domingo, 18 de dezembro de 2016

SESSÃO 60 - 20 DE DEZEMBRO DE 2016


NATAL BRANCO (1954)

São muitos os chamados “filmes de Natal”, mas este é, seguramente, um dos mais conhecidos e celebrados. Mas, aparentemente nada faria prever o prolongado sucesso de “White Christmas”, dado que o filme nunca parece ultrapassar o nível de uma xaroposa história melodramática, com uns pozinhos de patriotice barata, umas quantas canções e números musicais e um “happy end” que nunca esteve em causa desde início, dada a previsibilidade das peripécias. Acontece que é tudo assim, tal como fica descrito, mas também não é bem assim. Não se trata de umas canções quaisquer, mas de obras com a assinatura de alguns mestres neste campo, nomeadamente Irving Berlin, de quem se ouve um tema que é dos mais populares de toda a história da música norte-americana, precisamente “White Christmas” que dá o título ao filme, e que desde 1942 se impunha como uma das canções anualmente mais tocadas em todo o mundo. Pode mesmo considerar-se “White Christmas” a canção de Natal por excelência.
A banda sonora é, portanto, magnífica, o que por si só constitui um trunfo. Enorme. Depois, há que acrescentar o elenco. Bing Crosby foi o cantor que contabilizou até hoje mais “royalties” interpretando “White Christmas” (cerca de 50% do total facturado pela canção), identificando-se por completo com este tema, e a seu lado surge um outro actor que nos anos 50 era uma vedeta em pleno, Danny Kaye.
Deve dizer-se, aliás, que Danny Kaye não foi a primeira escolha para este filme, Fred Astaire era o escolhido desde início, mas por impossibilidade não pode aceitar o convite que seria ainda endereçado a Donald O’Connor antes de chegar a vez de Danny Kaye. O’Conner também se viu forçado a recusar o contrato, por razões de saúde (nessa altura problemas com a coluna, não lhe permitam dançar, o que o filme exigia). Quando chega a vez de Danny Kaye este não hesita, mas coloca condições draconianas: exige desde logo 10% sobre os lucros da obra, mas igualmente a necessidade de colocar dois novos argumentistas ao lado de Norman Krasna, precisamente os homens de sua confiança, Norman Panamá e Melvin Frank.


A razão era fácil de perceber. Os filmes onde Danny Kaye aparecia eram imaginados e escritos em função do actor e das suas características fantasistas. “White Christmas” não era um filme com a marca Danny Kaye e era necessário adaptá-lo ao actor, ainda que no final este actor fique sempre secundarizado pela própria história. O facto dele ser um soldado raso ao lado de um Bing Crosby capitão deve ter ajudado. A acompanhar estas duas vedetas masculinas, dois nomes femininos sonantes na época, ainda que por razões diversas: Vera-Ellen era uma das maiores bailarinas daquela época e Rosemary Clooney uma das vozes mais apreciadas na década de 50 (o filme é de 1954). O ramalhete estava composto, com um pouco de tudo, para todos os gostos.
O argumento também fora criteriosamente estudado para ser bem recebido pelo público a que se dirigia. Estamos em meados da década de 50, os Estados Unidos tinham saído da II Guerra Mundial há um década, durante a qual os veteranos do conflito tinham adquirido ressonância épica e é sobre um desses homens que o filme fala. Durante os anos do conflito na Europa, os americanos tinham-se distinguido, sobretudo depois do desembarque na Normandia.
Algures numa dessas “frentes”, o general Thomas F. Waverly (Dean Jagger) comanda um destacamento de que fazem parte o capitão Bob Wallace (Bing Crosby), e o soldado Phil Davis (Danny Kaye). Numa noite de Natal, antes de iniciarem mais uma ofensiva, comemoram a efeméride debaixo de uma chuva de bombas inimigas. Anos depois, e conquistada a paz, Bob Wallace, que é um célebre cançonetista, e Phil Davis, com quem passou a constituir parelha, passeiam a sua fama pelos restaurantes, cabarets e teatros norte-americanos, até que um dia, de novo perto da época do Natal, se encontram ocasionalmente com uma outra dupla em busca de sucesso, as irmãs Haynes, Betty (Rosemary Clooney) e Judy (Vera-Ellen).
Se já existia o glamour da música, passa a aparecer agora o toque mágico do “romance”, a que se virá a acrescentar ainda a exaltação patriótica, quando todos resolvem restaurar a confiança perdida pelo general Thomas F. Waverly, que não se revela tão bom director de hotel (numa estância de turismo de Inverno, onde falta a neve) como o fora no campo de batalha. E assim se chega ao final apoteótico, onde, numa noite de Natal, tudo se conjuga para a felicidade completa: dois casais de cantores e bailarinos que assumem o seu amor, perante o olhar paternal de um general de novo passando revista às suas fieis tropas, enquanto se vão ouvindo os acordes de “White Christmas”, de Irving Berlin, e do céu começa a cair a neve que reporá justiça nos cofres do hotel.
Filme mais natalício não há, sobretudo em meados da década de 50. Com os EUA no rescaldo da II Guerra Mundial e o Plano Marshal na Europa, esta é a imagem de felicidade que convém fazer passar. Com o brilho de Inving Berling e a competência narrativa de um mestre da eficácia, Michael Curtiz.


NATAL BRANCO
Título original: White Christmas

Realização: Michael Curtiz (EUA, 1954); Argumento: Norman Krasna, Norman Panama, Melvin Frank; Música: Gus Levene, Joseph J. Lilley, Bernard Mayers, Van Cleave, Irving Berlin (canção "White Christmas"); Fotografia (cor): Loyal Griggs; Montagem: Frank Bracht; Direcção artística: Roland Anderson, Hal Pereira; Decoração: Sam Comer, Grace Gregory; Guarda-roupa: Edith Head; Maquilhagem: Wally Westmore; Assistentes de realização: John R. Coonan; Departamento de arte: Dorothea Holt; Som: John Cope, Hugo Grenzbach; Efeitos especiais: John P. Fulton; Produção: Robert Emmett Dolan; Intérpretes: Bing Crosby (Bob Wallace), Danny Kaye (Phil Davis), Rosemary Clooney (Betty Haynes), Vera-Ellen (Judy Haynes), Dean Jagger (Gen. Thomas F. Waverly), Mary Wickes (Emma Allen), John Brascia (Joe), Anne Whitfield (Susan Waverly), Bea Allen, Joan Bayley, Tony Butala, Glen Cargyle, George Chakiris, Barrie Chase, Les Clark, Lorraine Crawford, Robert Crosson, Marcel De la Brosse, Mike Donovan, Ernie Flatt, Bess Flowers, Gavin Gordon, Johnny Grant, Percy Helton, I. Stanford Jolley, Richard Keene, Vivian Mason, Peggy McKim, James Parnell, Sig Ruman, Richard Shannon, Dick Stabile, Grady Sutton, Herb Vigran, etc. Duração: 120 minutos; Distribuição em Portugal /DVD: Lusomundo Audiovisuais; Classificação etária: M/ 6 anos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

SESSÃO 59 - 13 DE DEZEMBRO DE 2016


A RESSACA (2009)

“A Ressaca”, de Todd Phillips, bateu records de público nesse verão de 2009 nas salas dos EUA e um pouco por todo o lado. O que quase nunca é bom sinal, no campo das comédias. Mas esta é realmente divertida, tem ritmo, bons actores, que compõem personagens interessantes, e globalmente é um bom entretenimento como há muito não se via, dentro do género, vindo da América. Por isso teve sequelas: “A Ressaca - Parte II” (2011) e “A Ressaca - Parte III” (2013), até agora. De ressaca em ressaca vai perdendo graça e brilho. Demasiadas ressacas é no que dá.
Na primeira, a melhor de longe, quatro amigos, trintões, Phil Wenneck (Bradley Cooper), Stu Price (Ed Helms), Alan Garner (Zach Galifianakis) e Doug Billings (Justin Bartha), juntam-se para uma despedida de solteiro. Um é casado e engana a mulher quanto ao destino da viagem. O outro vai casar. Os outros são solteiros. Todos diferentes entre si, mas todos a quererem experimentar uma noitada de loucura na cidade que nunca dorme (Las Vegas também é assim!). Chegados à cidade, alugada a fabulosa suite de hotel, partem à aventura. Corte. Nada se sabe dessa noite, até que três deles acordam nessa mesma suite, mas agora virada de pernas para o ar. E perdido o noivo. E um dente a menos na boca do dentista profissional. E uma galinha no quarto e um tigre na casa de banho. E um colchão espetado num dos pináculos do hotel. E um bebé à porta do quarto. E uma dor de cabeça que cheira a ressaca. E uma amnésia do tamanho do mundo. Ou do céu iluminado a néons de Las Vegas.
Que terá acontecido durante aquela noite de que ninguém no grupo de três se lembra? Que terá acontecido ao noivo cujo paradeiro todos desconhecem? E assim se parte da manhã do dia seguinte para se descobrir a noite anterior. Boa ideia, que Todd Phillips explora bem, e os actores ajudam. O que aconteceu na realidade não se pode revelar aqui, mas todos supõem que bebida e droga, mulheres e jogo estejam presentes. Já poucos calculariam que Mike Tyson, himself, pudesse estar no centro desta intriga, nem que Fu Manchu, ou derivados, pudessem andar por ali, sobretudo enjaulados nas bagageiras de carros da polícia furtados.
Todd Phillips, argumentista e realizador, criou em 1994, juntamente com Andrew Gurland, o “New York Underground Film Festival”. Depois avançou para a realização, com “Frat House”, documentário sobre a fraternidade nos colégios, que acabaria por ser premiado em 1998, no Sundance Film Festival, com o Grande Premio do Júri. Continuou na realização com comédias como “Road Trip”, “Old School” e “School for Scoundrels”. Em 2006, foi nomeado para o Óscar de melhor argumento desse ano, com “Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan”. Parecia um cineasta a despontar que mereceria ser seguido com interesse, à espera de novas surpresas. Mas depois disto, nada a assinalar de relevo. Para lá das “Ressacas”, “A Tempo e Horas” em 2010. Veremos o que nos reserva “Os Traficantes” de 2016.


A RESSACA
Título original: The Hangover

Realização: Todd Phillips (EUA, Alemanha, 2009); Argumento: Jon Lucas, Scott Moore; Produção: Chris Bender, Scott Budnick, William Fay, Daniel Goldberg, Jon Jashni, Todd Phillips, David Siegel, J.C. Spink, Thomas Tull, Jeffrey Wetzel; Música: Christophe Beck; Fotografia (cor): Lawrence Sher; Montagem: Debra Neil-Fisher; Casting: Juel Bestrop, Seth Yanklewitz; Design de produção: Bill Brzeski; Direcção artística: Andrew Max Cahn, A. Todd Holland; Decoração: Danielle Berman; Guarda-roupa: Louise Mingenbach; Maquilhagem: Tony Gardner, Lori McCoy-Bell, Janeen Schreyer;  Direcção de Produção: Julie M. Anderson, Susan E. Novick, Barbara Russo, Mark Scoon, David Siegel; Assistentes de realização: David Mendoza, Courtenay Miles, Kevin O'Neil, Paul Schneider, Jeffrey Wetzel; Departamento de arte: Ted Boonthanakit, Tom Callinicos, Marco A. Campos, Jane Fitts, Christopher Isenegger, Roderick Nunnally, Anshuman Prasad, John H. Samson; Som: Tim Chau; Efeitos especiais: Ryan Arndt, John J. Downey, Matthew J. Downey, Ron Epstein, Mario Vanillo; Efeitos visuais: Gray Marshall; Companhias de produção: Warner Bros., Legendary Pictures, Green Hat Films, IFP Westcoast Erste; Intérpretes: Bradley Cooper (Phil), Ed Helms (Stu), Zach Galifianakis (Alan), Justin Bartha (Doug), Heather Graham (Jade), Sasha Barrese (Tracy), Jeffrey Tambor (Sid), Ken Jeong (Mr. Chow), Rachael Harris (Melissa), Mike Tyson (Mike Tyson), Mike Epps (Black Doug), Jernard Burks (Leonard), Rob Riggle, Cleo King, Bryan Callen, Matt Walsh, Ian Anthony Dale, Michael Li, Sondra Currie, Gillian Vigman, Nathalie Fay, Chuck Pacheco, Jesse Erwin, Dan Finnerty, Keith Lyle, Brody Stevens, Todd Phillips (Mr. Creepy), Mike Vallely, James Martin Kelly, Murray Gershenz, etc. Duração: 108 minutos; Distribuição em Portugal: Warner Pictures; Classificação etária: M/ 16 anos; Data de estreia em Portugal: 18 de Junho de 2009. 

domingo, 4 de dezembro de 2016

SESSÃO 58 - 6 DE DEZEMBRO DE 2016



HOMEM NA LUA (1997)

“Temos que escolher onde queremos viver. Se na selva ou no jardim zoológico. Se quiseres viver na beleza e em liberdade, escolhes a selva. Se preferires a segurança, optas pelo jardim zoológico”, esta é uma das frases preferidas de Milos Forman, o realizador de “Homem na Lua”. Nascido na Checoslováquia, órfão de pai e mãe, ambos assassinados em campos de concentração nazis, estudou na escola de cinema de Praga, estreia-se na realização com curtas interessantes, e depois com três comédias críticas sobre a sociedade e o sistema checoslovaco na época, “Ás de Espadas”, “Os Amores de Uma Loira” e o magnífico “O Baile dos Bombeiros”, que lhe abriram as portas do Ocidente. Instalado nos EUA, reanima a sua obra com filmes de uma enorme coerência e unidade de tom e de temas, podemos mesmo dizer de obsessões. A marginalidade, a luta pela liberdade, a genialidade mais ou menos incompreendida, o confronto com os poderes instituídos são alguns dos grandes temas que povoam a sua obra, que se estende por “Os Amores de Uma Adolescente” (1971), “Voando Sobre Um Ninho de Cucos” (1975), “Hair” (1979), “Ragtime” (1981), “Amadeus” (1984), “Valmont” (1989), “Larry Flynt” (1996), “Homem na Lua” (1999) ou “Os Fantasmas de Goya” (2006).
“Homem na Lua” baseia-se nalguns momentos na vida de Andrew Geoffrey Kaufman (Nova Iorque, 17 de Janeiro de 1949 - Los Angeles, 16 de Maio de 1984) que foi um cantor, dançarino e actor norte-americano muito particular, com uma vida privada atribulada e uma profissional não menos conturbada. Tornou-se conhecido em shows e performances extremamente contundentes, politicamente incorrectas, imprevisíveis. Foi contratado pela American Broadcasting Company (ABC) para integrar o elenco da série televisiva “Taxi”, criando a personagem do estrangeiro Latka Gravas, com o qual o humorista quebrou todas as estruturas da comédia convencional, apresentando números vanguardistas no teatro e em eventos públicos diversos. Conquistou igualmente o sucesso ao interpretar Elvis Presley e parodiar outras personalidades. Criou mesmo personagens como o cantor Tony Clifton, que surgia do nada e ninguém conseguia localizar. Integrou igualmente o grupo que concebia o programa Saturday Night Live. Não era, portanto, um actor bem-comportado e, muitas vezes, insultava o público, irritava-o, inventava histórias falsas e queria ser o melhor artista do mundo. Depois de despedido da ABC, passou a fazer shows em ringues de luta livre, onde desafiava mulheres. Era considerado louco por muitos e génio por poucos. 


Em 1984, Kaufman anunciou que sofria de cancro no pulmão, mas raros acreditaram nessa nova sua “piada” de mau gosto, que se viria revelar verdadeira. Faleceu em Los Angeles, a 16 de Maio desse ano, mas há quem acredite que está vivo. Em Novembro de 2013, o irmão de Andy afirmara que ele pode estar vivo e escondido. Michael Kaufman revelou que tinha encontrado no arquivo do irmão um plano para fingir a sua morte. Noticiou-se que “uma alegada filha de Andy Kaufman, de 24 anos, subira ao palco numa cerimónia da entrega dos prémios com o nome do pai, para explicar que Andy Kaufman é "um óptimo pai que fica em casa, cozinha e toma conta do lar". Mas um site de entretenimento, "The Smoking Gun", revelou que a alegada filha não passava de uma atriz nova-iorquina, chamada Alexandra Tatarsky, e que não tem qualquer relação familiar com o comediante.
Tal como acontecera com “Larry Flynt”, por exemplo, Milos Forman atém-se a alguns momentos da vida de Andy Kaufman para erguer o retrato de uma personagem contraditória, difícil de definir, um ser obviamente associal, que não se integra, ou não se deixa integrar, no esquema tradicional da sociedade. Não há julgamentos morais, há quanto muito um olhar de simpatia e de certa cumplicidade, para o que concorre muito o notável trabalho de Jim Carrey, importantíssimo para conferir credibilidade a uma figura como esta.  Representando sempre no fio da navalha, entre o realismo e a toada humorista, sarcástica, Jim Carey oferece aqui um dos seus momentos de eleição. Mas Milos Forman conta ainda com uma excelente direcção artística, recriando ambientes e situações, uma fotografia a condizer, e uma montagem que subinha discretamente certas situações. Todo o elenco restante é igualmente bastante eficaz e por vezes mesmo inspirado: Danny DeVito, Paul Giamatti, Courtney Love, George Shapiro, entre outros. Um filme que nos deixa inquietos, indefinidos no olhar, perplexos quanto à personagem, por vezes incómoda, por vezes simpática, mas que é indiscutivelmente uma obra provocadora e envolvente, a que não se resiste, ame-se ou não. Curiosamente, Karaszewski e Alexander, os argumentistas, parecem especializados em temas deste tipo, já que foram eles que escreveram os argumentos de “Ed Wood”, de Tim Burton, e o já referido “Larry Flint”. Na banda sonora descobrem-se vários temas compostos pelo próprio Andy Kaufman, além de canções da banda norte-americana R.E.M. “Man on the Moon” ganhou o Globo de Ouro para Melhor Actor de Comédia ou Musical (Jim Carrey).


HOMEM NA LUA
Título original: Man on the Moon
Realização: Milos Forman (EUA, Inglaterra, Alemanha, Japão, 1999); Argumento: Scott Alexander, Larry Karaszewski; Produção: Pamela Abdy, Danny DeVito, Scott Ferguson, Michael Hausman, Michael Shamberg, George Shapiro, Stacey Sher, Howard West, Bob Zmuda; Música: R.E.M.; Fotografia (cor): Anastas N. Michos; Montagem: Adam Boome, Lynzee Klingman, Christopher Tellefsen; Casting: Francine Maisler; Design de produção: Patrizia von Brandenstein; Direcção artística: James F. Truesdale; Decoração: Maria Nay; Guarda-roupa: Jeffrey Kurland; Maquilhagem: Ve Neil, Yolanda Toussieng, Bob Zmuda; Direcção de Produção: Gerry Robert Byrne, Michael Hausman, Henning Molfenter; Assistentes de realização: Timothy Grant Engle, Stephen E. Hagen, David McGiffert, Michael Risoli, Michael Smith; Departamento de arte: Jason Bedig, Martin Bernstein, Michael Curry Sr., David Elliott, Ray Kluga, Timothy Metzger, Karla Triska; Som: Ron Bochar, Alice Byrne, Kam Chan, Gregg Harris, Pat McCarthy, Marc-Jon Sullivan, etc.; Efeitos especiais: Larry Fioritto, Virgil Sanchez; Efeitos visuais: Randall Balsmeyer, Daniel Leung; Companhias de produção:Universal Pictures, Mutual Film Company, Jersey Films, Cinehaus, Shapiro/West Productions, Tele München Fernseh Produktionsgesellschaft, British Broadcasting Corporation (BBC), Marubeni, Toho-Towa; Intérpretes: Jim Carrey (Andy Kaufman / Tony Clifton), Danny DeVito (George Shapiro), Paul Giamatti (Bob Zmuda), Courtney Love (Lynne Margulies), Gerry Becker (Stanley Kaufman, pai de Andy), Leslie Lyles (Janice Kaufman, mãe de Andy), George Shapiro (Mr. Besserman) Budd Friedman (Budd Friedman), Greyson Erik Pendry, Brittany Colonna, Bobby Boriello, Tom Dreesen, Thomas Armbruster, Pamela Abdy, Wendy Polland, Cash Oshman, Matt Price, Christina Cabot, Richard Belzer, Melanie Vesey, Michael Kelly, Miles Chapin, Isadore Rosenfeld, Vincent Schiavelli, Molly Schaffer, Howard West, Greg Travis, Maureen Mueller, Philip Perlman, Jessica Devlin, Jeff Thomas, Peter Bonerz, Howard Keystone, Howdy Doody, Brent Briscoe, Ray Bokhour, Patton Oswalt, Caroline Gibson, Conrad Roberts, Jeff Zabel, Marilyn Sokol, Angela Jones, Krystina Carson, Patricia Scanlon, Reiko Aylesworth, Michael Villani, Jim Ross, Jerry Lawler, Bob Zmuda, Johnny Legend, Doris Eaton, Yoshi Jenkins, New York City Rockettes, etc. 114 minutos; Distribuição em Portugal: Lusomundo Audiovisuais; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 10 de Março de 2000.