autores de comédias cinematográficas de sempre. Tenho para mim que “Uma Noite
Aconteceu”, “Doido com Juízo”, “Não o Levarás Contigo”, “Peço a Palavra”, “Um
João Ninguém”, “O Mundo é Um Manicómio” e “Do Céu Caiu uma Estrela”, para só
citar estas, constituem um conjunto de comédias verdadeiramente invulgar, todas
elas rodadas numa dúzia de anos, precisamente entre 1934 e 1946. Raros autores
conseguiram um tal volume de obra com uma tão grande coerência e consistência de
temas, com um tão notável grau de eficácia narrativa, de estilo, de humor e de
intransigente defesa de valores humanistas que os tempos impuseram e o talento
e o espírito de Capra captaram de forma admirável. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>A América, e o mundo, atravessavam um
período particularmente conturbado. A crise económica era intensa. O
"crach" de 1929 deixara pesadas marcas na economia mundial. Roosevelt
tentava impor o seu plano de recuperação nacional através do "New
Deal" e Frank Capra foi, ao longo dos anos, o seu melhor instrumento. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas há que referir aqui um aspecto que
me parece absolutamente decisivo para o bom êxito deste empreendimento: Capra
não executava encomendas. Capra rodava filmes em que acreditava, que reflectiam
o seu tempo e se deixavam impregnar pelo espírito do "New Deal" de
uma forma absolutamente espontânea. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Este aspecto sente-se em todos os
títulos atrás mencionados e funciona como uma marca de autoria, de tal forma
que hoje em dia, quando se vêem filmes de certa forma utópicos e idealistas, se
diz serem "à maneira de Capra". Actualmente, a América tem recuperado
muito desse espírito, infelizmente talvez um pouco porque os tempos são
igualmente de forte crise económica e se impõe uma recuperação desse idealismo
e dessa vontade colectiva de vencer a crise solidariamente. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg72UImtomGEfEjKHpX7CKhOSOGPhKZUEPe-U5IefQF3XAu7u1I8JGT9rYv7DXUKweZDU9xMhhtO3bvc8qGrBb159AW52lgeCyvius2B42CrssY_grsMBMNZ9ECzJIztqQDURXCLImxyZiQ/s1600/010-arsenic-and-old-lace-theredlist.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg72UImtomGEfEjKHpX7CKhOSOGPhKZUEPe-U5IefQF3XAu7u1I8JGT9rYv7DXUKweZDU9xMhhtO3bvc8qGrBb159AW52lgeCyvius2B42CrssY_grsMBMNZ9ECzJIztqQDURXCLImxyZiQ/s640/010-arsenic-and-old-lace-theredlist.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Pois bem, em 1941 Capra encontrava-se no
auge da sua carreira, sendo um dos mais bem sucedidos cineastas de Hollywood.
Teve à sua disposição contratos fabulosos propostos por David Selznick e pela
Fox, mas acabaria por ingressar nas forças armadas, convidado para dirigir um
departamento de cinema do Exército. Antes, porém, de ingressar nas fileiras,
teve direito a algum tempo que procurou ocupar dirigindo um filme que ele
considerava "alimentar, feito para suprir as necessidades alimentares da
família." <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Capra tinha visto na Broadway uma peça
de grande sucesso nessa altura, "Arsenic and Old Lace", da autoria de
Joseph Kesselring, e procurou interessar Jack Warner neste projecto. Ele
comprometia-se a rodá-lo em quatro semanas, quase integralmente em estúdio, num
cenário único, com meia dúzia de actores, entre eles Cary Grant, o mais popular
comediante da América. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>E assim se fez: o cenário era o interior
e parte do exterior da casa de duas bondosas velhinhas que se entretinham a
distribuir veneno por velhinhos que enterravam depois na cave, onde um lunático
que se fazia passar por Ted Roossevelt lançava as bases do canal do Panamá, nos
intervalos de vitoriosas cargas sobre o inimigo. Capra conseguiu que alguns dos
actores do elenco da Broadway utilizassem as semanas de férias para virem
filmar consigo em Hollywood, com uma excepção de peso: Boris Karloff que fazia
o papel de Jonhnathan no teatro e que os empresários não libertaram, foi
substituído por Raymond Massey, que aliás ostenta uma caracterização muito
semelhante à da figura de Frankenstein, o que permite deliciosos trocadilhos,
como poderão ver. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>O filme fez-se nas quatro semanas
previstas, foi concluído depois em tempo "record", porque,
entretanto, ocorreu o ataque de Pearl Harbour e os EUA intensificaram a sua
intervenção no conflito, mas “Arsenic and Old Lace” só seria estreado
oficialmente em salas norte-americanas em 1944, porque assim o impunha o
contrato com a companhia teatral: só depois da peça ter terminado a sua
carreira normal nos palcos da Broadway, é que o filme poderia ser lançado. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Estreou e foi um sucesso fulgurante. Se
bem que afastando-se um pouco da temática usual de Capra, “O Mundo é Um
Manicómio” é uma fabulosa demonstração do talento deste cineasta, do seu
estilo, da sua direcção de actores, do seu humor.…Um humor que, passados 60
anos, mantem toda a frescura, toda a espontaneidade, toda a alegria de viver,
mesmo quando o humor é um humor negro como é o caso. E pronto é altura de
também nós gritarmos "À carga!" e passarmos rapidamente ao filme. </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1vTnnezFkf8HXJcxnhqdWn-IcSOl0ky-m0QFEsUiP1z7pn22TJe6W2oY9A-cfrZGcxG4koTb-4nrEVYF5sEx2gwPjRKmrnIVuq6ED9R85u4uFpeKOH3K6335cBZsfPPQ6JA4DVAyyMzS4/s1600/arsenic-old-lace-rca-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1vTnnezFkf8HXJcxnhqdWn-IcSOl0ky-m0QFEsUiP1z7pn22TJe6W2oY9A-cfrZGcxG4koTb-4nrEVYF5sEx2gwPjRKmrnIVuq6ED9R85u4uFpeKOH3K6335cBZsfPPQ6JA4DVAyyMzS4/s640/arsenic-old-lace-rca-1.jpg" width="570" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O MUNDO É UM MANICÓMIO <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Título original: Arsenic and
Old Lace <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realização:</span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> Frank Capra (EUA, 1941, 1944);
Argumento: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, segundo peça de teatro de
Joseph Kesselring; Produção: Jack L. Warner, Frank Capra; Música: Max Steiner;
Fotografia (p/b): Sol Polito; Montagem: Daniel Mandell; Direcção artística: Max
Parker; Guarda-roupa: Orry-Kelly; Maquilhagem: Perc Westmore, George Bau, Anita
De Beltrand, John Wallace; Direcção de
Produção: Eric Stacey, Steve Trilling;
Assistentes de realização: Claude Archer, Russell Saunders; Departamento
de arte: Lucien Hafley, Keefe Maley, Alfred Williams, Levi C. Williams; Som:
C.A. Riggs, Everett Alton Brown; Efeitos especiais: Robert Burks, Byron Haskin;
Companhia de produção: A Warner Bros.-First National Picture; <b>Intérpretes:</b> Cary Grant (Mortimer
Brewster), Priscilla Lane (Elaine Harper), Raymond Massey (Jonathan Brewster),
Jack Carson (O'Hara), Edward Everett Horton (Mr. Witherspoon), Peter Lorre (Dr.
Einstein), James Gleason (LTenente. Rooney), Josephine Hull (Abby Brewster),
Jean Adair (Martha Brewster), John Alexander ('Teddy Roosevelt' Brewster),
Grant Mitchell (Reverendo Harper), Edward McNamara (Brophy), Garry Owen, John
Ridgely, Vaughan Glaser, Chester Clute, Charles Lane, Edward McWade, Spencer
Charters, Jimmy the Crow, Sol Gorss, Herbert Gunn, Roland Jones, Hank Mann,
Spec O'Donnell, Lee Phelps, Don Phillips, Raymond Walburn, Leo White, Jean
Wong, etc. <b>Duração:</b> 118 minutos;
Distribuição em Portugal: </span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Warner
Home Video;</span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">
Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 3 de Fevereiro
de 1947.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpYdeyhCe8AGjwJg8faZ5xUyqxk87ujwlvWbzwJojQagk2rBY3mq4XN7qxXH02s8_Q4lwcMGU5RPxr_fMlsy8xADP9jK-4m25F6PpbH6Jj4thCgsV366T3LtfZnlelU1G73UXl7TXrJlQX/s1600/Et.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpYdeyhCe8AGjwJg8faZ5xUyqxk87ujwlvWbzwJojQagk2rBY3mq4XN7qxXH02s8_Q4lwcMGU5RPxr_fMlsy8xADP9jK-4m25F6PpbH6Jj4thCgsV366T3LtfZnlelU1G73UXl7TXrJlQX/s640/Et.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">FRANK
CAPRA (1897-1991)</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Frank Capra foi considerado um dos
mestres da comédia social. “Uma Noite Aconteceu”, “Doido com Juízo”, “Não o
Levarás Contigo”, “Peço a Palavra”, “Um João Ninguém”, “O Mundo é Um
Manicómio”, “Do Céu Caiu uma Estrela” ou “Horizonte Perdido” são títulos
respeitantes às décadas de 30 e 40, a sua época de consagração e plenitude.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Frank Capra é de origem siciliana.
Nasceu a 18 de Maio de 1897, na localidade de Bisaquino, na tumultuosa ilha da
Sicília. A família emigrou para os EUA quando ele contava apenas seis anos de
idade, instalando-se em Los Angeles. Mas a sua educação leva-o para o campo das
ciências, formando-se em 1918, em Engenharia Química. Passa pelo exército, e,
ao sair, encontra a América à beira do colapso económico. É difícil arranjar
emprego, e por isso aproveita para viajar à boleia pelos estados do Arizona,
Nevada e Califórnia. Diz a lenda que, durante a "lei seca", recusou o
convite de um dirigente da mafia local para montar um fábrica clandestina,
cujos alambiques não deitassem cheiro. Em vez disso, respondeu a um anúncio que
pedia "realizador" para um novo estúdio. Quem colocara o anúncio no
jornal fora um actor shakespeareano de nome Walter Montague, que fundara as
"Productions Fireside", onde Frank Capra se estreia com uma curta
metragem sobre um poema de Rudyard Kipling. Pouco tempo depois, passa a
trabalhar num laboratório de cinema, onde assiste à rodagem de várias obras,
algumas delas dirigidas por cineastas como Eric Von Stroheim, o que lhe permite
ir aprendendo o ofício. Aparece no elenco técnico de diversos filmes, como
acessorista, montador, argumentista, inventor de gags. É nesta condição que é
contratado por Hal Roach e, posteriormente, por Mack Sennett para a sua fábrica
de comédias, onde começa a sua colaboração com o cómico Harry Langdon. Dois dos
mais célebres filmes de Langdon são realizados por Capra, em 1926, “Atleta à
Força” e “Calças Compridas”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas o mau feitio do actor leva-o a
deixar Marc Sennett, e depois a despedir Capra. Em 1928, de novo sem emprego, é
contratado por um pequeno estúdio, a Columbia Pictures, nessa altura dirigida
por Harry Cohn. Aí irá permanecer durante uma dúzia de anos, ajudando a fazer
da Columbia um dos grandes estúdios de Hollywood. Roda filmes a uma velocidade
vertiginosa e quase todos se tornam êxitos de bilheteira. A América atravessa
um dos seus piores momentos de sempre e Capra é sensível ao estado de espírito
dos seus concidadãos. As suas obras, melodramas, como “A Grande Muralha”,
dramas como “Milionária por um Dia”, comédias como “Loucura Americana”, começam
a impor um estilo, a que mais tarde se chamará o "Capra Touch" (o
toque Capra), que o celebrizará. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas Frank Capra vive obcecado pela
conquista de um Oscar, prémio atribuído pela recém-criada Academia de
Hollywood. Faz parte da história das cerimónias de atribuição dessas invejadas
estatuetas um episódio protagonizado por ele. Em 1933, realiza “A Grande
Muralha”, que inaugura, com pompa e circunstância, o Radio City Music Hall, de
Nova Iorque. O êxito é grande, mas quanto a Oscars o filme ficou em branco. A
película seguinte, “Milagre por um Dia”, reservava-lhe finalmente uma nomeação
para o "melhor realizador". No dia da atribuição dos prémios, Capra
estava tão seguro de si que, quando o apresentador anuncia o Oscar ganho por
Frank..., Capra não espera por mais nada e dirige-se para o palco. O Oscar iria
para Frank, sim, mas para Frank Lloyd, que dirigira “Cavalgada”. Foi um mau
momento que, todavia, duraria pouco. Em 1934, com “It Happened One Night”,
Capra vê este seu trabalho arrebatar os 5 Oscars mais importantes: melhor
filme, melhor realização, melhor actor principal (Clark Gable), melhor actriz
principal (Claudette Colbert) e melhor argumento (atribuído a Robert Riskin,
colaborador regular de Capra e seguramente uma das bases do seu triunfo). Na
história de Hollywood só dois outros realizadores repetem a graça: em 1975,
Milos Forman, com “Voando Sobre um Ninho de Cucos”, e, posteriormente, em 1991,
Jonathan Demme, com “O Silêncio dos Inocentes”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Com “Uma Noite Aconteceu” Frank Capra
ascendeu à gloria que ele tanto perseguia há já alguns anos. Os Oscars que
recebeu, as críticas que então se publicaram, os prémios que acumulou, as
honrarias que lhe encheram o ego, mas sobretudo a forma calorosa como o filme
foi recebido pelo público de todo o mundo, transportaram o cineasta "ao
Everest do cinema", como o próprio autor confessa na sua autobiografia
que, sintomaticamente, se chama, no original, “The Name Above the Title”. E é
precisamente essa biografia, extremamente curiosa e repleta de histórias
divertidas e pitorescas sobre Hollywood e o universo do cinema, que iremos
continuar a citar.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvOk4-0lV7qQYSr9l3yBoWyU-zqOv93oQVRIkdi1QRmJO17b-Lb4a_C2agON0KAdLL2kE6Sl9QWT_sM6BUzf5vfCBqWFZTc8X1pJ7bYxhhU7mhyphenhyphen-YTF5r7fz3g-THI_jVmgjOhjjXJ46Kg/s1600/013-frank-capra-theredlist.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvOk4-0lV7qQYSr9l3yBoWyU-zqOv93oQVRIkdi1QRmJO17b-Lb4a_C2agON0KAdLL2kE6Sl9QWT_sM6BUzf5vfCBqWFZTc8X1pJ7bYxhhU7mhyphenhyphen-YTF5r7fz3g-THI_jVmgjOhjjXJ46Kg/s640/013-frank-capra-theredlist.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Capra sabe que o mundo do espectáculo
era, e é ainda hoje, implacável para com os perdedores. Sabia que homens que
tiveram o mundo na mão, como Griffith e Marc Sennett, viveram na penumbra do
esquecimento os últimos anos das suas vidas. Manter o êxito é difícil e
qualquer erro pode ser o último. Depois do triunfo de “It Happened One Night”,
Frank Capra ficou apavorado com o que fazer a seguir. E não quis mesmo fazer
mais nada. Mas, para que ninguém o perturbasse nesse retiro, resolveu inventar
uma doença. Diariamente se dizia muito cansado, e conseguia mesmo que o
termómetro fosse registando aqueles incómodos 37- 7 , 37- 9 que iam afligindo
os médicos e a família, e o afastavam dos estúdios da Columbia Pictures, onde o
produtor Harry Cohn afadigadamente lhe ia descobrindo projectos. A coisa foi de
tal ordem, que ao fim de algum tempo, os vários médicos que ia visitando, à
força de nada lhe encontrarem, lhe prognosticaram uma tuberculose. Mas Capra,
qual doente imaginário, sentia-se bem, mesmo com a tuberculose. O que ele não
queria mesmo era voltar aos estúdios e ter de responder publicamente pelas
responsabilidades assumidas com o seu último filme. Até que um dia...<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Um dia, estava ele no quentinho da sua
sala, ouvindo pela rádio as ameaçadoras gabarolices de Hitler, quando um
admirador pediu para o ver. Não se sabe muito bem como tudo aconteceu, Capra
deixa o episódio envolto num certo mistério, daqueles de que se fazem os mitos,
mas a verdade, segundo o relato do cineasta, é que lhe apareceu um homenzinho
careca de fortes lunetas que o acusa de ser um cobarde. E mais do que isso, uma
ofensa a Deus. E prosseguiu na sua invectiva: "Está a ouvir essa voz
demoníaca, referia-se a Hitler, que tenta desesperadamente contaminar o mundo
com o seu ódio. A quantas pessoas se dirige ele? A quinze, vinte milhões. O
senhor, e agora dirigia-se a Capra, pode falar a centenas de milhões de pessoas
durante duas horas e na obscuridade. O talento que tem, não lhe pertence, não o
adquiriu por meios próprios. Foi Deus quem lho deu. Ele ofertou-lhe esse dom
para o colocar ao seu serviço. Quando se recusa a utilizá-lo, está a ofender a
Deus e à Humanidade. Adeus." E o homenzinho foi-se embora, ficando Capra
no mais profundo silêncio, diz ele que deixando escorregar pelo rosto umas
lágrimas de vergonha. E no dia seguinte estava a trabalhar no argumento de
"Opera Hat", donde resultaria “Mr. Deeds Goes To Town”.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Não se sabe se a história é verdadeira,
mas não deixa de ser reveladora. Reveladora é uma palavra que tem a ver com
Revelação. O cinema de Capra não mais deixaria de ser um cinema de Revelação,
mas de uma Revelação profundamente enraizada em questões sociais essenciais.
Logo a começar por “Doido com Juízo” que é bem o manifesto de um autor, e
talvez neste aspecto a sua obra mais perfeita, pelo menos a mais significativa.
<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Numa época de profunda crise económica e
social, num período de angústia e mesmo desespero, como foi o início da década
de 30 na América, Frank Capra criou um herói provinciano, ingénuo mas
intimamente forte e seguro de si e das suas convicções, que desafia a cidade
desumana, as instituições públicas e privadas, dominadas pela corrupção, e que,
mais do que tudo isso, consegue trazer consigo a revelação do amor e da solidariedade
social. É o herói individual que a América vai consagrar no rosto incorruptível
de Gary Cooper. Diz a lenda também que um actor amigo de Capra um dia lhe
disse: "Deixa de te preocupar com o que deves dizer às pessoas. Isso
fá-.las fugir. Limita-te a contar histórias simples de homens e mulheres e a
fazer rir. Este é o teu ponto forte. Inconscientemente farás deslizar nos teus
filmes uma mensagem, seja ela qual for. Não podes impedir-te disso." Capra
fez as suas histórias, e deixou-as viver com o seu coração. A mensagem era
sempre a mesma, porque era a sua forma de ver e sentir o mundo e os seus
problemas. A utopia dos bons sentimentos pode ser apenas isso, mas o retrato
que fica subjacente permanece intocável. E nada no filme é tão simples que se possa
dizer pueril. Mesmo a ingenuidade do herói que sai do “país real" para
afrontar a metrópole corrupta, acaba por sucumbir e ser salvo por uma outra
revelação, a do amor de uma mulher da cidade, diga-se que excelentemente
interpretada por Jean Arthur. Esta é a América dos anos de crise da década de
30. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>O cinema de Capra expressa um populismo
voluntarista e utópico, exemplo típico de uma fé total na democracia, sobretudo
na democracia norte-americana dos primórdios que Lincoln e Jefferson
construíram. Capra e os seus heróis trazem consigo a reposição dos valores
esquecidos ou adulterados da democracia. Valores esquecidos ou adulterados na
América, valores totalmente subvertidos na Europa, onde, nesse final dos anos
30 e na década seguinte, os totalitarismos cresciam, com o nazismo, o fascismo,
o comunismo a instalarem-se um pouco por todo o lado. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Capra acredita no Homem, no seu
Humanismo, na sua possibilidade de reformar o sistema, de o transformar através
do amor e da dedicação a causas justas. Capra acredita que a integridade e a
honestidade de uns tantos irão impedir a perversão do sistema empreendida por
alguns em proveito próprio. Capra acredita, portanto, que o Mal não triunfa, se
o Bem se mantiver vigilante e for suficientemente corajoso para intervir e
lancetar a gangrena. E Capra diz tudo isto com fé e alegria, fazendo filmes
simples na sua aparência, lineares na sua estrutura, que irão galvanizar o povo
americano. Por isso Capra foi o melhor instrumento da política de Franklin
Roosevelt para o ressurgimento da América através do New Deal. E foi-o sobretudo
porque não fazia filmes de encomenda. Ninguém lhe dizia o que devia dizer. Ele
fazia os filmes que queria, que por uma feliz coincidência de propósitos se
integravam plenamente no espírito do New Deal, o projecto político da
reconstrução norte-americana, que procurava sobretudo devolver a voz ao cidadão
e esperar que fosse ele a tomar nas suas mãos o destino da América. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas, se a esperança da reconstrução
nacional se dirigia para o esforço do cidadão anónimo, a vontade política ia no
sentido de criar um rudimento do Estado providência que ofertasse ao cidadão as
ferramentas económicas, através do crédito, e lhe criasse zonas de segurança
social, para combater e vencer a grande Depressão. Com base no pensamento de
homens como Thomas Jefferson, Franklin Roosevelt esperava, disse ele,
"refazer a vida nacional segundo um modelo que, voltasse ou não a antiga
prosperidade, provocasse um maior sentido de justiça social e respondesse aos
pedidos de uma nova democracia." Houve quem visse nas ideias de Roosevelt
um perigo "vermelho", mas os rudimentos de socialização da sociedade
eram apoiados até pela igreja. O próprio Papa Pio XI pedia uma mais forte
participação católica na reconstrução da ordem social, e muitas outras
religiões, populares nos EUA, associavam-se-lhe nas intenções. A II Guerra
Mundial iria terminar com o esforço do New Deal, mas esta época de franca
prosperidade e de uma maior justiça social ficaria para sempre marcada na
história dos EUA com uma pedra branca, inclusive no campo literário e artístico.
Muitos foram os escritores, de John dos Passos a Steinbeck e Hemingway, muitos
foram os artistas, na música, na pintura, no teatro, no cinema, a sentirem o
chamamento social, o apelo do povo para a reconstrução da sociedade em moldes
mais justos e humanos. Capra foi apenas um entre muitos, mas no campo do
cinema, e sobretudo na comédia, ele foi exemplar. Como exemplar foi também John
Ford no drama social, desde “A Estrada do Tabaco” às “Vinhas da Ira”. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Durante a II Guerra Mundial, Frank
Capra, mobilizado pelas forças armadas norte-americanas, supervisionou um
conjunto admirável de documentários, subordinados ao título genérico “Why We
Fight”, e que pretendiam precisamente mostrar aos americanos porque é que eles
deveriam entrar na guerra e combater a ameaça nazi, mostrando quem eram os
inimigos, e testemunhando algumas das mais famosas batalhas realmente vividas
na carne, de Inglaterra à Tunisia ou à China. Sob as ordens de Capra estiveram
cineastas como John Ford, Anatole Litvak ou Joris Ivens, e o conjunto destes
filmes é o mais espantoso e brilhante documento que a II Guerra Mundial nos
deixou como resposta ao "terrificante" Triunfo da Vontade, da alemã
Leni Riefenstahl.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>No pós-guerra, Capra ainda nos daria
filmes extremamente interessantes, entre as quais mais uma obra-prima
indiscutível, “Do Céu Caiu uma Estrela”, que data de 1946. Nas décadas de 50 e
60, “Tristezas não pagam Dívidas” e “Milagre por Um Dia”, "remake" de
uma obra anteriormente realizada pelo próprio Capra, são ainda títulos a não
menosprezar, bem assim como toda a sua actividade no campo do documentarismo
científico e educacional, em encomendas da Bell System, actividade que o ocupou
entre 1952 e 1957. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Capra, glória de Hollywood, faleceu a 3
de Setembro de 1991, com 94 anos de idade e uma vida cheia de histórias que ele
descreveu parcialmente numa bem humorada e ágil autobiografia a que deu por
título "The Name Above the Title".<o:p></o:p></b></span></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>*Ver filmografia de Frank Capra na folha
de “Não o Levarás Contigo”.</b><span style="font-size: 9pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Lauro Antóniohttp://www.blogger.com/profile/10809594794377056368noreply@blogger.com0